Prémio Cultura 2012

À descoberta de Pedro Nunes

Foi com a tese "A Influência da obra de Pedro Nunes na náutica dos séculos XVI e XVII: um estudo de transmissão de conhecimento" que Bruno Almeida, doutorado em História das Ciências pela Secção Autónoma de História e Filosofia das Ciências da FCUL e membro do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, chegou a bom porto junto da Sociedade de Geografia de Lisboa que lhe atribuiu o Prémio Cultura 2012, cujo objetivo é “distinguir investigação científica ao nível do exigido para doutoramento nacional ou estrangeiro que contribua de forma relevante para o conhecimento, a valorização e a divulgação da cultura portuguesa”.
O aluno que carateriza o seu projeto como sendo exigente, relevante e compensador, destaca nesta navegação pelo conhecimento, o apoio concedido pelo seu orientador e professor da FCUL, Henrique Leitão.
O prémio foi atribuído ex-aequo com dois outros trabalhos. A cerimónia pública de entrega do prémio está marcada para dia 12 de Março.
Fique a conhecer os pormenores deste trabalho de doutoramento que contribui para a valorização da cultura portuguesa.

Como surge a ideia de desenvolver esta temática, "A Influência da obra de Pedro Nunes na náutica dos séculos XVI e XVII: um estudo de transmissão de conhecimento" na sua tese de doutoramento?

Bruno Almeida (BA) - O tema da tese foi sugerido pelo professor Henrique Leitão que é certamente o maior especialista vivo de estudos nonianos. Foi ele que me alertou para o facto de a questão do real impacto de Pedro Nunes na náutica do seu tempo estar por resolver. Na verdade, havia alguns pareceres sobre o assunto mas nenhum fez um levantamento e estudo sistemático de fontes históricas relevantes.

Em traços gerais, o que aborda na tese?

BA - De forma geral, trata de transmissão de conhecimento científico. O tema é bastante atual em diversas áreas do conhecimento. Para a História também e especialmente para a História das Ciências são temáticas que interessam a muitos investigadores. Pode dizer-se que ainda está na moda.

Sendo um pouco mais concreto, no meu caso procurei perceber se conteúdos cosmográficos de alto nível, produzidos e trabalhados por Pedro Nunes, foram transmitidos a grupos e/ou indivíduos de níveis culturais mais baixos, neste caso principalmente a pilotos e outras profissões ligadas à navegação real. Essa transmissão de conhecimento, que alguns investigadores duvidaram ter existido, podia ter-se dado de diversas formas. Eu foquei-me no papel de Nunes enquanto cosmógrafo e na ação doutros cosmógrafos peninsulares, ingleses e franceses dos séculos XVI e XVII neste processo. Também estudei contextos de ensino, nomeadamente a “Aula da Esfera” do Colégio Jesuíta de Santo Antão, em Lisboa, para avaliar se aí houve algum tipo de divulgação e transmissão.
 

Pedro Nunes
 Durante sete anos, Bruno Almeida debruçou-se sobre a questão do real impacto de Pedro Nunes na náutica do seu tempo
Fonte Imagem cedida por Bruno Almeida

Há alguma parte que queira destacar para conhecimento dos leitores?

BA - Penso que consegui apresentar algumas contribuições interessantes para os estudos nonianos. Claro que, numa tese deste tipo, muito do que está escrito não é novidade. Muitos historiadores já escreveram antes, e de forma muito competente, sobre Pedro Nunes e sobre a história da náutica. Ainda assim, e ainda bem, havia alguns tópicos que ainda não tinham sido aprofundados.
A tese está dividida em duas partes. Na primeira parte procurei reunir e interpretar o que Pedro Nunes escreveu sobre náutica nos seus textos. Apesar de muito do que ali escrevi não ser novo, penso que há muito poucos trabalhos que façam esta integração num mesmo espaço.
Na segunda parte, há mais novidades. Procurei integrá-las com o que já se sabia de outras investigações passadas. Acho que esta reunião de conhecimentos num mesmo espaço é o que poderá interessar mais a um leitor. Procurei partilhar o máximo de informação nesta tese e deixar várias pistas para trabalhos de outros investigadores.
Por isso, espero que o que escrevi possa motivar quem esteja a estudar essas questões. Tenho perfeita noção de que este é um trabalho que interessa mais a nível académico. Gostaria muito também que a tese pudesse ser considerada noutras áreas como a História da Educação.

Como correu o desenvolvimento do trabalho? Que desafios considerou mais aliciantes e por que dificuldades teve de passar ao longo do caminho?

BA - Penso que não terá sido muito diferente de outros projetos de doutoramento. Com altos e baixos, avanços e recuos, longas pausas desinspiradas e outros momentos de produção energética... Acaba por ser um processo bastante solitário. E é preciso manter um foco constante, o que nem sempre acontece. Felizmente tive bastantes apoios a todos os níveis, desde o familiar ao académico. Gosto de pensar que, de certa forma, este foi o resultado de um trabalho de equipa.

