Obituário – Em homenagem

Maria Helena Carvalho de Sousa Andrade e Silva (1927-2021)

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Maria Helena Carvalho de Sousa Andrade e Silva
Maria Helena Carvalho de Sousa Andrade e Silva
Imagem cedida por JNRC

Maria Helena Carvalho de Sousa Andrade e Silva, professora aposentada da Ciências ULisboa, faleceu aos 94 anos, no passado dia 31 de outubro. A Faculdade apresenta sentidas condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

Para Ana Nunes e José Pedro Mimoso, professores do Departamento de Física (DF) da Ciências ULisboa e Ana Simões, professora do Departamento de História e Filosofia das Ciências da Ciências ULisboa, Maria Helena Carvalho de Sousa Andrade e Silva "continuará a ser recordada como uma professora ímpar, sempre disponível para aprofundar uma discussão ou esclarecer uma dúvida, e com uma personalidade excecional, fortemente empenhada em ouvir e ajudar os outros". Os docentes lembram episódios da vida académica da Professora: “Juntamente com o seu colega de curso João Luís Andrade e Silva, com quem viria a casar, iniciou a licenciatura em  Ciências Físico-Química, em 1947, na Escola Politécnica e integrou o grupo de estudantes desta faculdade,a quem António Sérgio dirige as “Cartas de Problemática”. Em 1953, já casada, parte para o exílio em Paris, onde a família viverá até 1971. Durante esse período, fez a tese de doutoramento na área da Física Atómica e Molecular, e frequentou o círculo dos físicos próximos de Louis de Broglie, de quem João Luís Andrade e Silva era um dos mais próximos colaboradores. O regresso a Lisboa aconteceu em 1971, durante a “Primavera Marcelista”, e o casal passou a integrar o corpo docente do Laboratório de Física, hoje DF Ciências ULisboa. Desde essa altura e até à sua aposentação em 1996/1997, dedicou-se sobretudo ao ensino, especialmente da Mecânica, da Mecânica dos Meios Contínuos e da Mecânica Analítica, contribuindo assim para a formação não só de centenas de físicos e químicos mas também de todos os que teve como colaboradores na docência”.

Grupo de pessoas
Maria Helena Carvalho de Sousa Andrade e Silva, Fernanda Palha Barros, José Nunes Ramalho Croca, Ana Isabel Seruya e João Luís Andrade e Silva
Imagem cedida por JNRC

"Continuará a ser recordada como uma professora ímpar, sempre disponível para aprofundar uma discussão ou esclarecer uma dúvida, e com uma personalidade excecional, fortemente empenhada em ouvir e ajudar os outros."
Ana Nunes, José Pedro Mimoso e Ana Simões

José Manuel Rebordão, presidente do DF Ciências ULisboa, também expressa a sua opinião sobre a vida académica da Professora. “Maria Helena é certamente uma das docentes do DF Ciências ULisboa de que os mais velhos guardam memória, respeito e afeto particulares, pela excelência da sua docência e humanidade do seu relacionamento com alunos, professores e funcionários, como professora e como pessoa”, acrescentando a propósito do triste acontecimento, que foi com muito pesar que soube do seu falecimento.

Também Pedro Almeida, subdiretor da Faculdade, declara que teve o prazer de conhecer a Professora, assim que iniciou os estudos em Física nesta faculdade, salientando a sua simpatia, o seu cuidado em esclarecer dúvidas e a sua preocupação com o rigor. “No fim das aulas encontrava sempre tempo para esclarecer os alunos. Foi com ela que aprendi Mecânica, uma das principais disciplinas da Física, e o que aprendi com ela não esqueci. Agora que se juntou aos que a memória torna imortais, permanecerá como uma das referências do meu trajeto académico. Deixo à sua família e aos seus amigos as minhas mais sinceras condolências”, conclui.

ACI Ciências ULisboa
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O ano passado “The Sphere of the Earth” integrou a exposição “Formas & Fórmulas”, patente no Museu Nacional de História Natural e da Ciência. De lá para cá e por sugestão de José Francisco Rodrigues, um dos comissários desta mostra, Daniel Ramos começou a atualizar o referido programa tornando-o ainda mais rico em termos de funcionalidades e design, com uma multitude de visualizações cartográficas e da geometria da esfera e pela primeira vez em Português. Assim surgiu Mappae Mundi.

As plantas estão por todo o lado, são-nos indispensáveis de diversas formas, mas a nossa consciência, individual e coletiva, da sua importância, é ainda muito limitada.

“Não só quero continuar a adquirir competências, como quero passar a mensagem de que a Comunicação de Ciência é essencial para que a ciência seja compreendida e bem sucedida. É nosso dever informarmos a sociedade dos progressos científicos que vão sendo alcançados”, declara Rúben Oliveira, aluno do mestrado em Biologia da Conservação, finalista do concurso FameLab Portugal.

“O que realmente me aqueceu o coração foi o facto de que, depois da apresentação, algumas pessoas dedicaram tempo a dirigirem-se a mim para discutir o tema em mais profundidade, explicar-me os seus pontos de vista e opiniões”, declara Helena Calhau, aluna do 2.º ano da licenciatura em Física.

