Crónicas em Ciências

Um estágio na HortaFCUL

Marissa Verhoeven na HortaFCUL

Tive as minhas mãos em tanto desperdício alimentar, minhocas e vermicomposto que posso distinguir facilmente um bom vermicomposto de um mau pelo olfato, visão e tacto

HortaFCUL
Marissa Verhoeven
Marissa Verhoeven
imagem cedida pela HortaFCUL

Antes de ter começado o estágio, tive de pesquisar no Google o que significava vermicomposto. Agora, cinco meses depois, tive as minhas mãos em tanto desperdício alimentar, minhocas e vermicomposto que posso distinguir facilmente um bom vermicomposto de um mau pelo olfato, visão e tacto. Isso pode não parecer um sonho, mas acredite em mim, é mesmo! Porque o que é mais bonito do que aprender como melhorar seu ambiente, trabalhando com a natureza de uma maneira simples, mas complexa? Retribuir à mãe natureza em vez de apenas consumir, foi o que aprendi durante o meu estágio na HortaFCUL.

Sim, trabalhar com resíduos e minhocas foi uma das minhas principais tarefas no estágio. Cuidei do lixo orgânico proveniente das cantinas da Faculdade, aprendi a cuidar dele e como transformá-lo em fertilizante do solo com a ajuda de alguns vermes famintos.

Os desperdícios alimentares deixaram de ir para o lixo, em vez disso, passaram a ser desviados por mim e por um empregado da Faculdade para o PermaLab. Aqui, foram colocados em caixas especialmente feitas para acelerar a compostagem que atinge temperaturas altas, para depois serem colocados em caixas diferentes, onde minhocas famintas puderam alimentar-se do material. O produto resultante é um vermicomposto de alta qualidade, pronto a ser usado para produzir alimentos, que podem novamente ser comidos. É assim que fechamos o ciclo orgânico.

Só isto já foi ótimo, mas o meu estágio foi muito mais desafiante do que isso. Também realizei uma investigação científica para responder a duas perguntas sobre a produção e uso do vermicomposto.

Consulte os resultados da investigação “From degradation to creation: closing the urban organic cycle”

E, claro, tive muitas mais oportunidades. Pude trabalhar no PermaLab todas as semanas com pessoas incríveis. Juntos criamos e implementamos projetos, partilhamos experiências e fizemos muita sopa. Os guardiões da HortaFCUL estiveram sempre disponíveis para me ajudar e fornecer feedback quando necessário. Eles organizaram vários projetos e iniciativas nos quais tive a possibilidade de participar. Foi assim que participei num curso sobre abordagens de planeamento baseadas na natureza, ajudei a plantar um jardim numa escola primária e participei em celebrações incríveis. A HortaFCUL também me deu o apoio necessário para iniciar os meus projetos: escrevi e ilustrei o meu primeiro livro infantil sobre a importância das abelhas. Um sonho que sempre quis realizar.

Consulte o livro “Onde moras, abelha?”

Em suma, foi uma grande experiência e recomendo a todos que participem no projeto HortaFCUL e ponham as mãos na terra!

Nota de redação:

Marissa Verhoeven é estudante de Biologia Aplicada na Holanda. Tem uma grande paixão pela natureza e sustentabilidade e deseja incluir essas paixões na sua vida, tanto quanto possível, por essa razão viajou até Portugal no início de 2019 e candidatou-se a um estágio no projeto de permacultura experimental da HortaFCUL.

Marissa Verhoeven, estudante de Biologia Aplicada na Holanda
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

O concurso de programação do Departamento de Informática recebeu 45 participantes, alunos do ensino secundário, na edição de 2017.

Hoje em dia quando se fala de imaginação (criatividade, inovação) queremos dizer, na maior parte dos casos, antecipação e surpresa. Um empresário, um investigador, um professor querem captar a atenção do outro, inventando e brincando com o possível ou o provável. Por isso, falamos frequentemente de criar imagens, ideias, ou mesmo histórias (veja-se o tópico criatividade computacional, e o grupo de Amílcar Cardoso da Universidade de Coimbra).

O Air4, um protótipo para medição de gases indicadores da qualidade do ar, associado a um modelo de análise de mapas e a uma aplicação mobile, ficou em 2.º lugar no 1.º Hackathon de Tra

No Dia da Criança Galopim de Carvalho lança “O Avô e os Netos Falam de Geologia”, editado pela Âncora Editora e apresentado durante a Feira do Livro de Lisboa.

Foi em setembro do ano passado que a HortaFCUL decidiu abraçar o projeto de ajudar a construir uma Horta Pedagógica na Escola Básica de Santo António em Alvalade, em parceria com Direção e Associação de Pais da Escola e apoiado pelo programa de estímulo à aprendizagem financiado pela Gulbenkian.

Miguel Centeno Brito, professor do DEGGE, foi um dos participantes das II Jornadas da Energia, que ocorreram em abril passado, tendo sido um dos convidados do programa da Rádio Renascença Insónia.

Este ano as Jornadas celebraram a efeméride dos 35 anos da criação da licenciatura em Química Tecnológica.

