Opinião

Teletrabalho

À procura de um equilíbrio entre a produtividade e a saúde mental #COVID19 #EuFicoEmCasa

Teletrabalho

Trabalhar com foco revela-se essencial neste momento

unsplash - Bench Accounting
Andreia Santos
Andreia Santos
Fonte ACI Ciências ULisboa

Esta nova realidade do teletrabalho exigiu e exige diferentes adaptações. De repente não se ficou apenas em casa a trabalhar, as metodologias de trabalho também tiveram de se alterar.

Como todos já constatámos, dar uma aula, formação ou ter uma reunião por videochamada não funciona exatamente da mesma forma como antes. Implica frequentemente, um esforço redobrado para repensar e modificar os conteúdos e materiais, ou seja, o tempo e esforço para cada tarefa podem ter de ser maiores nesta fase.

A acrescentar a estes desafios, estamos a viver uma situação de stress (uma situação externa e real) que pode despoletar mais ou menos ansiedade em algumas pessoas. E sabemos que o resultado de trabalhar com ansiedade e/ou stress não é o mesmo, pois implica uma sobrecarga da nossa energia e concentração. Finalmente, não é seguro que numa casa com várias pessoas, tenhamos sempre um “local de trabalho” fixo e com as melhores condições.

Isto certamente não é uma novidade, mas é bastante fácil esquecermo-nos que há de facto um somatório de fatores a afetarem a nossa experiência. Por isso, é muito frequente ouvir as pessoas a relatarem que ficam chateadas ou desiludidas com elas próprias por não estarem a conseguir ser tão produtivas como eram ou como gostariam de ser. O resultado pode ser sentir ansiedade e culpa e tentar compensar com mais trabalho, por muitas horas seguidas. Muitas vezes, não se permitindo a momentos de relaxamento ou de descanso, incluindo dormir. Muitas pessoas podem estar a perguntar-se: “mas se tem de ser feito, como é que eu vou descansar ou relaxar?”.

É verdade, as coisas precisam ser feitas, mas, se não fizermos uma boa gestão de nós próprios, estamos potencialmente a acabar com a única fonte que pode produzir - nós. Como na história da galinha dos ovos de ouro, em que o agricultor, tão ávido de ter os ovos de ouro de forma rápida, matou a capacidade produtiva da galinha e esta não produziu mais ovos.

O estar em casa, não afasta o cenário de situações de cansaço extremo ou de burnout, pelo que, ainda mais do que noutras alturas, é da máxima importância estarmos atentos aos sinais. Sinais esses, que indicam que é preciso mudar alguma coisa na forma como se gere o tempo.

Neste sentido, se quero e preciso trabalhar tenho de recarregar energia. Como é que carrego energia? Tendo momentos de descanso e/ou relaxamento e realizando atividades que deem prazer. Mas e o que faço em relação ao trabalho e à falta de concentração que posso sentir? Trabalhar com foco revela-se essencial neste momento.

Algumas dicas

  • Estabelecer períodos de trabalho sem distrações, por exemplo desligar notificações e depois fazer uma pequena pausa e assim sucessivamente. Dar tempos concretos, ajuda! Por exemplo, dar 40 minutos de foco e depois um intervalo de cinco minutos; 
  • Definir períodos específicos para ir ver emails e notificações de telemóvel;
  • Definir horários de trabalho, pelo menos uma hora para começar e para acabar e que trabalhar para além desse horário, seja a exceção e não a regra;
  • Perceber o que é importante, ou melhor ainda, o que é essencial; 
  • Conseguir dizer não! Dizer não, face ao excesso de solicitações profissionais, mas também dizer não face a solicitações “caseiras”. A ideia do multitask é um mito, talvez tentador em alguns momentos, mas normalmente penalizador em termos de energia e foco, logo na produtividade.

A questão que também pode surgir é: “o problema é que defino objetivos e horários, mas tenho sempre uma sensação (interna) de urgência, que tenho de estar sempre a fazer coisas, mesmo quando sinto que já não estou a ser produtivo...”. Para diferentes problemas, diferentes soluções.

Às vezes, a estratégia a adotar pode não ser algo de cariz mais funcional, mas sim algo do foro mais emocional. Por exemplo, por vezes as pessoas entram nos chamados loops do perfecionismo. Não porque a tarefa já não possa estar concluída e bem-feita, mas porque não adotar uma estratégia de esforço contínuo ou até descansar, as deixa a sentir um peso grande, uma culpa. A longo prazo, esta situação tende a gerar níveis de cansaço físico e emocional muito elevados. Aliás, nesta situação é tão fácil haver tão poucos limites entre o tempo dedicado ao trabalho e à parte pessoal. Agora, isso não torna a imposição de limites impossíveis, mas sim, mais desafiantes e necessários. Há um outro exemplo de questões mais emocionais que funcionais. A ausência de estrutura formal pode trazer a sensação de se estar aquém. Sair do local de trabalho facilita a sensação de dever cumprido. Estar em casa, pode alimentar uma sensação de estar em falta e esse estar em falta ser compensado por mais tempo de trabalho ou estar sempre disponível, para responder a mails, telefonemas ou mensagens. Mais uma vez, é um processo gerador de sobrecarga emocional e de desgaste.

