Raquel Conceição, investigadora do Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica e professora auxiliar convidada do Departamento de Física da FCUL, recebeu o prémio ANACOM – URSI Portugal 2013 pelo melhor trabalho científico na área da radioeletricidade. O objetivo do prémio é, segundo a organização, “estimular a criatividade e o rigor no trabalho de investigação científica em Portugal”.
O estudo “Técnica multimodal inovadora baseada em PEM-UWB para deteção de cancro da mama e respetiva classificação”, foi apresentado no “7.º Congresso Comité Português da URSI – Um mar sem fronteiras: desafios tecnológicos”, no passado dia 22 de novembro. O seu conteúdo remete para a “utilização multimodal de duas técnicas de diagnóstico médico que se complementam: Mamografia por Emissão de Positrões (PEM) – uma técnica de imagem de medicina nuclear -, e imagem por radar de banda ultralarga na frequência de micro-ondas – uma técnica nova, ainda com poucos ensaios clínicos que usa radiação não ionizantes”.
Este é o resultado do projeto de pós-doutoramento da cientista, iniciado em janeiro de 2012, e uma compilação de vários artigos apresentados por si em conferências.
Helena Prazeres, secretária do Comité Português da URSI, explicou porque foi premiado este trabalho: “destacou-se não só pela qualidade científica como também pela inovação e pela aplicabilidade das técnicas propostas a uma área de interesse social de forte impacto. O trabalho propõe uma utilização multimodal de duas técnicas de diagnóstico médico que se complementam”.
A investigadora recebeu a distinção com satisfação acrescida já que, como explicou, “a URSI é uma entidade muito importante na minha área de investigação, logo a importância deste trabalho a nível profissional é também muito relevante”.
Pedro Almeida e Nuno Matela, respetivamente diretor e subdiretor do IBEB-FCUL, reconhecem a importância desta investigação, já que “o trabalho desenvolvido pela Raquel Conceição no âmbito da obtenção de sistemas híbridos de UWB e de tomografia por emissão de positrões aplicados ao cancro da mama mereceu uma bolsa de investigação da Comissão Europeia e junta duas tecnologias de imagem complementares que, se utilizadas de modo adequado, podem aumentar muito a sensibilidade e a especificidade na deteção de tumores mamários em fase muito precoce”.
![Complexo não covalente de composição [KrSF5]+ (Fig. 1), que provem duma molécula estável, [KrSF6]+ (Fig. 2), em resultado da reação direta de hexafluoreto de enxofre com crípton ionizado](https://ciencias.ulisboa.pt/sites/default/files/styles/25_/public/1319.png?itok=ll0t-rrY "Um novo composto de crípton")