 É necessário estabelecer redes de monitorização mais robustas e de larga escala para avaliar o impacto das alterações climáticas e da poluição atmosférica na Bacia do Mediterrâneo, refere comunicado de imprensa do cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais.

A primeira abordagem a uma reconstituição tridimensional da circulação atmosférica de Vénus pode ser lida no artigo “Venus's winds and temperatures during the MESSENGER's flyby: An approximation to a three-dimensional instantaneous state of the atmosphere”, publicado na Geophysical Research Letters.

O ano passado “The Sphere of the Earth” integrou a exposição “Formas & Fórmulas”, patente no Museu Nacional de História Natural e da Ciência. De lá para cá e por sugestão de José Francisco Rodrigues, um dos comissários desta mostra, Daniel Ramos começou a atualizar o referido programa tornando-o ainda mais rico em termos de funcionalidades e design, com uma multitude de visualizações cartográficas e da geometria da esfera e pela primeira vez em Português. Assim surgiu Mappae Mundi.

As plantas estão por todo o lado, são-nos indispensáveis de diversas formas, mas a nossa consciência, individual e coletiva, da sua importância, é ainda muito limitada.

“Não só quero continuar a adquirir competências, como quero passar a mensagem de que a Comunicação de Ciência é essencial para que a ciência seja compreendida e bem sucedida. É nosso dever informarmos a sociedade dos progressos científicos que vão sendo alcançados”, declara Rúben Oliveira, aluno do mestrado em Biologia da Conservação, finalista do concurso FameLab Portugal.

“O que realmente me aqueceu o coração foi o facto de que, depois da apresentação, algumas pessoas dedicaram tempo a dirigirem-se a mim para discutir o tema em mais profundidade, explicar-me os seus pontos de vista e opiniões”, declara Helena Calhau, aluna do 2.º ano da licenciatura em Física.

Ao serviço de quem está a ciência e a tecnologia? Devemos ter medo das suas utilizações? Há mesmo o perigo de uma superinteligência fazer-nos mal? Em 2014 e 2015, um conjunto de personalidades pôs em causa o controlo (ou a sua falta) da disciplina da Inteligência Artificial (IA) e abriu o debate com os temas da superinteligência e do domínio dos humanos por máquinas mais inteligentes. Graças a Elan Musk, Bill Gates, Stephen Hawking, Nick Bostrom e Noam Chomsky podemos estar mais descansados com o alerta (na singularidade defende-se que a Inteligência Artificial ultrapassará a humana para criar uma IA geral ou forte), mas mesmo assim cuidado.

“Sempre achei as áreas da educação e comunicação bastante interessantes, sonho desde jovem em incorporar um pouco destas duas áreas na minha carreira científica”, declara Hugo Bettencourt, aluno do mestrado integrado em Engenharia Biomédica e Biofísica.

“O Malcolm Love é uma pessoa incrível e ensinou-nos muitas coisas, desde como agir numa entrevista, como contar uma história de forma fascinante, como controlar o nervosismo e principalmente como cativar o público quando falamos”, conta Andreia Maia, aluna do mestrado em Biologia Molecular e Genética, finalista do concurso FameLab Portugal.

A que cheira a sardinha? Cheira bem, cheira a Portugal. Na próxima quinta-feira, 18 de maio, junte-se a Miguel Santos e a Susana Garrido, dois investigadores do IPMA envolvidos no processo de avaliação do estado dos recursos da pesca em águas nacionais e internacionais para mais uma sessão de 60 Minutos de Ciência, desta vez no Edifício Caleidoscópio.

Cristina Branquinho e Paula Matos propõem utilização dos líquenes como um novo indicador ecológico global.

Mais de mil alunos do ensino secundário visitaram o campus de Ciências no dia 3 de maio.

Assunção Bispo

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de maio é com Assunção Bispo, assistente técnica do Departamento de História e Filosofia das Ciências.

Andreia Maia, Helena Calhau, Hugo Bettencourt e Rúben Oliveira são os alunos de Ciências que apresentam assuntos científicos de forma simples e descomplicada em três minutos, na edição 2017 do FameLab Portugal.

Pela 13ª vez, realizou-se em Ciências a fase de semifinal das Olimpíadas de Química Júnior. 67 alunos dos 8.º e 9.º anos conheceram a Faculdade, o Departamento de Química e Bioquímica e testaram conhecimentos de Química, em provas escritas e experimentais.

A 8.ª edição da feira anual de emprego de Ciências aconteceu em abril. Esclarecimento de dúvidas através do contacto pessoal com empresas, workshops, treino de entrevistas de emprego e análises de currículos foram algumas das atividades que marcaram os dois dias.

“Alargar horizontes, mudar atitudes” é o lema do “Girls in ICT @CienciasULisboa” que acontece este sábado, dia 6 de maio de 2017, em Ciências.

A pergunta “Pode uma máquina pensar?” abre a busca por agentes inteligentes capazes de interatuarem com os seres humanos através de linguagens (a proposta do jogo de imitação como teste de inteligência), e sobretudo de serem autónomos em ambientes sofisticados.

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