Ensino

Trissomia 21: CIÊNCIAS, Universidade de Lisboa e Associação Pais 21 lançam evento sobre emprego e cursos superiores

Os portadores de Trissomia 21 têm lugar no ensino superior

Nos últimos anos, alguns portadores de Trissomia 21 têm vindo a colaborar com os laboratórios de CIÊNCIAS

A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS) vai lançar um evento de debate sobre empregabilidade e formação de pessoas com trissomia 21, em parceria com a Reitoria da Universidade de Lisboa, e a Associação Pais 21. A iniciativa vai decorrer no dia 20 de junho no Instituto Interdisciplinar da Universidade de Lisboa, com o título “Ensino Superior para Estudantes com Dificuldades Intelectuais e Desenvolvimentais”.

Além de debates e trocas de experiências entre professores, cientistas, pais e outros intervenientes, o evento terá entre os principais atrativos a apresentação do programa de ação da Reitoria da Universidade de Lisboa, no que respeita à formação de pessoas com trissomia 21. O evento, que deverá contar com a presença de especialistas de Espanha, Irlanda e Portugal, também poderá funcionar como rampa de lançamento para CIÊNCIAS dar a conhecer uma proposta de curso “teórico-prático” para pessoas com trissomia 21.

“Estamos a pensar num curso multidisciplinar e que tenha uma componente prática, mas ainda terá de ser definido”, explica Federico Herrera. Em análise está ainda a possibilidade de integrar pessoas com trissomia 21 em cursos que já estão a decorrer, refere ainda o professor de CIÊNCIAS, que tem vindo a trabalhar na organização do evento com Manuela M. Pereira, professora de CIÊNCIAS.

O evento surge na sequência do Prémio do Concurso de Ideias – Sustentabilidade no Campus Ciências e conta com os relatos de quem já lançou cursos para pessoas com trissomia 21 em Espanha, Irlanda, e Portugal. Os representantes de CIÊNCIAS poderão ainda relatar a experiências obtidas, nos últimos quatro anos, com a integração de três portadores de trissomia 21 em tarefas laboratoriais. “Geralmente, são pessoas simpáticas e com bom humor, que dão bom ambiente de trabalho”, refere Federico Herrera. “O objetivo é desenvolver a autonomia e, se possível, a empregabilidade dessas pessoas”, conclui o professor de CIÊNCIAS.

Hugo Séneca - DCI CIÊNCIAS
hugoseneca@ciencias.ulisboa.pt