Interessante. Estimulante. Gratificante. Maria João Collares Pereira adjetivou desta forma o Curso Livre de Ciências “Entender o Mundo no Século XXI”, cuja sessão de encerramento aconteceu a 7 de março.
“Os alunos são de facto extraordinários”, comentou a professora aposentada do Departamento de Biologia Animal e uma das coordenadoras deste programa de estudos. “Com eles também aprendemos”, conta.
Arquitetos, filósofos, advogados, Maria João Collares Pereira refere que os formandos eram sobretudo das humanidades, por isso “para ensinar coisas complicadas a pessoas com esta formação é preciso saber divulgar ciência”.
Pela primeira vez, a Faculdade de Ciências organizou um curso com estas características e com uma singularidade – nas aulas havia quase sempre mais do que um professor, um facto que permitia uma maior partilha e simplificação de conteúdos. “Quando o colega começava a complicar, nos interrompíamos e pedíamos uma descodificação dos termos. Isto é interessante e nada comum”, revela.
Carlos Ricardo, de 80 anos, doutorado em Ciências da Comunicação, e um dos 40 formandos do curso “Entender o Mundo no Século XXI”, conta que “gostou muito das intervenções dos professores, da coerência global entre as várias disciplinas ministradas e da interação com os colegas”.
Não é a primeira vez que José Oliveira, de 73 anos, cuja formação base é em Marketing, frequenta cursos seniores e não será a última. “É para continuar”, comenta acrescentando que gostou de uma forma geral de tudo e em particular das aulas dedicadas à Genética e à Física Nuclear. “Conseguiram transmitir de uma forma simples, coisas muito complicadas”, diz elogiando a comunicação “espetacular” dos professores.
Para Maria Eduarda Magalhães, de 66 anos, este é “um trabalho absolutamente excelente”. A bióloga, aposentada há três anos, diz que este tipo de iniciativa “consegue envolver pessoas que já saíram da vida ativa” possibilitando a aquisição de novas competências.