A ideia surgiu quando alguns elementos do grupo estavam no ginásio e se questionaram sobre o que fazer se algum deles se lesionasse. Perceberam que “existia a necessidade de [desenvolver] um produto que permitisse um rápido e fácil acesso a informação personalizada sobre lesões e que, além disso, fornecesse um dispositivo auxiliar para a [respetiva] recuperação”, assim surgiu o fixURself.
O fixURself é um dispositivo médico, sob a forma de banda, para aplicação em diferentes zonas do corpo – braço, pescoço, perna -, dependendo da lesão. Este aparelho tem ligação a uma aplicação smartphone que permite procurar um tratamento para as pequenas lesões desportivas e, assim, aplicá-lo de imediato.
O projeto que “vem conjugar funcionalidades que até agora se apresentavam disponíveis para os consumidores de forma separada e individualizada”, ganhou a 5.ª edição do Angelini University Award.
Esta iniciativa, lançada pela Angelini Farmacêutica, é anual e tem como objetivo “estimular a aplicação, por parte da população universitária, dos conhecimentos académicos no desenvolvimento de um projeto de cariz prático”. Este ano o tema foi: “Melhor Desporto, Melhor Saúde”.
Fonte: cedida por IS
Legenda: O fixURself tem ligação a uma aplicação smartphone que permite procurar um tratamento para as pequenas lesões desportivas e, assim, aplicá-lo de imediato
O grupo que desenvolveu o projeto vencedor é constituído por cinco elementos, alunos da Faculdade de Farmácia e da Faculdade de Ciências da ULisboa. Inês Santos, aluna do último ano do mestrado integrado em Engenharia Biomédica e Biofísica da FCUL (MIEBB), explica que “os conhecimentos adquiridos nesta Faculdade foram cruciais”, já que, como reforçou, “a estrutura geral e abrangente do curso de MIEBB prepararam-me para diversas áreas como a Física, a Eletrónica e a Economia, fornecendo-me uma visão mais clara e ampla do processo de desenvolvimento e implementação de um dispositivo médico. Acredito que cursos como este, ensinados por professores com esta qualidade, preparam melhor os alunos para experiências como a deste concurso e, desta forma, para o futuro”.
João Paulo Guimarães, diretor médico da Angelini Farmacêutica e presidente do júri, fez o balanço desta edição: “estamos muito satisfeitos com o crescente número de participantes no Angelini University Award que é um prémio que já tem o seu lugar nas atividades académicas nacionais. Gostámos muito de ver universidades associadas e esperamos que estes projetos deem visibilidade aos alunos e despertem o interesse de investidores”.
A equipa, orientada pelo aluno da Faculdade de Farmácia da ULisboa, Pedro Jogo, recebeu uma bolsa de estudo de seis mil euros. O prémio traduz-se no valor total de nove mil euros, sendo que três mil são para o docente que tenha acompanhado o trabalho.
O grupo pretende continuar o projeto: “ainda existem muitos aspetos a melhorar, é necessário construir um protótipo e ajustar o plano financeiro. Pretendemos corrigir alguns pontos menos bons e acrescentar algumas funcionalidades ao dispositivo, de modo a abranger um maior número de lesões. Com um projeto melhor estruturado, podemos avançar para a obtenção e financiamento”, explicaram.
A 5.ª edição do Angelini University Award contou com a inscrição de 45 grupos e um total de 882 alunos participantes.