"A Ciência chegou aos Pátios"

Astronomia, Botânica, Geologia, Matemática, Zoologia. Estas são as áreas cujos ensinamentos viajam da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa diretamente para o pátio da escola EB1/JI de Santo António, pertencente ao agrupamento de escolas Rainha D. Leonor, em Lisboa.

Sendo um dos vencedores do concurso Ciência Viva – “Pais com a Ciência”, o projeto “A Ciência chegou aos Pátios” pretende “aumentar o entusiasmo das crianças pela ciência e colmatar as dificuldades financeiras e logísticas que, cada vez mais, limitam a saída das crianças do seu espaço escolar”. A coordenação está a cargo da associação de pais e encarregados de educação dos alunos da escola em questão – Apej.

“A nível profissional, esta experiência certamente trará uma nova forma de encarar os aspetos mais básicos do processo científico, muitas vezes obscurecidos pela velocidade louca da investigação mais especializada. Por outro lado, despertará também a importância de desenvolver investigação em cooperação com e para público escolar mais novo. A nível pessoal, este projeto representa a concretização de um papel que, acredito, cabe aos docentes e investigadores do ensino superior. O número de alunos que opta por cursos nas áreas científicas tem estado a diminuir, e isso representa um forte prejuízo para o país e para a sua capacidade de desenvolvimento, cabendo aos agentes do ensino superior um papel de responsabilidade social no combate a essa iliteracia científica.” 
João Telhada, investigador do Centro de Investigação Operacional da FCUL

A “pôr em prática” os objetivos definidos, estão professores, alunos e investigadores do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa (CAAUL), do Centro de Investigação Operacional (CIO), do Centro de Biologia Ambiental (CBA) e do Centro de Estruturas Lineares e Combinatórias (CELC), da FCUL. Por parte da Faculdade, estão envolvidos quatro investigadores e um aluno de mestrado.
 

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Os ensinamentos da FCUL viajam diretamente para o pátio da escola EB1/JI de Santo António, pertencente ao agrupamento de escolas Rainha D. Leonor, em Lisboa
Fonte Imagem cedida por José Afonso

Para os cientistas da FCUL envolvidos no projeto - José Afonso, João Telhada, César Garcia e Maria Manuel Torres -, levar as ciências desde cedo aos jovens é uma forma de despertar a curiosidade e o interesse pela área, o que pode ter influência na tomada de decisões futuras: “Todas as oportunidades devem estar acessíveis a todas as crianças. Enquanto investigadores, apenas podemos mostrar-lhes o fascínio da ciência e provar-lhes que esta não é uma atividade ‘para outros’, que eles próprios podem sonhar com uma carreira na investigação ou noutras carreiras indispensáveis ao desenvolvimento do país”.

“O prazer de assistir ao iluminar das mentes infantis quando são colocadas perante um problema e se apercebem que eles próprios lhe podem dar uma solução. Profissionalmente, este é uma das responsabilidades do investigador, a de levar a ciência a todos e divulgar o estado do conhecimento humano.”
José Afonso, investigador do Centro de Astronomia e Astrofísica da FCUL

Entre as atividades desenvolvidas e as temáticas abordadas identificam-se, “o período de rotação do Sol, as fases da Lua, observar a matemática que rodeia o quotidiano e estudar, com base no que os alunos encontram no pátio da escola, algumas espécies vegetais que nascem espontaneamente em Portugal e algumas que foram introduzidas”.

O tema é proposto pelo investigador/docente mas são as crianças que partem à descoberta de informação, formulam as questões e “desbravam caminho”, através da investigação, para chegar às respostas.

