Novas abordagens do geocaching

Geocachers, cache e tritão-marmoreado-pigmeu

Geocachers após encontrarem a cache e um tritão-marmoreado-pigmeu (Triturus pygmeus) que se havia escondido debaixo dela

ITR

O geocaching, conhecido jogo mundial de caça ao tesouro ao ar livre, é utilizado pela primeira vez como indicador para avaliar os serviços culturais prestados pelos ecossistemas: serviços que são difíceis de medir, pouco estudados, mas fundamentais para definir estratégias de gestão e conservação mais eficazes.

Can geocaching be an indicator of cultural ecosystem services? The case of the montado savannah-like landscape” da autoria de Inês Teixeira do Rosário, Rui Rebelo, Paulo Cardoso, Pedro Segurado, Ricardo Nogueira Mendes e Margarida Santos-Reis está disponível na Science Direct e será publicado na edição de abril da Ecological Indicators.

Os geocachers, praticantes do conhecido jogo mundial de caça ao tesouro ao ar livre, mostram preferir em Portugal as paisagens abertas e com água – e, entre as paisagens de floresta, o montado surge como a preferida.

São estes os resultados do estudo, que determinou a preferência por diferentes paisagens usando uma abordagem inédita: a base de dados do geocaching, atividade que em Portugal conta com mais de 51 000 praticantes. O desafio passa por procurar pequenos recipientes ou caixas (as caches) com a ajuda de um GPS ou telemóvel; uma vez encontrada a cache, os participantes registam a sua atividade no site oficial e podem escrever, adicionar fotografias e atribuir uma pontuação à experiência de busca pelo tesouro.

Montado de sobro
Montado de sobro
Fonte ITR

“Os resultados indicam que não existe preferência por nenhum tipo de paisagem quando os geocachers planeiam a sua visita – a sua principal motivação é a aventura de procurar e o entusiasmo de encontrar, destacando-se ainda o respeito pela natureza. No entanto, uma vez no local, verificamos que os geocachers preferem paisagens abertas ou com água, seguidas de paisagens com floresta”, explica Inês Teixeira do Rosário, investigadora de pós-doutoramento no Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais – cE3c, polo de Ciências ULisboa, e primeira autora deste artigo. Inês Teixeira do Rosário concluiu o doutoramento em Ecologia em 2013.

Entre as paisagens com floresta preferidas pelos geocachers destaca-se o montado, paisagem de grande valor económico e socio ecológico para Portugal. “Tendo em conta o valor que o montado representa para o país, é importante termos estudos que comprovem também a sua importância cultural, mais difícil de quantificar”, explica Inês Teixeira do Rosário, acrescentando que “considerando as dificuldades que este ecossistema enfrenta, como a mortalidade das árvores, é também importante perceber que existem outras atividades compatíveis com as existentes que poderão ajudar os gestores na sua conservação”.

Foi a primeira vez que o geocaching foi utilizado para este tipo de abordagem, que chamou a atenção dos cientistas por reunir não só fotografias, como também textos e classificações atribuídas pelos geocachers.

Este estudo resulta da colaboração entre investigadores polo de Ciências ULisboa do cE3c, da empresa de consultoria ambiental Bioinsight, do Centro de Estudos Florestais do Instituto Superior de Agronomia da ULisboa e do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa.

Montado de azinho
Montado de azinho
Fonte ITR

 

Marta Daniela Santos, cE3c, com ACI Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

Cerca de 360 pessoas estiveram presentes na sessão Ignite IAstro e que integrou o programa do XXVII Encontro Nacional de Astronomia e Astrofísica. Em outubro a digressão ruma até à Ribeira Grande, nos Açores.

Os autores do artigo apresentam a história evolutiva de duas espécies de lagartos endémicos da Austrália - Carlia triacanth e Carlia johnstonei - revelando como se adaptaram a alterações climáticas do passado.

Com o fortalecimento da Aprendizagem (Machine Learning), a escola clássica da Inteligência Artificial ou IA (Good Old Fashion AI, GOFAI), apoiada em sistemas simbólicos, ficou entrincheirada. O livro mais recente do professor Hector Levesque, “Common Sense, the Turing Test, and the Quest for Real AI”, da MIT Press (2017), vem ajudar a não esquecermos o que a IA nos tem ensinado, ano após ano, acerca da mente, e, em particular, que o pensamento é um processo computacional. Como pode, então, a computação iluminar o pensamento?

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de agosto é com Cristina Manessiez, técnica superior da Biblioteca de Ciências.