Em termos práticos, a maior dificuldade foi dominar as fontes históricas. Estou a falar de cerca de 100 livros impressos e 50 manuscritos dos séculos XVI e XVII, maioritariamente escritos em português, castelhano, francês, inglês e italiano.
Aliciantes eram as visitas a arquivos, o processo assemelha-se ao de um detetive. Havia sempre uma esperança de encontrar algo inédito, algo por explicar...felizmente tive a sorte de viver alguns momentos de surpresa e descoberta.

O que mais o cativou neste trabalho? Quais foram as descobertas que o deixaram impressionado?

BA - O trabalho de historiador é em si muito aliciante. No caso da história das ciências, é uma prática que reúne o melhor de dois mundos: o domínio das ciências e das letras. É um caminho árduo mas muito atrativo e de preenchimento intelectual garantido.

Posso confessar que, no princípio, a adaptação foi difícil e a questão que deu origem à tese não me cativava. Na verdade, não tinha maturidade para perceber a sua dimensão e importância. Passou ainda algum tempo antes que as coisas fizessem sentido e eu começasse a perceber quão relevante e divertido podia ser o meu trabalho. Sem dúvida que algumas das coisas que fui “descobrindo” contribuíram para essa mudança.
Fiquei algo impressionado com a quantidade de material que foi possível reunir. Em geral, cada fonte que estudava apresentava coisas “novas”. Houve muitos episódios cativantes mas foram pequenas coisas as que mais me emocionaram. Por exemplo, fiquei muito feliz com a descoberta, por acaso, de um livro em Cambridge que veio ajudar a perceber melhor a relação científica entre Nunes e uma importante figura do século XVI em Inglaterra: John Dee.

Muito marcantes, a nível pessoal, foram os estudos sobre o único manuscrito atribuído a Pedro Nunes, este manuscrito era uma resposta de Nunes a um “bacharel” desconhecido que tinha criticado um trabalho seu sobre linhas de rumo, hoje perdido. Ainda hoje não se sabe quem era esse autor da crítica. Já em relação ao trabalho de Nunes que foi criticado, eu sugeri uma interpretação diferente da que circulava. Na verdade, também este processo de “descoberta” foi por “acaso”. Passei uns bons três anos a olhar para esse texto de acordo com as teorias de outros investigadores e, um belo dia, ao reler algumas passagens do texto surgiram-me de repente interpretações diferentes que acabaram por ser bastante consistentes e foram defendidas na tese.

Outro exemplo, foi o descodificar de uma disputa entre dois professores jesuítas da «Aula da Esfera», em Lisboa.
 

capa do livro
Capa do livro "De arte atque ratione nauigandi" (1573)
Fonte Imagem cedida por Bruno Almeida

Quem o apoiou nesta tese?

BA - Tive apoios a muitos níveis, desde familiares a académicos. O meu orientador foi o professor Henrique Leitão. Nada teria sido possível sem a sua ajuda. Curiosamente, temos os dois a mesma formação universitária em Física (Henrique Leitão é doutorado em Física). Hoje em dia é um historiador de nível internacional. Aprendi com ele a maior parte do que hoje sei sobre história. Penso que é um orientador muito completo: tem elevados níveis de exigência, domina a literatura, tem um trabalho científico de relevância internacional, uma exemplar capacidade de trabalho, estava quase sempre contactável e disponível para discussões e dúvidas, é alguém consciente das necessidades dos seus estudantes, duro quando tinha que o ser, mas sempre motivador.
Por outro lado, foi ótimo trabalhar integrado na Secção Autónoma de História e Filosofia das Ciências (SAHFC) e mais precisamente no Centro Interuniversitário de História das Ciências e Tecnologia (CIUHCT) na FCUL. É um centro pequeno mas cujas orientações e trabalho de investigação são muito bons. A professora Ana Simões tem sido a coordenadora desta equipa de ótimos colegas, muitos deles são especialistas de relevância internacional. O nível de trabalho é elevado, as condições que nos são dadas são muito boas e há grande entreajuda e sã camaradagem.

Mas nada disto teria sido possível sem uma bolsa de doutoramento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia. A nível institucional devo ainda acrescentar o apoio da Academia das Ciências de Lisboa e da Fundação Calouste Gulbenkian que me concedeu uma bolsa de estudo durante algum tempo.

Quanto tempo levou todo este trabalho?

Tudo somado, demorei cerca de sete anos a concluir o doutoramento. Foi um processo longo. Não existe formação ao nível de licenciatura em História das Ciências em Portugal. Logo, as pessoas chegam vindas ou das ciências ou das letras. Eu vim de Física. Por isso, tive que aprender muitas técnicas das Humanidades que não dominava. Fiz a parte curricular do mestrado em História e Filosofia das Ciências, fiz cursos livres, cadeiras noutras faculdades, etc.. O próprio trabalho era moroso e, a princípio, foi difícil encontrar o ritmo certo. Além de tudo isto, eu sabia que tinha que produzir uma tese profissional, honesta e decente, por isso não houve lugar nem a grandes pressas nem a desleixos.

Se em três palavras pudesse resumir este projeto, quais seriam?

BA -  Posso dizer que foi um projeto: exigente, (espero que) relevante e compensador.

Qual o seu carater inovador?

