Projetos Ser Cientista 2018

Projeto 1: Fungos marinhos: diversidade e caraterizaçãoCiências da Terra e do Ambiente
O que são fungos marinhos? Como e onde os encontrar? Que caraterísticas têm? Como se distinguem? Que importância têm nos ecossistemas marinhos? + info

Projeto 2: A biodiversidade escondida no solo do campus da FCUL e a sua importância para os ecosistemas urbanos e o bem-estar humano Ciências da Terra e do Ambiente
Que invertebrados podemos encontrar no solo e quais as metodologias usadas para os amostrar? Será que a sua diversidade varia entre espaços verdes com diferentes usos do solo? + info

Projeto 3: Será fácil encontrar o verdadeiro amor no meio de uma multidão?Ciências da Terra e do Ambiente
Os ácaros-aranha são pequenos artrópodes que se alimentam de diversas plantas como tomateiros e feijoeiros. Mas será possível identificar uma fêmea virgem no meio de uma multidão de fêmeas fecundadas? + info

Projeto 4: A Astrofísica das Galáxias | Ciências Físicas
Conhecemos hoje milhões de galáxias, cada uma com uma história diferente cuja compreensão é essencial para decifrar os 14 mil milhões de anos de evolução do Universo. Mas como podemos caracterizar tantas e com características tão diferentes? + info

Projeto 5: Laboratório de electrónica e instrumentação – Aplicações em Física Experimental e em Engenharia Física | Ciências Físicas
Montagem e configuração de três experiências que fazem uso de técnicas e blocos básicos de electrónica analógica e digital que permitem a realização de inúmeras experiências em Física e noutras áreas científicas. + info

Projeto 6: Medição das propriedades físicas de uma solução de nanopartículas por laser | Ciências Físicas
Como interage a luz proveniente de uma fonte laser com um material? O que significa a polarização da luz? Como se pode realizar uma montagem para observá-la? + info

Projeto 7: Olhando os átomos | Ciências Físicas
Recorrer ao Microscópio de Força Atómica (MFA) para estudar diferentes propriedades de uma superfície+ info

Projeto 8: Modelação computacional de matéria mole | Ciências Físicas
Explorar um problema em aberto no campo da matéria mole utilizando uma de duas técnicas computacionais: Dinâmica Molecular e Monte Carlo Cinético. + info

Projeto 9: Google PageRank: o vetor de 25 000 000 000 de dólares | Matemática e Estatística
Compreender e explorar o algoritmo que está por detrás do motor de busca do Google através de exemplos simples e concretos. + info

Projeto 10: Um estudo sobre hábitos de sono | Matemática e Estatística
Podemos conhecer e medir os hábitos de sono dos alunos e da comunidade da Faculdade de Ciências? + info

Projeto 11: O jogo da Bolsa | Matemática e Estatística
Como podemos, recorrendo a modelos matemáticos de optimização, estabelecer objetivos de poupança e de investimento para fazer face a todas as obrigações que teremos de cumprir no futuro? + info

Projeto 12: Potatos_Bag | Ciências Químicas
Será possível criar uma embalagem biodegradável com recurso a desperdícios do dia-a-da, como jornais diários e cascas de batatas? + info

Projeto 13: Sol e fluidos: parceiros de excelência | Ciências Químicas
Construção e utilização de um coletor solar plano para utilização doméstica ou em situações de turismo ou de sobrevivência. + info

Projeto 14: A química e os segredos de um chocolate perfeito | Ciências Químicas
Será possível investigar o modo como o aspeto e as propriedades de diversos tipos de chocolate estão relacionadas com a sua composição química e estabilidade térmica? + info

Projeto 15: Can machines make science? | Tecnologias da Informação e Comunicação
Hoje em dia a ciência produz quantidades avassaladoras de dados. É, por isso, necessário ensinar às máquinas o significado de conceitos científicos e como compará-los. Será, por exemplo, um programa de computador capaz de determinar se duas patologias são semelhantes? + info

Projeto 16: Iluminações de imagens digitais usando bolor limoso virtual | Tecnologias da Informação e Comunicação
O bolor limoso Dictyostelium discoideum oscila entre ser uma criatura única ou uma colónia. Será possível usar uma linguagem de programação sendo capaz de reproduzir os padrões visuais observados no bolor real? + info

