Por Cristina Branquinho (Ciências ULisboa).
Desde sempre, o Homem tentou avaliar os impactes ecológicos para tomar decisões em relação à forma com gere os recursos naturais. Para isso usa indicadores para avaliar e interpretar a natureza a partir de uma matriz ruidosa de muitos outros sinais. O clima global tem vindo a mudar ao longo das últimas décadas e um conjunto de variáveis climáticas está a ser desenvolvido para monitorizar estas alterações climáticas. No entanto, isso não é suficiente para medir o efeito nos ecossistemas. É imperativo compreender e quantificar como o funcionamento dos ecossistemas é afetado e responde a estas alterações, e os indicadores ecológicos baseados na biodiversidade são uma das ferramentas para o fazer. Assim nesta apresentação iremos mostrar como podemos usar a biodiversidade para diagnosticar, monitorizar e antecipar os efeitos das alterações climáticas nos ecossistemas em risco de desertificação.
Nota biográfica: Cristina Branquinho é Professora Associada com Agregação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e Investigadora no Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais. O seu principal objetivo de investigação passa pela melhoria do bem estar humano através da compreensão de como os fatores antrópicos globais (poluição, eutrofização, mudanças do uso do solo, mundaças climáticas, etc.) afetam a estrutura e funcionamento dos ecossistemas, assim como as consequências para o fornecimento de bens e serviços destes. Para isso desenvolve estratégias de monitorização para mitigar, adaptar e restaurar os ecossistemas e a sua biodiversidade num contexto de mudança global. Essas estratégias de monitorização passam por desenvolver, testar, modelar e rastrear indicadores ecológicos de alerta precoce dos fatores de mudança ambiental em ambiente natural, rural e urbano.
Transmissão em direto no canal de YouTube do MUHNAC.