O maior peixe de água doce da Europa chegou às escolas portuguesas

Investigadora Mafalda Moncada realiza ação de sensibilização numa escola

Investigadora Mafalda Moncada realiza ação de sensibilização numa escola

Filipe Ribeiro (MARE)

Tiveram início as ações de sensibilização ambiental para o público escolar, no âmbito do projeto LIFE PREDATOR - PREvent, Detect and combAT the spread Of SiluRus glanis in south european lakes to protect biodiversity. Os primeiros contemplados foram 100 alunos de três turmas do 3.º e 4.º anos da Escola Básica nº1 e de três turmas do 5.º ano da Escola Básica e Secundária José Silvestre Ribeiro, ambas de Idanha-a-Nova, que puderam aprender com os investigadores Diogo Ribeiro e Mafalda Moncada, do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE).

O objetivo destas ações é dar a conhecer os peixes dos rios de Portugal, nomeadamente as espécies nativas e exóticas, as espécies migratórias, e em particular o peixe-gato-europeu, o maior peixe de água doce da Europa, assim como as suas ameaças e impactos.


Investigador Diogo Ribeiro realiza ação de sensibilização numa escola.
Fonte: Filipe Ribeiro (MARE)

As ações, que são gratuitas para as escolas, contemplam três momentos: uma apresentação de contextualização do tema; o jogo “Invasores à espreita”, que permite aos alunos familiarizarem-se com as espécies nativas e exóticas de água doce; e uma demonstração de pesca elétrica, em que os alunos podem ver um equipamento portátil e perceber como os investigadores o utilizam nas campanhas de amostragem científica. No fim, existe ainda a oportunidade de observar alguns exemplares da coleção museológica do Museu Nacional da História Natural e da Ciência, conservados em álcool.

O projeto LIFE PREDATOR resulta de uma parceria entre Portugal, Itália e a República Checa, e conta com cofinanciamento da União Europeia, através do programa europeu LIFE. Até 2027, pretende atingir 5000 alunos das escolas da bacia hidrográfica do Tejo, em particular dos concelhos mais ribeirinhos. Nesse sentido, estão já previstas ações em Vila Nova da Barquinha, Proença-a-Nova, Nisa e Abrantes. A equipa de CIÊNCIAS é coordenada pelo investigador do MARE Filipe Ribeiro.


Desenho de um aluno retratando a espécie Silurus Glanis.
Fonte: Filipe Ribeiro

Sobre o Silurus Glanis:

A espécie Silurus Glanis, conhecida em Portugal como siluro ou peixe-gato-europeu, é um peixe de água doce nativo dos grandes rios da Europa Central, que foi introduzido de forma ilegal nos países da Europa Ocidental durante o século XX. Este peixe é o 10.º maior de água doce do mundo e o maior da Europa, podendo alcançar 2,8 metros de comprimento e pesar até 120 kg.

Atualmente, é considerada uma espécie invasora. Como predador de topo, não possui predadores naturais, cresce rapidamente, reproduz-se com facilidade e adapta-se bem às condições ambientais, o que facilita a sua expansão. Apesar de sua capacidade de dispersão natural ser limitada, a sua propagação deve-se principalmente à ação de pescadores desportivos, que transportam os siluros para outros locais, já que são vistos como troféus de pesca. Por outro lado, algumas pessoas pescam o siluro e devolvem-no vivo ao rio, prática proibida para espécies exóticas.

Além de contribuírem para a perda de biodiversidade, estes peixes gigantes também provocam prejuízos económicos significativos, destruindo redes de pesca, e causam danos culturais, ao alimentarem-se de espécies emblemáticas das regiões ribeirinhas, como o sável e a lampreia-marinha. Devido ao seu tamanho impressionante, podem ainda gerar alguma preocupação entre as comunidades ribeirinhas.

Vera Sequeira (MARE), em colaboração com a DCI CIÊNCIAS
mmomatos@ciencias.ulisboa.pt

A que cheira a sardinha? Cheira bem, cheira a Portugal. Na próxima quinta-feira, 18 de maio, junte-se a Miguel Santos e a Susana Garrido, dois investigadores do IPMA envolvidos no processo de avaliação do estado dos recursos da pesca em águas nacionais e internacionais para mais uma sessão de 60 Minutos de Ciência, desta vez no Edifício Caleidoscópio.

Cristina Branquinho e Paula Matos propõem utilização dos líquenes como um novo indicador ecológico global.

Mais de mil alunos do ensino secundário visitaram o campus de Ciências no dia 3 de maio.

Assunção Bispo

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de maio é com Assunção Bispo, assistente técnica do Departamento de História e Filosofia das Ciências.

Andreia Maia, Helena Calhau, Hugo Bettencourt e Rúben Oliveira são os alunos de Ciências que apresentam assuntos científicos de forma simples e descomplicada em três minutos, na edição 2017 do FameLab Portugal.

