Registo fóssil nacional é crucial para o estudo da evolução das faunas marinhas desde o Miocénico (23 Ma) até à atualidade

Descobertas duas novas espécies de moluscos marinhos do Pliocénico de Portugal

Carlos Marques da Silva é um dos autores do artigo publicado no Journal of Paleontology

5 quitones

Exemplares atuais de quítones, de espécies próximas das do Pliocénico da região de Pombal, de dimensão entre três a cinco cm

Auckland Museum Collections from Auckland, Aotearoa New Zealand [Wikimedia Commons]

Exemplar da espécie Lepidochitona rochae: concha do animal em diferentes vistas
Fonte Dell’Angelo et al. (2022) [Journal of Paleontology]

Carlos Marques da Silva, professor do Departamento de Geologia da Ciências ULisboa e investigador do Instituto Dom Luiz (IDL); Bernard M. Landau, colaborador do Naturalis Biodiversity Center de Leiden, na Holanda e doutorado em Geologia, com especialidade em Estratigrafia e Paleontologia, pela Ciências ULisboa; e Bruno Dell'Angelo e Maurizio Sosso, investigadores associados à Societá Italiana di Malacologia, anunciam a descoberta de duas novas espécies de pequenos moluscos marinhos do Pliocénico (há cerca de 3,6 Ma) em Portugal no Journal of Paleontology.

O artigo “Biogeography of northeastern Atlantic Neogene chitons (Mollusca, Polyplacophora): New data from the Pliocene of Portugal” publicado na revista norte-americana, em março passado, apresenta Lepidochitona rochae e Ischnochiton loureiroi, assim nomeadas em honra de Rogério Bordalo da Rocha (1941-2018), paleontólogo, diplomado pela Ciências ULisboa, professor da Universidade Nova de Lisboa e antigo presidente da Sociedade Geológica de Portugal; e João de Loureiro (1717-1791), jesuíta, missionário, botânico e autor de um dos primeiros textos portugueses sobre fósseis.

Exemplar da espécie Ischnochiton loureiroi
Exemplar da espécie Ischnochiton loureiroi: concha do animal em diferentes vistas
Fonte Dell’Angelo et al. (2022) [Journal of Paleontology]

Até ao momento estas novas espécies apenas são atribuídas ao Pliocénico de Portugal.

Este trabalho também permite obter informações importantes sobre o clima da Terra no passado e antever possíveis alterações no futuro.

“Este estudo é particularmente importante. Contribui para entender que efeitos a tendência de aquecimento global poderá ter na fauna e geografia futuras, ao dar a conhecer um mundo no qual as temperaturas das águas marinhas costeiras eram mais elevadas e o nível médio do mar superior ao atual”, diz Carlos Marques da Silva.

O registo fóssil nacional é crucial para o estudo da evolução das faunas marinhas desde o Miocénico (23 Ma) até à atualidade. Portugal está estrategicamente posicionado entre o Mediterrâneo e as costas atlânticas do norte da Europa.

Para Carlos Marques da Silva é essencial conhecer a biodiversidade do passado, a partir das faunas dos mares miocénicos e pliocénicos - mais quentes que a atualidade -, para se entender como se chegou à atual distribuição de espécies. “Muitas das espécies de moluscos representadas no registo fóssil do Pliocénico de Portugal ocorrem hoje em dia apenas das costas da Mauritânia para sul, em mares subtropicais a tropicais”, conclui Carlos Marques da Silva.

Em 2003, Bruno dell´Angelo e Carlos Marques da Silva descobriram uma nova espécie fóssil de quítone pliocénico, a que deram o nome de Ischnochiton zbyi, em honra de Georges Zbyszewski (1909-1999), paleontólogo de ascendência russa radicado em Portugal desde a década de 1930, figura importante da Paleontologia nacional. O assunto foi destacado pelo Público.

Lepidochitona rochae e Ischnochiton loureiroi  - identificadas com base em fósseis de quítones pliocénicos com cerca de 3,6 Ma de idade -, possuem menos de um centímetro de comprimento e estão associadas a ambientes costeiros de águas subtropicais do Pliocénico, na zona de Portugal que corresponde atualmente às regiões de Pombal, Marinha Grande e Caldas da Rainha e que nessa época de aquecimento global se encontravam submersas, dado que o nível médio do mar era mais elevado do que na atualidade.

No vídeo pode ver-se um espécime de um quítone atual movendo-se sobre uma rocha.