Investigadores de Ciências e do Instituto Universitário de Lisboa desenvolvem hardware capaz de resolver tarefas robóticas, em contexto real, em menos tempo do que o alcançado até então. Os resultados foram publicados na revista científica Royal Society.

Em 2017 os Prémios Científicos ULisboa/Caixa Geral de Depósitos foram atribuídos a Vladimir Konotop e Ricardo Trigo. O ano passado foi a vez de Henrique Cabral e Eric Font. Ainda não é conhecida a data da cerimónia pública de entrega das referidas distinções.

Na lista de artigos e livros notáveis da ACM Computing Reviews, a Best of Computing, encontram-se publicações de professores e investigadores do Departamento de Informática de Ciências.

grupo de participantes

Alunos do ensino secundário participaram em projetos de investigação na Faculdade de Ciências da ULisboa. O culminar da atividade deu-se com um Congresso Científico, onde os "novos cientistas" apresentaram os resultados do trabalho realizado.

A palestra "Por que não anda o tempo para trás?” acontece dia 29 de julho, pelas 21h30, no Planetário Calouste Gulbenkian, Centro Ciência Viva de Belém.

Durante duas semanas, estudantes do ensino básico e secundário conheceram o ambiente da Faculdade e os métodos de trabalho dos cursos aqui lecionados.

“Tina dos Tsunamis” ocorreu no passado dia 29 de junho, durante o campo de férias Exploradores, com um grupo de 25 crianças, entre os 7 e os 14 anos do bairro do 2.º Torrão, em Almada.

Para compreendermos as capacidades de cada um de nós é preciso entender como as células nervosas se comportam e como interatuam entre si, isto é, pode sempre existir uma outra hipótese que consiga explicar um pouco mais. E, existem sempre os factos e as interpretações.

A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa organiza de 24 a 28 de julho de 2017 a 4.ª edição do “Ser Cientista”.

No próximo ano letivo Ciências apresenta três novos cursos: Biologia dos Recursos Vegetais, Cultura Científica e Divulgação das Ciências e Data Science.

Preparado para mineração nos fundos marinhos profundos? E para viver sem telemóvel? Venha visitar a exposição Mar Mineral e compreender a relação.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de julho é com Andreia Santos, técnica superior do Gabinete de Apoio Psicopedagógico (GAPsi) da Área de Mobilidade e Apoio ao Aluno de Ciências.

O primeiro mestrado em Gestão e Governança Ambiental da Universidade Agostinho Neto foi frequentado por 24 alunos. Os primeiros dez estudantes apresentaram as teses em maio, numa cerimónia que contou com a presença de Maria de Fátima Jardim, ministra de Ambiente de Angola. As próximas defesas deverão ocorrer em outubro.

Em 2017, o Prémio Bronstein foi atribuído a Mercedes Martín-Benito, investigadora do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, em reconhecimento pelo seu importante contributo para a Cosmologia Quântica em Loop.

Em 2017 a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa acolhe o IV Encontro Internacional da Casa das Ciências, que ocorre entre 10 e 12 de julho.

“Foi um tempo para ficar apaixonada pelo estudo, investigação, conhecimento e sua aplicação na nossa vida diária”, conta a antiga aluna de Ciências, professora de Biologia e Geologia na Escola na Escola Secundária de Raul Proença, em Caldas da Rainha, Maria de Matos.

Ciências fez parte do roteiro da viagem de finalistas de uma turma de 9.º da Escola Básica Integrada Francisco Ferreira Drummond.

A unidade curricular Projeto Empresarial contou, em 2017, com a participação de nove alunos de mestrado de Ciências e 38 alunos da licenciatura de Finanças do ISCTE-IUL. Na sessão final de apresentação dos trabalhos desenvolvidos, o projeto Ecovital distinguiu-se.

Se olharmos bem para os seres humanos, capazes de sentir, pensar e sonhar, de criar, interpretar e compreender ideias, teorias e conceitos, perguntamos como a matéria de que são feitos foi então capaz de dar origem a estados mentais, incluindo mesmo a faculdade de consciência? A resposta a esta questão está cada vez mais ao alcance da consiliência (síntese), entre as neurociências, a psicologia, a robótica, e a inteligência artificial (aprendizagem).

Novo estudo com recurso a análises genéticas revela que o sapo-asiático que está a invadir a ilha de Madagáscar terá origem numa população do Camboja e Vietname.

“Ao transformarmos o problema dos resíduos orgânicos, numa oportunidade para  melhorarmos o solo do campus de Ciências, ou seja, a matriz que suporta a vida, estamos a melhorar as plantas que aqui crescem com externalidades positivas para o ambiente”, declara David Avelar, guardião da HortaFCUL.

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