Cientistas descobrem como tsunami global de Tonga “saltou” de um oceano para outro

IDL Ciências ULisboa e IPMA lideram estudo publicado na Nature

Imagem de satélite da erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai

A erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai produziu a maior explosão atmosférica da história de que há registo

NASA/GOES/NOAA/NESDIS

Estudo publicado na Nature e liderado por investigadores do Instituto Dom Luiz da Ciências ULisboa e do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) explica o mecanismo por detrás da geração e propagação do tsunami incomum, ocorrido após a explosão colossal do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai, em Tonga.

Os cientistas consideram o tsunami que se seguiu à explosão colossal do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai, a 15 de janeiro de 2022, excecional: por um lado, exibiu um alcance global, uma velocidade de propagação mais alta e alturas de ondas inesperadas, no campo distante; por outro, teve uma duração sem precedente.

“A violenta explosão do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai no Pacífico Sul originou ondas atmosféricas percetíveis e um tsunami global excecionalmente rápido com dissipação mínima no campo distante”, diz Rachid Omira, investigador do IDL Ciências ULisboa e do IPMA, acrescentando que “esta foi a primeira vez que um tsunami desencadeado por um vulcão foi registado globalmente por instrumentação moderna e densa em todo o mundo, proporcionando uma oportunidade única para investigar os processos de acoplamento ar/água na geração e propagação do tsunami”.

Este trabalho contou com o apoio da FCT, através do projeto FAST-PTDC/ CTA-MET/32004/2017.

Os investigadores analisaram dados de satélite, de nível do mar e atmosféricos em todo o mundo e conseguiram demonstrar, com recurso a modelos numéricos e analíticos, que o tsunami foi impulsionado por uma onda (atmosférica) de gravidade acústica, causada pela explosão do vulcão e que viajou várias vezes pelo mundo. Os autores observaram globalmente o tsunami conseguindo sugerir implicações do risco deste tipo de eventos.

Rachid Omira conta que o mais desafiante nesta investigação passou por explicar quantitativamente todas as características observadas deste tsunami, completamente diferente dos tsunamis comuns, mencionando que a onda atmosférica em movimento rápido, capaz de excitar a superfície do oceano e “bombear” energia, foi a explicação encontrada pelo grupo para que este tsunami tenha “saltado” de um oceano para outro, atingindo a costa portuguesa dez horas antes do esperado.

“Esta foi a primeira vez que um tsunami desencadeado por um vulcão foi registado globalmente por instrumentação moderna e densa em todo o mundo, proporcionando uma oportunidade única para investigar os processos de acoplamento ar/água na geração e propagação do tsunami.
Rachid Omira

GJ Ciências ULisboa
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