Projeto 17: O Caixeiro Viajante Amiba | Tecnologias da Informação e Comunicação
Reproduzir o modelo e as experiências usados para resolver o célebre problema do caixeiro-viajante e explorar variações nos parâmetros desse modelo, usando a linguagem de programação e de simulação multi-agente Netlogo. + info

Projeto 18: A radiação solar “alfacinha” | Ciências da Terra e do Ambiente
Será que vale a pena um lisboeta plantar tomates no seu terraço? E se o seu quarto estiver virado para Norte será preciso um aquecedor no Inverno? E instalar painéis fotovoltaicos no seu telhado, é rentável? + info

Projeto 19: Portugal em 2050 só com energias renováveis? | Ciências da Terra e do Ambiente
Já alguma vez pensaste no futuro do nosso planeta? Nos desafios que enfrentamos para não o degradar e poluir cada vez mais? Portugal tem investido muito nas energias renováveis para produzir a eletricidade que utilizamos diariamente. Mas será que é suficiente? + info

Projeto 20: Investigar Geologia nos sapais do estuário do Sado | Ciências da Terra e do Ambiente 
Os sedimentos acumulados nos sapais do estuário do Sado contam-nos a história da evolução deste ambiente nos últimos milhares de anos. Mas… que tipo de sedimentos estão acumulados nos sapais? De onde vieram? Que idade têm? Qual o destino dos sapais em contexto de subida do nível médio do mar? Projeto inclui visita ao estuário do Sado para recolha de amostras. + info

Participantes do "Ser Cientista" 2017 (4ª edição)
Alunos participantes no "Ser Cientista" 2017 (4ª edição)

Projeto 1: Fungos marinhos: diversidade e caraterização
Ciências da Terra e do Ambiente

O que são fungos marinhos? Como e onde os encontrar? Que caraterísticas têm? Como se destinguem? Que importância têm nos ecossistemas marinhos?
Serão apresentados isolados de fungos marinhos colhidos na costa portuguesa. Será feita a sua caraterização morfológica e mostrado, para alguns deles, o seu posicionamento relativamente a outros, com base em dados moleculares.
O participante fará observações à lupa e ao microscópio e subculturas de alguns isolados. Fará ainda extração de DNA de vários isolados e irá utilizar a técnica de PCR para amplificar genes que permitem a caraterização molecular destes fungos.
Espera-se que consiga identificar e caraterizar alguns dos isolados apresentados, e que consiga extrair e amplificar com êxito o DNA extraído.

Responsáveis: Filomena Caeiro e Egídia Azevedo (Departamento de Biologia VegetalCESAM - Ciências | Centro de Estudos do Ambiente e do Mar)

 

Projeto 2: A biodiversidade escondida no solo do campus da FCUL e a sua importância para os ecosistemas urbanos e o bem-estar humano
Ciências da Terra e do Ambiente

Que invertebrados podemos encontrar no solo e quais as metodologias usadas para os amostrar? Será que a sua diversidade varia entre espaços verdes com diferentes usos do solo?
Que funções é que os invertebrados do solo desempenham nos ecossistemas e qual a sua importância para o ambiente e para o Homem, através da provisão de Serviços dos Ecossistemas?
Para responder a estas questões os alunos irão recolher solo em  diferentes espaços verdes do campus da FCUL para posterior triagem dos invertebrados no laboratório. Depois, observando à lupa, farão a identificação taxonómica dos exemplares encontrados. Para além disso, irão ainda recolher parâmetros ambientais e características dos invertebrados para efectuarem a análise dos dados.
No final espera-se que os participantes consigam identificar os principais grupos de invertebrados do solo, analisar de que forma as variáveis ambientais influenciam a sua ocorrência, compreender a importância dos invertebrados do solo para o funcionamento dos ecossistemas (particularmente em contexto urbano) e como é que estes podem contribuir para a qualidade ambiental e o bem-estar humano.

Responsáveis: Raquel C. Mendes, Margarida Santos-Reis (Departameto de Biologia Animal | cE3c | Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais)
 

Projeto 3: Será fácil encontrar o verdadeiro amor no meio de uma multidão? 
Ciências da Terra e do Ambiente

Os ácaros-aranha, ou Tetranychus urticae, são pequenos artrópodes que se alimentam de diversas plantas como tomateiros e feijoeiros.
Nesta espécie um macho só produz descendência se acasalar com uma fêmea virgem. Caso a fêmea já tenha sido fecundada por outro macho, o acasalamento pode ocorrer mas o casal não produz descendência. Dado que isso é essencial do ponto de vista evolutivo, espera-se que os machos consigam distinguir fêmeas virgens de fêmeas já fecundadas. Mas será possível um macho identificar uma fêmea virgem no meio de uma multidão de fêmeas fecundadas?
Neste projecto os participantes vão poder determinar em que condições os machos desta espécie são capazes exercer esta escolha, fazendo, de forma independente, diferentes tipos de observações comportamentais.

