Sara Magalhães, professora da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS), é a nova presidente da Sociedade Europeia para a Biologia Evolutiva (ESEB – European Society for Evolutionary Biology). A cientista, que também desempenha funções no Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais na (CE3C), acaba de ser eleita para cumprir um mandato à frente da ESEB, que deverá ficar concluído em 2029.

“É uma honra para mim contribuir para a ESEB, um fórum privilegiado de comunicação e colaboração entre cientistas e poder promover a ciência e o seu papel na sociedade”, comentou a investigadora de CIÊNCIAS no site institucional do CE3C, depois de se conhecer a eleição para o novo mandato.

É a primeira vez que a ESEB é liderada por uma cientista do sul da Europa. Até à data, a principal sociedade europeia de biologia evolutiva, que reúne mais de 1500 cientistas, tem sido liderada maioritariamente por representantes das ilhas britânicas, ou do Norte da Europa. Além de abordar os principais desafios da Biologia Evolutiva, a ESEB é conhecida pela atribuição de bolsas e financiamento de diferente projetos científicos.

Formada em CIÊNCIAS, com o curso de Biologia, Sara Magalhães concluiu doutoramento em Amsterdão, e evoluiu depois com trabalhos em regime de pós-doutoramento em Montpellier, e mais tarde no Instituto Gulbenkian de Ciência, que hoje está integrado no Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular (GIMM). Tem mais de 100 artigos científicos publicados, liderou por duas vezes a Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva, e conta, no currículo, com a primeira bolsa do Conselho Europeu de Investigação (ERC) atribuída a cientistas portugueses na área da Ecologia e Evolução com o projeto COMPCON.