“Apesar da experiência com outro projeto: “Um Bosque Perto de Si” onde participaram mais de 4000 alunos e foram visitadas diversas escolas do primeiro ao terceiro ciclo, acompanhar uma escola com uma maior proximidade, visitá-la muitas vezes vai ser muito enriquecedor. Todos estes projetos são fundamentais para motivar, despertar a curiosidade e o interesse pela ciência que pode ser explicada de uma forma divertida e é isso que se pretende.” 
César Garcia, do Centro de Biologia Ambiental da FCUL

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Ao longo do processo, professores e investigadores participam em ações de formação relativas à “aprendizagem ativa no ensino das ciências”, por forma a melhorar os mecanismos de envolvimento dos alunos no projeto
Fonte Imagem cedida por José Afonso

Conceição Henriques, diretora da escola, considera que o projeto “completa o dever da escola porque promove o conhecimento rigoroso [e] científico dos factos naturais, da envolvência e da experiência quotidiana” e, desta forma, “está destinado ao sucesso, engrandece a escola e potencia a sabedoria entre os principais sujeitos de educação: alunos e professores. Uns e outros manifestam o seu contentamento e entusiasmo. É um projeto inovador, enriquecedor e motivador. (…) Não sendo um conhecimento teórico, dificilmente será esquecido”.

Ao longo do processo, professores e investigadores participam em ações de formação relativas à “aprendizagem ativa no ensino das ciências”, por forma a melhorar os mecanismos de envolvimento dos alunos no projeto.

“A ação de formação que já ocorreu focou aspetos funcionais do método de aprendizagem ativa do inglês IBSE – inquiry-based science education - , incluindo métodos de avaliação de atividades associadas a esse método. Relativamente ao projeto, para além do trabalho de preparação dos investigadores e docentes da FCUL em sintonia com o corpo docente da escola, prevê-se a realização de uma palestra por cada um dos investigadores/docentes, de modo a estimular o interesse das crianças pela ciência, e a visita dos alunos ao local de trabalho dos investigadores”, acrescentam os cientistas.

A ação culminará com o desenvolvimento de um artigo online, escrito pelos alunos, com as suas descobertas. A apresentação será feita a colegas, professores, família e ao público num congresso aberto a toda a comunidade escolar , no final do ano letivo.

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A ação culminará com o desenvolvimento de um artigo online, escrito pelos alunos, com as suas descobertas
Fonte Imagem cedida por José Afonso, editada por GCIC-FCUL

 “A nível pessoal, é sempre com enorme satisfação que contacto com crianças do 1.º ciclo, devido à grande curiosidade e motivação para aprender que caracteriza estas faixas etárias. A nível profissional, este tipo de projetos tem uma componente prática e de contacto humano muito importante, que nos permite tomar consciência do modo de pensar e raciocinar das crianças mais novas. Por outro lado, mostrar aos alunos do primeiro ciclo como é que trabalham os cientistas, levá-los a ter consciência do que é o processo criativo em ciência, em particular na matemática, parece-me fundamental para desenvolver uma mentalidade que aproxima os cidadãos dos cientistas (pensando também nas repercussões positivas que estes projetos têm a nível das famílias das crianças).”
Maria Manuel Torres, do Centro de Estruturas Lineares e Combinatórias da FCUL

Raquel Salgueira Póvoas, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura da FCUL
info.ciencias@fc.ul.pt
Maqueta do Campus Sustentável da UL

As expetativas da equipa da Universidade Verde só podiam ser elevadas: as verbas alcançadas no âmbito desta iniciativa serão usadas para implementar medidas de eficiência energética, já identificadas nas auditorias realizadas.

Trial para todos os membros da b-on

 

“No stand da FCUL descobrimos áreas que não sabíamos sequer que existiam e que agora vamos querer pesquisar, já valeu a pena ter vindo. Vamos ter mais informação e hipóteses para ponderar!”, declarou um grupo de alunos da Escola Salesiana de Manique a visitar a banca da FCUL na Futurália.

Rosto de Fernando Ramos

“A maioria das instituições de ensino superior em Portugal têm qualidade superior às do Brasil, contrariando de forma que não deixa dúvidas a 'recomendação' do Governo brasileiro”, escreve Fernando Ramos num artigo publicado no jornal "Público" no passado dia 26 de março.

O artigo intitulado "PAMPA in the wild: a real-life evaluation of a lightweight ad-hoc broadcasting family" da autoria de Christopher Winstanley, Ra

O Departamento de Informática marcou presença na última edição da Futurália. A Futurália, a Feira de Ofertas Educativas e Formativas para estudantes, realizou-se de 13 a 16 de Março, na Feira Internacional de Lisboa (FIL)

“Luís Mendes Victor dedicou uma carreira de mais de 40 anos à investigação nas diversas áreas da Geofísica. Professor Catedrático da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa desde 1991, ensinou Geofísica, Sismologia, Prospeção Geofísica, Hidrologia e Física dos Recursos Naturais”, refere o colega e amigo, Jorge Miguel Miranda.
 