Responsáveis: Leonor R. Rodrigues, Sara Magalhães (Departameto de Biologia Animal | cE3c | Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais)
 

Projeto 4: A Astrofísica das Galáxias
Ciências Físicas
Conhecemos hoje milhões de galáxias, cada uma com uma história diferente cuja compreensão é essencial para decifrar os 14 mil milhões de anos de evolução do Universo. Mas como podemos caracterizar tantas galáxias e com características tão diferentes? Como conseguimos decifrar os segredos de galáxias relativamente pacíficas como a Via-Láctea, ou galáxias monstruosas que crescem através do “canibalismo” de outras galáxias?
Nesta atividade vamos utilizar observações recentes de alguns dos telescópios mais avançados em funcionamento, como o Hubble, o ALMA (o Atacama Large Millimetre Array) e o VLT (o Very Large Telescope), para compreender a Astrofísica das galáxias que conseguimos observar no Universo e ajudar a decifrar o segredo da sua evolução.

Responsáveis: José Afonso, Ciro Pappalardo e Israel Matute (Departamento de FísicaIA | Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço)

 

Projeto 5: Laboratório de electrónica e instrumentação – Aplicações em Física Experimental e em Engenharia Física
Ciências Físicas

Propõe-se aos alunos a montagem (parcial) e a configuração (ou projeto) de três experiências que fazem uso de técnicas e blocos básicos de electrónica analógica e digital. Estes permitem a realização de inúmeras experiências em Física e noutras áreas científicas.
São esses blocos e técnicas os seguintes: amplificadores, filtros, programação de microcontroladores (digitais), controlo e realimentação, sensores e atuadores.
1) Comando da velocidade de rotação de um motor DC com um programa executado num Arduino (eventualmente usando-se também um sensor de paragem se o motor for acoplado a uma peça para a movimentar...). Os alunos poderão alterar alguns parâmetros do programa executado no arduino, fazendo variar a velocidade de rotação, desligar o motor (atuando um relé), etc...
2) Experimentação com um controlador analógico ON/OFF de intensidade luminosa. O circuito usa realimentação obtida através de um sensor óptico (fototransístor), e com essa informação faz variar a corrente eléctrica numa lâmpada de forma a manter aproximadamente constante a intensidade luminosa lida no fototransístor. Esta experiência ilustra as bases da regulação.
3) Realização de um amplificador áudio e de filtros de graves e/ou agudos básicos, com elementos variáveis (potenciómetros), que condicionam a largura de banda dos sinais que excitam o transdutor áudio (altifalante). A experiência permitirá aos participantes entender (e experimentar, redimensionando alguns componentes) as bases fundamentais do processamento analógico de sinais através de filtros, visto estarmos a processar sinais audíveis.

Responsáveis: Guiomar Evans, José Soares Augusto (Departamento de FísicaBioISI - Instituto de Biossistemas & Ciências Integrativas)

 

Projeto 6: Medição das propriedades físicas de uma solução de nanopartículas por laser
Ciências Físicas

Neste projeto observa-se como a luz proveniente de uma fonte laser interatua com um material, descobre-se o que significa a polarização da luz, e como se pode realizar uma montagem para observá-la. Estudar-se-á a variação da transmissão da luz para determinar a velocidade de deposição de um soluto e a rotação da polarização (efeito de Faraday) para caracterizar uma suspensão de nanopartículas magnéticas.

Responsável: Margarida Pires (Departamento de FísicaLOLS | Laboratório de Óptica, Lasers e Sistemas)

 

Projeto 7: Olhando os átomos
Ciências Físicas

A tecnologia atual permite “observar” sistemas cada vez mais pequenos, permitindo realizar imagens com resolução atómica. O Microscópio de Força Atómica (MFA) baseia-se na interação atómica para mapear uma superfície e criar uma imagem dos átomos na mesma. Neste trabalho será utilizado um MFA para estudar diferentes propriedades de uma superfície.