Os quítones são pequenos moluscos marinhos da classe dos poliplacóforos que ocorrem sobretudo sobre rochas em ambientes de pequena profundidade, nomeadamente na zona entremarés. Alimentam-se de material orgânico animal e vegetal variado, existente à superfície de rochas e conchas submersas. São pacatos e de pequenas dimensões, com apenas alguns centímetros de comprimento, e por isso passam frequentemente despercebidos.

GJ Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
Henrique Cabral

Investigadores de seis universidades portuguesas criam novo centro de investigação em ciências marinhas: o Mare.

Candidaturas decorrem até 21 de março de 2014.

Após as audiências pública e privada dos candidatos a diretor, o Conselho de Escola elegeu com maioria absoluta, no dia 26 de fevereiro, a candidatura do professor do Departamento de Química e Bioquímica, frisando na ocasião “o empenho de ambos os candidatos no enriquecimento da discussão e definição dos problemas e desafios que a FCUL enfrenta”.

Jornadas e-Planning

“O objetivo das jornadas é refletir e debater as grandes prioridades e desafios societais que enfrentamos”, diz Pedro Ferraz de Abreu, dinamizador da iniciativa.

Filipe Duarte Santos aceitou coordenar a equipa que vai avaliar a estratégia de gestão da zona costeira nacional, “porque é um serviço para o meu país numa área em que tenho algum conhecimento e experiência”, na sequência do convite feito pelo ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva.

Ciências em Movimento - Laboratório Biologia Animal

“Não conhecia a Faculdade e estou a gostar. Nunca tinha aberto um peixe! Acho que é importante fazer parte deste tipo de iniciativas para que quem queira seguir [a área das ciências], tenha contacto com a realidade antes de fazer a sua escolha”, declarou Alexandra Monteiro, aluna do 12.º ano de Biologia da Escola Secundária Dona Filipa de Lencastre.

O Departamento de Estatística e Investigação Operacional apresenta uma oferta de emprego.

O artigo científico com o título "Chord-based Correction for Multitouch Braille Input" recebeu o prémio de Melhor Artigo Científico na Conferência CHI 2014.

O Prof. Nuno Neves é o novo prof. Associado com Agregação do Departamento de Informática da FCUL.

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Quem cultiva a terra sabe que os pepinos devem ser podados, para que possam crescer sem rama e com um gosto agradável. Quem trabalha com as comunidades do pré-escolar e dos ensinos básico e secundário deve ter cuidados semelhantes aos dos agricultores. Despertar o gosto pelas ciências, seja em que contexto for, é sempre uma boa prática.

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No dia em que a VicenTuna festeja os seus 20 anos, a Universidade de Lisboa realiza a sessão de abertura do ano académico 2013/2014.
 

Mediterranean water eddies in the Atlantic (Meddies) are long-living intermediate water eddies spreading long distances across the Atlantic ocean at the depths of about 1000m.

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A Nielsen é líder em Estudos de Mercado a nível mundial e Portugal.

To the attention of reviewing panels: On the recent policy of FCT of using ORCIDSCOPUS to assess individual and research units’ bibliographic productivity and impact.

 

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Para os que tiveram o privilégio de lidar com ele, o Catarino, na gíria dos alunos, ou o Mangas, para os amigos mais chegados, é uma mistura alegre e contagiante de sabedoria, humanidade e simpatia.

Os alunos Afonso M Cardoso, Noa Estes, João Jorge e António Relógio criaram sob a orientação do professor João Serra um protótipo de um sistema de seguimento solar passivo, com o objetivo de aumentar a exposição solar de painéis solares.

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Segundo o orientador da Accenture o aluno da FCUL contribuiu decisivamente para a abertura de um nicho de mercado, permitindo a exportação de tecnologia para um cliente estadual norte-americano, materializada num contrato de mais de 40 milhões de dólares.

A AdvanceCare pretende recrutar um Analista de Informação de Gestão.

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O processo de audição pública aos candidatos ao cargo de diretor da FCUL deverá terminar a 24 de fevereiro. Dois dias depois, o Conselho de Escola deverá eleger o diretor para os próximos quatro anos.

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“Tanto a coordenadora Erasmus, como o Gabinete de Mobilidade, Estágios e Inserção Profissional e todos os alunos que já realizaram Erasmus são uma excelente fonte de informação e estão dispostos a esclarecer todas as dúvidas que tenham”, declara a aluna da FCUL, Joana Casimiro.


Paula Estrócio e Sousa

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