Atualmente, a nova rubrica disponibiliza entrevistas realizadas a participantes e colaboradores da última edição do Dia Aberto e a dois investigadores que trabalham na área da surdez genética.

Rosto de Teresa Alpuim

Pode-se dizer, sem risco de exagero, que a Estatística é a mais social das ciências exatas.

Programa M23

Atualmente 47 alunos estudam na FCUL através do programa Maiores de 23 anos. A FCUL conversou com uma dessas alunas, Ana Jardim, de 35 anos, aluna do 2.º ano de Engenharia Informática.

FCUL esclareceu possíveis candidatos ao programa M23 no Open Day pelo Núcleo de Formação ao Longo da Vida

“Tenho interesse em prosseguir os estudos académicos por vários motivos, entre eles o pessoal, sei que posso dar muito mais não só para mim como também para a sociedade e também porque poderei melhorar a minha condição de trabalho”, afirma Elísio Gomes, de 31 anos e visitante do Dia Aberto a Maiores de 23 da UL.

Antenas do ALMA

O primeiro de uma série de vodcasts de divulgação científica do CAAUL dedicados aos maiores tópicos da atualidade em Astronomia apresenta o ALMA.

Rosto de Luísa Maria Abrantes

“A professora Luísa Maria Abrantes será sempre recordada pela sua enorme dedicação e empenho durante os 40 anos de serviço a esta casa”, refere o seu colega e amigo Jorge P. Correia.

A FCUL volta a marcar presença na Futurália, na FIL, no Parque das Nações, juntamente com outras unidades orgânicas da UL, entre 13 e 16 de março.

“Foi o professor Henrique Leitão que me alertou para o facto de a questão do real impacto de Pedro Nunes na náutica do seu tempo estar por resolver.

“Foi o professor Henrique Leitão que me alertou para o facto de a questão do real impacto de Pedro Nunes na náutica do seu tempo estar por resolver. A tese e o prémio foram passos saborosos de um caminho longo mas que tem todo o potencial de ser gratificante e divertido”, reforça Bruno Almeida, vencedor do Prémio Cultura 2012 atribuído pela Sociedade de Geografia de Lisboa.

A reportagem multimédia sobre o Dia Aberto em Ciências inclui testemunhos de candidatos ao ensino superior, alunos e professores da FCUL, colaboradores desta iniciativa.

Prémio SAHFC 2012 - Marta Macedo

Prémio SAHFC

  A Comissão Executiva da Secção Autónoma de História e Filosofia das Ciências (SAHFC) atribui a anualmente o Prémio SAHFC.

O Grupo de Surdez do BioFIG-FCUL, coordenado por Graça Fialho, já analisou cerca de 400 famílias portuguesas afetadas com surdez hereditária. A primeira tese de doutoramento realizada em Portugal na área da genética da surdez foi defendida em 2012, na UL, por Tiago Matos.

Anfiteatro da FCUL

Cerca de 100 alunos de 15 escolas secundárias da zona de Lisboa participaram na 9.ª edição da ação de divulgação da Física de Partículas.

“Portugal é o principal destino dos estudantes brasileiros de graduação bolsistas do Programa Ciência sem Fronteiras.

“Acho que este tipo de ações é bastante útil porque, nesta altura, precisamos de todas as informações possíveis para podermos fazer uma escolha certa”, declara Maria Buzaglo, aluna do 12.º ano, a frequentar o curso de Ciências e Tecnologias na Escola Secundária de Pedro Nunes.

Alunos no átrio do C3

O Gabinete de Mobilidade, Estágios e Inserção Profissional organizou uma sessão de acolhimento aos cerca de 30 novos alunos de mobilidade para o 2.º semestre.

Em 2000, a UL atribuiu o título de doutor honoris causa a Laurens de Haan. Em 2013, outro gigante dos Extremos, Ross Leadbetter, honrará a UL ao aceitar a mesma distinção. Quando a universidade honra investigadores desta importância está também a honrar-se.

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