Vinte e três alunos estiveram na Faculdade de Ciências a estudar as bases metodológicas para a classificação sistemática de plantas
Com o objetivo de relançar o ensino da Botânica a nível europeu surge o projeto HEID-PLADI – Higher Innovation in Plant Diversity: flexible learning paths for emerging labour market, anunciado em fevereiro de 2016. No final de 2017 ocorreu em Portugal, no âmbito deste projeto, o curso “Modern Methods in Plant Systematics”, destinado a fornecer em cinco dias as bases metodológicas para a classificação sistemática das plantas.
Estudantes de diferentes graus académicos adquiriram conhecimentos transversais sobre a diversidade das plantas, a avaliação, a conservação, a gestão e a sustentabilidade dos recursos vegetais.
O 1.º curso prático do projeto ERASMUS + teve lugar em março de 2017 em Molise, Itália, e nele participaram cinco alunos de Ciências. O vídeo que relata a experiência pode ser consultado aqui.
O projeto HEI-PLADI é coordenado pela Universidade de Molise, em Itália, e envolve sete parceiros que incluem universidades, jardins botânicos e centros de investigação de seis países europeus.
Em Portugal o projeto é representado pelo Departamento de Biologia Vegetal. Helena Cotrim, investigadora do cE3c organizou o primeiro curso a ter lugar em Portugal e também deu aulas, juntamente com outra investigadora daquele Centro, Filipa Monteiro. Iúri Correia, estudante do mestrado em Bioestatística, acompanhou as aulas, assumindo o papel de relações públicas da Faculdade junto do grupo de estudantes estrangeiros.
“Foram muitos os alunos que quiseram participar, com mais alunos que todos os outros cursos práticos oferecidos até aqui dentro do HEI-PLADI, o que denota um interesse generalizado por esta área do conhecimento”, diz Maria Amélia Martins-Loução, professora do Departamento de Biologia Vegetal.
Desta forma, em finais de outubro e nos primeiros dias de novembro do ano passado, 23 alunos – dois portugueses, 14 italianos, quatro búlgaros e três malteses -, estudaram as bases metodológicas para a classificação sistemática de plantas.
“Não tinha nenhuma experiência relacionada com os novos métodos moleculares para o estudo das plantas e resolvi apostar nesse campo. Aprendi muitas coisas novas, com que nunca tinha tido contacto, como por exemplo extrair o DNA das plantas a partir de amostras e todos os outras técnicas que utilizámos”, conta Miguel Brilhante, aluno do curso de Biologia dos Recursos Vegetais.
Prática foi a palavra de ordem. “O curso foi essencialmente prático, demos uma grande importância ao fazer. E essa aposta foi muito importante [para os participantes], é o feedback que temos”, conclui Helena Cotrim.
O sucesso da iniciativa reforça a motivação para que, caso seja possível, haja mais edições como esta em Ciências.