Responsável: Mário Rodrigues (Departamento de FísicaBioISI - Instituto de Biossistemas & Ciências Integrativas)
 

Projeto 8: Modelação computacional de matéria mole
Ciências Físicas

A matéria mole é um dos temas mais ativos da física, onde novas ideias são muitas vezes convertidas em tecnologia. Por esse motivo, teóricos e experimentalistas trabalham sempre lado a lado.
Os participantes irão explorar um problema em aberto no campo da matéria mole utilizando uma de duas técnicas computacionais: Dinâmica Molecular e Monte Carlo Cinético.

Os dois problemas de investigação disponíveis consistem em:
- Dinâmica de agregação de coloides e cadeias poliméricas usando Dinâmica Molecular. Este problema pode ser aplicado diversos problemas como filtragem coagulação do sangue. (Não necessita de noções prévias de programação)
- Cinética de deposição de misturas de partículas num substrato cristalino usando Monte Carlo cinético. Este problemas tem aplicações em crescimento de filmes finos ou agregação de partículas em alvéolos pulmonares. (Necessita de noções prévias de programação).

Responsáveis: Nuno Araújo e Cristóvão Dias (Departamento de FísicaCFTC | Centro de Física Teórica e Computacional)
 

Projeto 9: Google PageRank: o vetor de 25 000 000 000 de dólares
Matemática e Estatística

Compreender e explorar o algoritmo que está por detrás do motor de busca do Google através de exemplos simples e concretos, relacionados com o nosso dia-a-dia.

Responsável: Pedro Miguel Duarte (Depatamento de Matemática | CMAF - CIO - Centro de Matemática, Aplicações Fundamentais e Invetsigação Operacional

 

Projeto 10: Um estudo sobre hábitos de sono
Matemática e Estatística

Quais os hábitos de sono de alunos e da comunidade da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa? Para responder a esta questão, os alunos vão recorrer às metodologias da Estatística: construir um inquérito (com a ajuda de bibliografia sobre o sono); aplicar o inquérito a alunos da FCUL; organizar e efetuar a análise dos dados recolhidos, utilizando metodologia estatística (com o auxílio do software SPSS); efetuar a discussão dos resultados obtidos; elaborar um relatório com as conclusões.

Responsável: Maria Fernanda Diamantino (Departamento de Estatística e Investigação Operacional)

 

Projeto 11: O jogo da Bolsa
Matemática e Estatística

Tantos sonhos e desejos, tanta vontade de fazer coisas, mas tanto dinheiro que é necessário para realizar tudo isso! Como podemos estabelecer objetivos de poupança e de investimento para fazer face a todas as obrigações que teremos de cumprir no futuro?
Com tantas possibilidades de poupança e alternativas de investimento, como devemos aplicar o nosso capital de forma a alcançarmos o maior retorno possível? Através de modelos matemáticos de otimização, conseguimos chegar a uma solução para este problema, definindo o montante a investir em cada projeto tendo em conta determinados critérios de avaliação como o seu retorno esperado e o seu risco. Na definição destes parâmetros poderão ser utilizados dados reais para medir a variação da rentabilidade de cada ativo, e consequentemente no valor total da nossa carteira de investimentos.

Responsáveis: Raquel João Fonseca e João Telhada (Departamento de Estatística e Investigação Operacional)
 

Projeto 12: Potatos_Bag
Ciências Químicas
Neste trabalho propomos o desenvolvimento de uma embalagem biodegradável feita a partir de papel de jornal reciclado e revestida por um biopolímero de amido extraído de cascas de batatas. Com recurso a desperdícios/resíduos do dia-a-dia tal como jornais diários, batatas e suas cascas será possível embalar, por exemplo, sabonete líquido.

Exploração de outras fontes de amido.

Responsável: Maria José Lourenço (Departamento de Química e Bioquímica)
 

Projeto 13: Sol e fluidos: parceiros de excelência
Ciências Químicas

Construção e utilização de um coletor solar plano para utilização doméstica ou em situações de turismo ou de sobrevivência.
Entendimento das energias alternativas, poupança de recursos hídricos, reciclagem de metais para utilização em contexto doméstico. Regras de segurança química na aplicação de tintas e vernizes
Fenómenos de transferência de calor. Energia. Aquisição automática de dados. Corrosão em cobre e alumínio.
Selecionar entre cobre e alumínio (em chapa) o melhor metal a utilizar no coletor. Selecionar um verniz ou tinta contra os efeitos da corrosão atmosférica.
Construir 1-2 painéis solares, retirar dados dos perfis térmicos obtidos e aplicar verniz ou tinta para impedir alguns fenómenos de corrosão. Compreensão dos fenómenos de condução de calor em metais e interpretação das propriedades físico-químicas no desempenho dos coletores solares.