BA - Não sei se consigo responder a essa questão. Mas esta não é uma tese de ruturas. Em termos formais, insere-se numa tradição de estudos históricos que se desenvolveram no século XX e XXI. Quero acreditar que veio dar respostas a algumas questões que ainda subsistiam e contribuir para aprofundar os estudos nonianos.

FCUL – Que contributo julga ter dado à sociedade, bem como à área em que se insere?

BA - O contributo foi a informação reunida na tese. Neste momento é de conhecimento público, de todos os que a quiserem ler e usar. É responsabilidade da sociedade usá-la ou não das maneiras que achar. Se, de alguma forma chamar ainda mais a atenção das pessoas para o grande homem da ciência europeia que foi Pedro Nunes e da sua relevância nacional e internacional, ficarei mais feliz.

Como se sentiu ao receber o Prémio Cultura 2012 pela Sociedade de Geografia de Lisboa?

BA - Foi o professor Henrique Leitão que me sugeriu que concorresse a este prémio. Na verdade, outros alunos seus já tinham sido agraciados com prémios bastante importantes a nível nacional e internacional e o professor motiva-nos a levar os nossos trabalhos à avaliação de pares. No meu caso também deu bom resultado e o meu trabalho foi distinguido ex aequo com outros dois investigadores de outras áreas. Quando soube os resultados senti-me muito honrado e surpreendido. O prémio foi atribuído por uma instituição com grande tradição e houve bastantes concorrentes de variadíssimas áreas. Estou também muito grato à SGL por isso.

Considera que há necessidade de existir mais iniciativas, programas, prémios como este, que valorizem e deem a conhecer a cultura portuguesa? Por que razão e de que forma julga que a cultura portuguesa pode ganhar destaque?

BA - Claro. É crucial. Por um lado, os apoios financeiros são cada vez mais difíceis de obter. Mas, felizmente, há outros prémios semelhantes pelo país. Todos eles contribuem para valorizar e motivar trabalhos de investigação competentes. São ajudas importantes, a nível financeiro e académico mas não são ainda suficientes. O que espanta é que não haja mais gente a interessar-se pelo estudo da nossa história científica e que não haja mais apoios oficiais para programas sérios de investigação.
O nosso país tem uma herança cultural vasta e rica e muito por onde nos entretermos a investigar nos próximos anos. Além disso, há conexões com a ciência internacional que são muito relevantes e atraem cada vez mais as atenções de investigadores estrangeiros. Um exemplo é a ciência associada às navegações marítimas ibéricas: quem quiser perceber um pouco melhor os seus contornos pode visitar a exposição 360º - Ciência Descoberta, na Fundação Gulbenkian.

Esta distinção “tem um sabor especial” por ter como foco a herança cultural portuguesa?

BA - Sim, claro. Apesar de um historiador dever afastar-se de tiques “nacionalistas” e procurar ter uma visão abrangente das questões, é quase impossível não ter um orgulho especial quando a cultura do país de origem é trazida a um plano de destaque. Principalmente quando, no passado, foi até mal tratada dentro e fora de portas
No caso de Pedro Nunes, é muito gratificante perceber e continuar a mostrar o alcance da sua obra e ver que foi importante além-fronteiras.

O que significa para si esta distinção?

BA - Como disse, uma grande honra que partilho com o meu orientador, CIUHCT, família, e outras pessoas que me ajudaram no processo.

Em que se traduz o prémio?

BA - É um prémio que além do prestígio académico tem associado um valor pecuniário.

Que destino pretende dar-lhe?

BA - Ao dinheiro ainda não sei bem mas, o que quer que seja, inclui um jantar de agradecimento a colegas e principalmente ao orientador. Ao prestígio conferido pelo prémio... Creio que me traz responsabilidades acrescidas de continuar a trabalhar de forma honesta e profissional, tanto quanto me seja possível.

Já há planos futuros para aplicação/seguimento desta tese ou desenvolvimento de um outro projeto?

BA - Para já, o grande objetivo é publicar a tese. Infelizmente, os apoios para publicação foram reduzidos nos últimos anos quer da parte da Gulbenkian quer da FCT. Isto torna as coisas difíceis. Mas, em conjunto com o professor Henrique Leitão, estão a ser equacionadas outras soluções. E é possível que haja investimento de parte do valor do prémio.
Também gostaria de a publicar em inglês porque é um trabalho que interessa a investigadores estrangeiros. Mas este é um processo ainda mais dispendioso pelo que por agora só existe essa vontade.
De resto, já há mais artigos pensados e a ser desenvolvidos com base na tese.
Quanto a projetos futuros, não tenho certezas. Eu gosto muito de trabalhar no CIUHCT mas seria interessante desenvolver algum trabalho fora de Portugal.
Em boa verdade, se no futuro quero desenvolver trabalho de qualidade terei que continuar a estudar, a melhorar as minhas ferramentas técnicas e a investigar. Assim sendo, a tese e o prémio foram passos saborosos de um caminho longo mas que tem todo o potencial de ser gratificante e divertido.

Raquel Salgueira Póvoas, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura da FCUL
info.ciencias@fc.ul.pt
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