Opinião

Rir é mesmo o melhor remédio?

rapariga a rir

O humor é universal e, simultaneamente, subjetivo

GAPsi
Samuel Silva
Samuel Silva
Imagem cedida pelo autor

Por várias vezes ouvimos dizer que “rir é o melhor remédio”. Com base nesta premissa têm surgido vários projetos, como a Operação Nariz Vermelho, programas televisivos, como “Tabu”, e estratégias para lidar com situações assustadoras ou problemáticas. De facto, o humor é uma estratégia utilizada desde sempre pelo ser humano, aplicada tanto em situações quotidianas e banais, como em situações de intensa dor, seja física ou psicológica. Porque será que o fazemos? Será este, efetivamente, o melhor remédio?

Podemos listar várias funções e benefícios que o humor pode ter. Fisiologicamente, rir tem benefícios ao nível do relaxamento muscular, circulação sanguínea e funcionamento respiratório. Quando nos rimos, dá-se um aumento de endorfinas, com função anestesiante, e uma diminuição de cortisol, a “hormona do stress”. Para além disso, o facto de o humor nos permitir restruturar a forma como encaramos as situações e “brincar com coisas sérias”, transmite-nos uma sensação maior de esperança, de invencibilidade e de controlo sobre essas mesmas coisas. Esta reavaliação possibilita-nos, assim, refletir sobre uma situação, distanciando-nos dela, e focando determinadas características da mesma. Por isso mesmo, é utilizado também face a doenças graves, ou medos existenciais como o da morte. Até em contexto académico, alunos com uma maior utilização de humor tendem a encarar os exames como sendo um desafio mais positivo, delineando também expectativas mais ajustadas na previsão da sua performance.

Portanto, o humor, enquanto estratégia, pode ter vários efeitos, ou finalidades. Por vezes, sim, podemos utilizar o humor como forma de reestruturar uma situação; mas também o poderemos utilizar como forma de evitar, ou desvalorizar um problema (o que no fundo, parte um pouco da mentalidade toxicamente positiva que nos diz que “tem de estar tudo bem”); pode ainda ser utilizado como pedra de arremesso, para atacar e ridicularizar alguém. Alguns humoristas defendem que dizer “isso não tem piada” não é legítimo, e que, ao invés disso, deveria ser dito que “eu não achei piada”. Independentemente disso, o facto de ter piada não é sinónimo de ser benéfico.

De facto, a ideia de que o sentido de humor pode facilitar o ajustamento, a gestão e a regulação emocional parece ter bastante fundamento. Mas, como, onde e como entram os limites do humor nesta questão? Sendo o humor algo universal, mas simultaneamente, subjetivo, onde traçamos a linha?

Psicologicamente falando, por um lado, faz sentido empregar o humor quando este nos ajuda a encontrar “coisas” positivas na vida, e melhorar relações com os outros. Por outro lado, quando este serve sistematicamente para agredir e ridicularizar-se a si mesmo, ou aos outros, o panorama altera. Este humor mais agressivo e autoderrotista muitas das vezes tem um efeito contrário do desejado, e pode levar a que o bem-estar pessoal e relacional decresça, impactando negativamente o suporte social e autoconfiança da pessoa. Para todos os efeitos, o humor pode diminuir o stress, mas também aumentá-lo.

O humor é sem dúvida uma ferramenta importante, mas pode tornar-se nocivo quando mal utilizado. Sim, realmente, o humor é um bom remédio, mas à semelhança de qualquer outro, apenas quando utilizado na dosagem correta.

Samuel Silva, Gabinete de Apoio Psicopedagógico
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

O movimento entre as duas placas é lento, por isso a deformação litosférica em Portugal é lenta, e todo o ciclo sísmico de acumulação e libertação de tensão também é lento.

Seminário/Debate
 
Moderador: António Vallêra, FCUL e SDSIL
 
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A Secretaria de Estado do Ensino Superior lançou no dia 9 de outubro uma campanha que rejeita a prática de praxes violentas nas instituições de ensino superior portuguesas.

O Departamento de Informática apoia a iniciativa "Mais Mulheres no Ensino e Investigação em Informática". Motivar jovens mulheres para uma carreira na Informática é um desafio ao qual o Departamento responde com empenho ativo.

O Programa para Jovens Profissionais 2015 da OCDE está com inscrições abertas até 25 de novembro de 2014. Os candidatos selecionados começarão a trabalhar na sede da OCDE, em Paris, no Verão de 2015.

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O Erasmus+ é o programa da União Europeia para o financiamento da educação, da formação, da juventude e do desporto durante o período entre 2014/2020.

Amélia Pilar Rauter

Amélia Pilar Rauter lidera o consórcio FCUL na European Innovation Partnership on Active and Healthy Ageing.

Disponível de 6 de outubro a 6 de dezembro.

Vanda Brotas

Não é a primeira vez que Vanda Brotas assume este tipo de função. Entre 2007/2009 também assumiu a presidência do Departamento e entre 2004/2006 coordenou o Centro de Oceanografia.

A TESE - Associação para o Desenvolvimento apresentou os resultados do estudo 

Pela primeira vez, a defesa de uma prova de doutoramento ocorreu nas instalações da Faculdade de Ciências da ULisboa.

Estão abertas as candidaturas para 

Uma ferramenta inovadora para partilhar expectativas e criar um plano de acção.

A Maxdata e a Faculdade de Ciências da ULisboa estão a desenvolver automatismos que permitam melhorar significativamente o controlo de infeções hospitalares e comunitárias.

Este programa de estágios visa a formação avançada de jovens portugueses, com grau académico de licenciatura ou superior, em grandes Organizações Científicas Internacionais, CERN, ESA e o ESO.

07 outubro

12:00 Sala C201, Edifício II, ISCTE-IUL

Aqui estão disponíveis os highlights do Grupo de Espectrometria de Massa Ambiental e Biológica.

 

Até 15 de Novembro é possível aceder via b-on a e-books da Biblioteca Nacional em:
http://bnp.lusoteca.pt/catalog/ileio/#

 

José Afonso

A MOONS deve ficar operacional em 2018.

Parabéns a Alexander Usvyatsov, investigador FCT do CMAF, pelo seu recente prémio de artigo expositório em lógica:

Financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, o Programa tem neste momento candidaturas abertas para:

Programa de Estágios em Investigação na Carnegie Mellon University (Undergraduate Internships Program)

O livro é apresentado durante a sessão inaugural do programa doutoral Filosofia da Ciência, Tecnologia, Arte e Sociedade.

O livro editado pela Âncora Editora é apresentado por José Barata-Moura.

“Work in Flanders” realiza-se nos próximos dias 29 e 30 de Setembro, em Lisboa (serviços centrais do IEFP em Xabregas).

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