Responsável: Maria José Lourenço (Departamento de Química e Bioquímica)

 

Projeto 14: A química e os segredos de um chocolate perfeito
Ciências Químicas

Poucas são as pessoas que não gostam de chocolate, cujo consumo remonta às antigas civilizações Azteca e Maia. Ao longo dos anos, muitos produtores de chocolate têm abordado o problema de como produzir um chocolate perfeito.  Essa questão está intimamente ligada à constituição química e ao comportamento térmico do chocolate. A composição do chocolate é, por exemplo, normalmente ajustada para que derreta à temperatura da nossa boca (cerca de 37 oC).  Para além disso, quando o chocolate é sujeito a temperaturas muito diferentes dessa perde a consistência e o brilho pretendidos. No presente projeto serão realizadas experiências para investigar o modo como o aspeto e as propriedades de diversos tipos de chocolate estão relacionadas com a sua composição química e estabilidade térmica.  O trabalho envolve técnicas como a microscopia e a calorimetria.

Responsável: Manuel Minas da Piedade (Departamento de Química e Bioquímica / CQB | Centro de Química e Bioquímica)

 

Projeto 15: Can machines make science?
Tecnologias da Informação e Comunicação

Hoje em dia a ciência produz quantidades avassaladoras de dados. Por forma a que estes possam ser explorados computacionalmente é necessário ensinar às máquinas o significado de conceitos científicos e como compará-los. Assim, um programa de computador será por exemplo capaz de determinar se duas patologias são semelhantes. O participante irá integrar uma equipa e irá efetuar a análise e avaliação de um sistema automático e inteligente para integração e análise de dados científicos. Este sistema é desenvolvido por uma equipa internacional e multidisciplinar. O participante irá testar diferentes estratégias para integração de dados, analisando quais os métodos mais eficientes para diferentes tipos de dados. No final, irá produzir um relatório quantitativo e um conjunto de possíveis ideias para guiar o desenvolvimento futuro do sistema.

Responsável: Cátia Pesquita (Departamento de InformáticaLaSIGE | Laboratório de Sistemas Informáticos de Grande Escala)
 

Projeto 16: Iluminações de imagens digitais usando bolor limoso virtual
Tecnologias da Informação e Comunicação

O bolor limoso  Dictyostelium discoideum, também conhecido como amiba social, oscila entre ser uma criatura única ou uma colónia. Este organismo passa a maior parte da sua vida, enquanto há alimento abundante, dividido em milhares de unidades unicelulares dispersas, movendo-se separadamente. No entanto, quando o meio ambiente se torna hospitaleiro, essas células fundem-se num único organismo multicelular que se move como um corpo único.  Quando regressa a  comida então volta a dividir-se, tranformando-se num coletivo.
O processo de agregação das células do bolor limioso, que foi descoberto por Evelyn Fox Keller e Lee Segel em 1970, é feito de um modo completamente descentralizado sem que haja uma célula central, um pacemaker a liderar o processo. A agregação emerge através de um processo de difusão e atracão químicas, tendo como efeito padrões e ondas visuais muito interessantes esteticamente.
Neste projeto vamos usar a linguagem de programação Netlogo que contém já um modelo do comportamento do bolor, sendo capaz de reproduzir os padrões visuais observados no bolor real.
O objetivo é usar o comportamento do bolor virtual para iluminar espacio-temporalmente imagens digitais. Vamos explorar a capacidade do bolor virtual como ator coletivo capaz de coreografar a iluminação de imagens digitais que podem ser mais ou menos conhecidas, de um modo completamente autónomo.
O aluno irá partir do modelo existente no Netlogo (conhecido por slime) e construir uma aplicação onde pode carregar uma imagem que será o habitat do bolor virtual. Também poderá dar início ao processo de iluminação da imagem através da simulação do comportamento do bolor virtual, sendo capaz de gerar filmes da animação e explorar vários parâmetros e consequências nos padrões gerados.
No final, irá produzir um short paper a descrever o trabalho.