Para terminar, deixo uma sugestão de pergunta que, pode ajudar a identificar os momentos em que já não se está a ser produtivo: “Continuo a fazer isto porque preciso mesmo, exemplo um prazo apertado para entregar algo ou não fecho o assunto porque é uma forma de aliviar a minha ansiedade?".

Andreia Santos, Gabinete de Apoio Psicopedagógico da Área de Mobilidade e Apoio ao Aluno de Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

"Portugal vive um momento mau mas que pode vir a ser o melhor que lhe aconteceu, compete-nos a nós gerações mais jovens virar as dificuldades a nosso favor. Como? Buscando em outras sociedades o que se faz de melhor e aplicando-o no nosso país. Não é fácil, mas Roma não se fez num dia", declarou o aluno da FCUL, Pedro Mendes Pereira.

Pedro Rosa

Os regulamentos publicados no âmbito desta temática são de aplicação transversal à FCUL, independentemente do serviço que os gerir e estão em vigor desde 1 de janeiro de 2014.

Ciências em Movimento - 10 a 14 de fevereiro

“Ordem e Caos”, “Matéria e Energia”, “Mar e Atmosfera”, “Riscos e Catástrofes” e “Tecnologia e Sustentabilidade” são as temáticas abordadas em cada dia desta semana onde “diferentes áreas científicas ‘conversam’ entre si e com os visitantes”, anunciam os promotores da atividade de entrada livre, mas sujeita a inscrição.

A Bial, grupo internacional da indústria farmacêutica, procura candidato com grau de Mestre em Bioestatística ou em área similar, com 3 a 5 anos de experiência.

Emiliania huxleyi

Iniciada há 16 anos, a Algoteca é uma coleção única, por incluir maioritariamente espécies de algas marinhas e estuarinas da costa portuguesa, sendo por isso um verdadeiro repositório de património genético nacional.

"Não tenham medo de concorrer a uma tese inserida num contexto empresarial. É uma experiência enriquecedora, irão ter contacto com tecnologias novas muito específicas a este meio e é ainda uma excelente oportunidade de enriquecerem o vosso currículo”, comenta Rafael Soledade, antigo aluno do DI-FCUL.

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Helder Coelho, Luís Correia, João Pedro Neto e Hugo Miranda apresentam palestras num dos liceus mais antigos da capital, criado em 1902.

Pormenor de uma obra de arte

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O Conselho de Escola recomendou a todos os seus membros a organização de sessões de esclarecimento e auscultação pública dos seus pares, dentro dos departamentos, associações de estudantes e não docentes. Esse processo irá decorrer desde a publicação do edital até ao fim da audição pública prévia à eleição do diretor.

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Um pouco por todo o mundo há cada vez mais estatísticos a trabalharem exclusivamente em Bioinformática. Um dos pioneiros foi Terry Speed, que viu o seu vasto trabalho na área da Bioinformática reconhecido este ano com a atribuição do prémio australiano “Prime Minister's Prizes for Science”.

“Todas as oportunidades devem estar acessíveis a todas as crianças. Enquanto investigadores, apenas podemos mostrar-lhes o fascínio da ciência e provar-lhes que esta não é uma atividade 'para outros', que eles próprios podem sonhar com uma carreira na investigação ou noutras carreiras indispensáveis ao desenvolvimento do país”, declararam os cientistas da FCUL.

Na FCUL, só nas áreas da Biologia, Física e Química, existem mais de duzentos espaços laboratoriais, realizando-se, em cada um, dezenas de atividades diferentes e a cada novo projeto estão associadas outras tarefas diferentes das anteriores.

The doctoral programs in Mathematics of the Faculdade de Ciências (FCUL) and of Instituto Superior Técnico (IST) of the University of Lisbon are now partners under the LisMath Program, funded by the Portuguese Foundation for Science and Technology. The competition for scholarships under the LisMath will be officially announced on 18/1 and will be open 3/2 to 31/3.

Para melhor preparar a sua participação nas calls do Horizon 2020, deverá acompanhar e participar nos Info & Brokerage Events.

Os Work Programmes são a via para pré-selecionar calls do seu interesse.

Agora é Web of Science

“Tomar consciência da existência [de] necessidades e poder contribuir para satisfazer algumas delas é um privilégio que temos quando participamos neste tipo de projetos”, declarou o professor do Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia, Jorge Maia Alves.

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Os programas doutorais em Matemática da Faculdade de Ciências e do Instituto Superior Técnico da nova Universidade de Lisboa são parceiros no âmbito do Programa LisMath, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Joana Almaça, Marisa Sousa, Inna Ulyiakina e Diana Faria não têm dúvidas em afirmar que foram “contaminadas pelo ‘bichinho da ciência’”, por isso, os planos futuros passam por “contribuir para o conhecimento dos mecanismos responsáveis por algumas patologias dos humanos”.

De 4 de janeiro a 1 de fevereiro de 2014,  a Biblioteca do C4 também está aberta aos sábados, das 9h00

A FCUL abriu as portas do Departamento de Física aos alunos da Escola Secundária Vergílio Ferreira, de Lisboa. Durante uma manhã, 26 alunos do 12.º ano exploraram os mistérios da Física.

O percurso académico e profissional da cientista é marcado pela experiência profissional além-fronteiras.

Prémio ANACOM URSI Portugal 2013

O estudo “Técnica multimodal inovadora baseada em PEM-UWB para deteção de cancro da mama e respetiva classificação” é da autoria da cientista Raquel Conceição.

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