Pela 13ª vez, realizou-se em Ciências a fase de semifinal das Olimpíadas de Química Júnior. 67 alunos dos 8.º e 9.º anos conheceram a Faculdade, o Departamento de Química e Bioquímica e testaram conhecimentos de Química, em provas escritas e experimentais.

A 8.ª edição da feira anual de emprego de Ciências aconteceu em abril. Esclarecimento de dúvidas através do contacto pessoal com empresas, workshops, treino de entrevistas de emprego e análises de currículos foram algumas das atividades que marcaram os dois dias.

“Alargar horizontes, mudar atitudes” é o lema do “Girls in ICT @CienciasULisboa” que acontece este sábado, dia 6 de maio de 2017, em Ciências.

A pergunta “Pode uma máquina pensar?” abre a busca por agentes inteligentes capazes de interatuarem com os seres humanos através de linguagens (a proposta do jogo de imitação como teste de inteligência), e sobretudo de serem autónomos em ambientes sofisticados.

Realiza-se este mês a 7th International Conference on Risk Analysis, em Chicago. Nela, a professora de Ciências Maria Ivette Gomes é homenageada pelo seu trabalho na área da Análise de Risco.

Faltam poucos dias para o Dia Aberto. A Faculdade volta a abrir portas aos alunos do ensino secundário no próximo dia 3 de maio.

Nos dias 27 e 28 de abril de 2017 realiza-se a 8.ª edição da feira anual de emprego da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

sistema ótico

A componente tecnológica do espectrógrafo ESPRESSO que irá conduzir a luz dos telescópios do VLT para o instrumento, o coudé train, a ser instalado no ESO, é feita por uma equipa portuguesa da qual fazem parte professores e investigadores de Ciências. Neste artigo, fique a conhecer o trabalho realizado pelo grupo.

No mesmo espaço, associações de voluntariado, voluntários e estudantes de Ciências com interesse na disciplina de Voluntariado Curricular reuniram-se. O objetivo foi dar a conhecer o trabalho feito na disciplina de Voluntariado Curricular, através da partilha de histórias e experiências.

O Núcleo de Física e Engenharia Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa foi fundado no dia 19 de maio de 2016, curiosamente no dia do Físico, com o intuito de representar os estudantes de Física e Engenharia Física.Uma das atividades organizadas com o intuito de alargar a perspetiva profissional destes alunos foi a Conferência Física Fora da Academia.

A distribuição geográfica atual dos tojos do género Stauracanthus - arbustos espinhosos que ocorrem nas dunas interiores das praias portuguesas - deve-se a acontecimentos geológicos de grande escala ocorridos no Mar Mediterrâneo há cerca de cinco milhões de anos.

O planeta Terra está em constante mudança. Pegue em qualquer livro de Geologia e uma das primeiras frases que vai encontrar será esta ou uma muito parecida. Se continuar a ler, ficará a saber que a Terra tem mais de 4500 milhões de anos e que nem sempre foi como a conhecemos. Antes, existiam supercontinentes rodeados por vastos oceanos que, ao longo de milhões de anos, se fragmentaram e relocalizaram dando forma aos seis continentes e cinco oceanos que compõem atualmente o planeta azul.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de abril é com Ana Pereira, técnica superior do Gabinete de Empregabilidade da Área de Mobilidade e de Apoio ao Aluno de Ciências.

O dryVHP venceu o prémio Inovação Ageas – Novo Mundo. Construir aparelhos de esterilização mais rápidos e eficazes, ou aparelhos de esterilização portáteis e não elétricos para missões humanitárias é o objetivo deste projeto, desenvolvido em Ciências.

O programa CSA (community supported agriculture) refere-se a uma comunidade de produtores e consumidores que partilham os benefícios e os riscos da produção numa inspiradora experiência de responsabilidade conjunta em torno do alimento. 

“Estes programas de bolsas e estímulos são muito importantes para os alunos que, como eu, ambicionam tornar-se investigadores”, declara o aluno de Ciências, um dos vencedores da edição 2016/2017 do prémio Novos Talentos em Matemática, da Fundação Calouste Gulbenkian.

Raquel Conceição, chair da Ação MiMed-TD1301 e Pedro Almeida, um dos representantes nacionais da Ação COST FAST, participaram no “Portugal in the Spotlight”. Os professores de Ciências deram a conhecer o sucesso das ações COST em que estão envolvidos, participando ainda no debate “Making the added value of networking tangible. The Portuguese perspective".

A Faculdade visita escolas secundárias há 19 anos e em parceria com a empresa Inspiring Future, desde 2014, por forma a divulgar a sua oferta formativa. Este ano letivo foram agendadas 95. Até agora Ciências já esteve em 56 escolas, após as férias escolares irá visitar mais 39.

A história ensinou-nos que quem faz a língua é quem a fala e escreve e estou em crer que todos estes e muitos outros termos, goste-se ou não, vieram para ficar.

Bruno Carreira, doutorado em Biologia por Ciências e atualmente investigador de pós-doutoramento no cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais, é o vencedor da edição de 2016 do Prémio Fluviário de Mora - Jovem Cientista do Ano.

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