Responsável: Paulo Urbano (Departamento de InformáticaBioISI - Instituto de Biossistemas & Ciências Integrativas)

 

Projeto 17: O Caixeiro Viajante Amiba
Tecnologias da Informação e Comunicação

O organismo  Physarum polycephalum tem estado em foco recentemente pelo facto de resolver labirintos, encontrando o caminho mais curto entre dois pontos e de inspirar formas de computação não convencionais. No seu estado vegetativo, sai à caça de microrganismo que digere. Quando é presenteado com uma configuração espacial de fontes de alimento, ele forma de um modo completamente descentralizado uma rede muito eficiente de tubos protoplásmicos que liga os nutrientes, sem recurso a um centro de controle especializado como o cérebro.
O comportamento do Physarum foi modelizado como um sistema microorganismos virtuais capazes de sensoriar o meio ambiente e de se moverem no espaço, sendo atraídos para zonas de maior concentração química. O modelo foi usado para resolver o célebre problema do caixeiro viajante, por Jeff Jones e Andrew Adamatzky no artigo  Computation of the Travelling Salesman Problem by a Shrinking Blob. Podem ver-se exemplos da execução do algoritmo em  http://uncomp.uwe.ac.uk/jeff/material_tsp.htm.
Na variante mais famosa do problema, o caixeiro viajante tem de visitar várias cidades, cada uma delas uma única vez, antes de terminar o tour na cidade de partida. A solução do problema é o tour com a distância acumulada mais curta. O problema é considerado intratável computacionalmente já que o número de tours possíveis aumenta largamente com o número de cidades, tendo muitas aplicações práticas.
O objetivo desta atividade é reproduzir o modelo e as experiências descritas no referido artigo bem como  explorar variações nos parâmetros do modelo. Para isso iremos usar a  linguagem de programação e de simulação multiagente Netlogo.
No final, para além do programa irá produzir um relatório a descrever o trabalho.

Responsável: Paulo Urbano (Departamento de InformáticaBioISI - Instituto de Biossistemas & Ciências Integrativas)

 

Projeto 18: A radiação solar “alfacinha”
Ciências da Terra e do Ambiente

Será que vale a pena um lisboeta plantar tomates no seu terraço? E se o seu quarto estiver virado para Norte será preciso um aquecedor no Inverno? E instalar painéis fotovoltaicos no seu telhado, é rentável? 
Para conseguirmos responder a estas perguntas é preciso primeiro conhecer o recurso solar de Lisboa. A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa dispõe de uma estação meteorológica que, entre outras coisas, mede radiação solar.
Neste estágio vais poder conhecer a nossa estação meteorológica e trabalhar com os dados ali registados para que possamos ficar a saber mais sobre a radiação solar “alfacinha”.

Responsáveis: Miguel Brito e Rodrigo Amaro e Silva (Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia / IDL - Instituto Dom Luiz)

 

Projeto 19: Portugal em 2050 só com energias renováveis?
Ciências da Terra e do Ambiente

Já alguma vez pensaste no futuro do nosso planeta? Nos desafios que enfrentamos para não o degradar e poluir cada vez mais? Portugal tem investido muito nas energias renováveis para produzir a eletricidade que utilizamos diariamente. Mas será que é suficiente?
Neste estágio, lançamos-te o desafio de perceberes como e se será possível termos eletricidade 100% renovável em 2050. Para isso, com a ajuda de um software, vais simular e otimizar o sistema elétrico de Portugal em 2050.

Responsáveis: Miguel Brito e Raquel Figueiredo (Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia / IDL - Instituto Dom Luiz)

 

Projeto 20: Investigar Geologia nos sapais do estuário do Sado
Ciências da Terra e do Ambiente

Os sedimentos acumulados nos sapais do estuário do Sado contam-nos a história da evolução deste ambiente nos últimos milhares de anos. O projecto pretende responder às seguintes perguntas: Que tipo de sedimentos estão acumulados nos sapais? De onde vieram? Que idade têm? Qual o destino dos sapais em contexto de subida do nível médio do mar?
Os participantes contactarão com a investigação que se faz no Departamento de Geologia sobre a evolução dos ambientes intertidais estuarinos, incluindo: visita de campo para recolha de uma sondagem curta e recolha de amostras na restinga de Tróia e realização de medições da topografia com recurso a GPS; tratamento sedimentológico nos laboratórios, das amostras recolhidas; interpretação dos resultados obtidos; estabelecimento de conclusões.

Responsável: Maria da Conceição Freitas (Departamento de Geologia / IDL – Instituto Dom Luiz)