Ao serviço de quem está a ciência e a tecnologia? Devemos ter medo das suas utilizações? Há mesmo o perigo de uma superinteligência fazer-nos mal? Em 2014 e 2015, um conjunto de personalidades pôs em causa o controlo (ou a sua falta) da disciplina da Inteligência Artificial (IA) e abriu o debate com os temas da superinteligência e do domínio dos humanos por máquinas mais inteligentes. Graças a Elan Musk, Bill Gates, Stephen Hawking, Nick Bostrom e Noam Chomsky podemos estar mais descansados com o alerta (na singularidade defende-se que a Inteligência Artificial ultrapassará a humana para criar uma IA geral ou forte), mas mesmo assim cuidado.

“Sempre achei as áreas da educação e comunicação bastante interessantes, sonho desde jovem em incorporar um pouco destas duas áreas na minha carreira científica”, declara Hugo Bettencourt, aluno do mestrado integrado em Engenharia Biomédica e Biofísica.

“O Malcolm Love é uma pessoa incrível e ensinou-nos muitas coisas, desde como agir numa entrevista, como contar uma história de forma fascinante, como controlar o nervosismo e principalmente como cativar o público quando falamos”, conta Andreia Maia, aluna do mestrado em Biologia Molecular e Genética, finalista do concurso FameLab Portugal.

A que cheira a sardinha? Cheira bem, cheira a Portugal. Na próxima quinta-feira, 18 de maio, junte-se a Miguel Santos e a Susana Garrido, dois investigadores do IPMA envolvidos no processo de avaliação do estado dos recursos da pesca em águas nacionais e internacionais para mais uma sessão de 60 Minutos de Ciência, desta vez no Edifício Caleidoscópio.

Cristina Branquinho e Paula Matos propõem utilização dos líquenes como um novo indicador ecológico global.

Mais de mil alunos do ensino secundário visitaram o campus de Ciências no dia 3 de maio.

Assunção Bispo

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de maio é com Assunção Bispo, assistente técnica do Departamento de História e Filosofia das Ciências.

Andreia Maia, Helena Calhau, Hugo Bettencourt e Rúben Oliveira são os alunos de Ciências que apresentam assuntos científicos de forma simples e descomplicada em três minutos, na edição 2017 do FameLab Portugal.

Pela 13ª vez, realizou-se em Ciências a fase de semifinal das Olimpíadas de Química Júnior. 67 alunos dos 8.º e 9.º anos conheceram a Faculdade, o Departamento de Química e Bioquímica e testaram conhecimentos de Química, em provas escritas e experimentais.

A 8.ª edição da feira anual de emprego de Ciências aconteceu em abril. Esclarecimento de dúvidas através do contacto pessoal com empresas, workshops, treino de entrevistas de emprego e análises de currículos foram algumas das atividades que marcaram os dois dias.

“Alargar horizontes, mudar atitudes” é o lema do “Girls in ICT @CienciasULisboa” que acontece este sábado, dia 6 de maio de 2017, em Ciências.

A pergunta “Pode uma máquina pensar?” abre a busca por agentes inteligentes capazes de interatuarem com os seres humanos através de linguagens (a proposta do jogo de imitação como teste de inteligência), e sobretudo de serem autónomos em ambientes sofisticados.

Realiza-se este mês a 7th International Conference on Risk Analysis, em Chicago. Nela, a professora de Ciências Maria Ivette Gomes é homenageada pelo seu trabalho na área da Análise de Risco.

Faltam poucos dias para o Dia Aberto. A Faculdade volta a abrir portas aos alunos do ensino secundário no próximo dia 3 de maio.

Nos dias 27 e 28 de abril de 2017 realiza-se a 8.ª edição da feira anual de emprego da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

sistema ótico

A componente tecnológica do espectrógrafo ESPRESSO que irá conduzir a luz dos telescópios do VLT para o instrumento, o coudé train, a ser instalado no ESO, é feita por uma equipa portuguesa da qual fazem parte professores e investigadores de Ciências. Neste artigo, fique a conhecer o trabalho realizado pelo grupo.

No mesmo espaço, associações de voluntariado, voluntários e estudantes de Ciências com interesse na disciplina de Voluntariado Curricular reuniram-se. O objetivo foi dar a conhecer o trabalho feito na disciplina de Voluntariado Curricular, através da partilha de histórias e experiências.

O Núcleo de Física e Engenharia Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa foi fundado no dia 19 de maio de 2016, curiosamente no dia do Físico, com o intuito de representar os estudantes de Física e Engenharia Física.Uma das atividades organizadas com o intuito de alargar a perspetiva profissional destes alunos foi a Conferência Física Fora da Academia.

A distribuição geográfica atual dos tojos do género Stauracanthus - arbustos espinhosos que ocorrem nas dunas interiores das praias portuguesas - deve-se a acontecimentos geológicos de grande escala ocorridos no Mar Mediterrâneo há cerca de cinco milhões de anos.

O planeta Terra está em constante mudança. Pegue em qualquer livro de Geologia e uma das primeiras frases que vai encontrar será esta ou uma muito parecida. Se continuar a ler, ficará a saber que a Terra tem mais de 4500 milhões de anos e que nem sempre foi como a conhecemos. Antes, existiam supercontinentes rodeados por vastos oceanos que, ao longo de milhões de anos, se fragmentaram e relocalizaram dando forma aos seis continentes e cinco oceanos que compõem atualmente o planeta azul.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de abril é com Ana Pereira, técnica superior do Gabinete de Empregabilidade da Área de Mobilidade e de Apoio ao Aluno de Ciências.

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