Mas afinal o que são flores? As flores são o culminar de um longo processo evolutivo, que começou há cerca de 140 milhões de anos, com o aparecimento das plantas com flor (angiospérmicas), uma estratégia para melhor se reproduzirem e adaptarem à extrema variação das condições ambientais.
As flores não são mais de que ramos com folhas modificadas, dispostas ao longo de um eixo. O cálice, o mais externo e mais protetor é composto pelas sépalas; segue-se a corola, formada pelas pétalas, geralmente coloridas e de formas diversas. O ramo seguinte é composto pelos estames, constituídos por filamentos finos, os filetes, encimados pelas anteras, estruturas que encerram os grãos de pólen. Finalmente, no centro, encontra-se o gineceu, cada um deles constituído pelo ovário, que contém os óvulos, o estilete, um tubo oco, e o estigma, onde é depositado o pólen. Quando maduro o pólen desenvolve o tubo polínico que cresce ao longo do estilete até ao óvulo permitindo a fecundação.
Embora o vento possa fazer circular o pólen livremente entre os diferentes ramos ou plantas até o levar ao local certo, “o serviço postal” que usa é pouco eficiente. São necessários muitos grãos de pólen para que um chegue ao seu destino. É um dispêndio de energia e recursos.
Outras plantas foram mais “inteligentes”. Aprenderam a “vestir-se” e “arranjar-se” para os animais: inventaram formas para poder funcionar como pistas de aterragem, produziram odores que mimetizam feromonas sexuais dos insetos e atrativos energéticos que oferecem no néctar.
Atrás das flores vêm os insetos, as aves e os sons maravilhosos duma primavera rejuvenescida.
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