Opinião

Novos métodos para a monitorização da realidade epidemiológica

Pormenor de ampliação e bactérias mesófilas em processo de infeção por microscopia eletrónica de varrimento

Telmo Correia e Ricardo Dias 2014

Cátia Pesquita e Ricardo Dias
Fonte ACI Ciências

Recentemente todos os 193 países-membros da ONU assinaram uma declaração conjunta para combater a proliferação da resistência aos antibióticos. Estima-se que mais de 700.000 pessoas morrem em cada ano devido a infeções resistentes a estes medicamentos. Estes números poderão estar subestimados pela não existência de um sistema global de monitorização.

Na década de 1940, a ampla disponibilidade de penicilina e a posterior descoberta da estreptomicina levou a uma redução drástica da doença e morte por doenças infeciosas. No entanto, os microrganismos causadores de doenças infeciosas têm uma notável capacidade de mutar e adquirir genes de resistência de outros organismos e, assim, desenvolver resistência aos antimicrobianos. Quando um antimicrobiano é usado, a pressão seletiva exercida pelo antimicrobiano favorece o crescimento de organismos que são resistentes à sua ação. O uso extensivo de drogas antimicrobianas das últimas décadas resultou no fenómeno de resistência a fármacos que ameaça inverter os avanços médicos do último meio século.

Nos últimos anos, o custo em saúde pública e económico causado pelo fenómeno da resistência aos antimicrobianos e falha terapêutica têm aumentado dramaticamente a nível mundial, principalmente nos países desenvolvidos e em desenvolvimento dificultando a gestão e controlo de infeção. As bactérias multirresistentes aos antimicrobianos, comummente chamados de Super-Bugs, são responsáveis pela morte de mais de 25.000 pacientes anualmente na União Europeia (UE) e por um custo anual de 1.5 mil milhões de euros no tratamento e prevenção de fatalidades causadas por estas estirpes resistentes.

Devido à emergência e magnitude do impacto desta problemática, no início de 2014, a comunidade científica internacional da área da especialidade e as principais entidades políticas da UE e dos EUA fizeram apelos internacionais aos parceiros científicos, industriais e políticos para a criação de uma solução global para a resistência aos antibióticos, atestando a elevada preocupação governamental sobre a problemática.

A resistência aos antimicrobianos é um fenómeno inevitável, pelo que a vigilância, prevenção e controlo são fulcrais, mesmo que futuramente se desenvolvam novos antibióticos, pois será apenas uma questão de tempo até que a resistência a estes seja desenvolvida.

As infeções respiratórias e nosocomiais são as principais causas do consumo de antimicrobianos em ambiente comunitário e hospitalar, respetivamente. As infeções adquiridas em ambiente hospitalar representam um risco considerável, uma vez que se associam ao aumento da morbilidade, incapacidade, mortalidade, e ao prolongamento das estadias no hospital. A situação é particularmente preocupante em Portugal, onde a taxa de prevalência de infeções nosocomiais é das mais elevadas da Europa. Tanto no caso das infeções respiratórias (origem comunitária) como das hospitalares a maioria da prescrição terapêutica é efetuada em ambiente hospitalar (serviços de urgência, internamento hospitalar). A identificação do agente microbiano envolvido num processo infecioso e o seu perfil de resistência a antibióticos é uma tarefa complexa e demorada, pelo que a prescrição terapêutica é muitas vezes realizada empiricamente, no sentido de fornecer ao paciente um cuidado atempado.

Torna-se assim imperativo o desenvolvimento e implementação de medidas de identificação, monitorização e apoio ao controlo de infeção, como também de apoio à decisão médica no âmbito de antibioterapia empírica hospitalar.

O consórcio RESISTIR tem como objetivo a produção de conhecimento aplicado a partir da fusão do big data dos sistemas de informação hospitalares em conjunto com a web big data, o que permitirá o desenvolvimento de novos métodos para a monitorização da realidade epidemiológica em tempo quase real, como o desenvolvimento de ferramentas de apoio à decisão médica e gestão de hospitalar.

Ricardo Dias, investigador do BioISI - Instituto de Biossistemas e Ciências Integrativas e Cátia Pesquita, professora do Departamento de Informática de Ciências ULisboa
RESISTIR
Sala de aula com alunos sentados e tomando notas

"Os estudantes da FCUL, incluindo os estudantes de licenciatura, dispõem do background e conhecimentos certos para participar nestes módulos", esclarece Nathalie Gontier, coordenadora do laboratório AppEEL e das respetivas Escolas de Inverno e de Verão.

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As inscrições para o programa Erasmus terminam a 10 de fevereiro. Se tens interesse neste programa de mobilidade conhece a história de Vera Carvalho, aluna Erasmus na Dinamarca.

Pormenor de obra de arte

Para os fundadores do AppEEL, este laboratório pode ser considerado o primeiro centro no mundo a reunir investigadores que estudam a evolução sociocultural a partir das teorias que formam parte da Síntese Expandida.

 

O Departamento de Matemática recebeu ontem, dia  4 de Fevereiro, cerca de 70 alunos (9º ano) do  Agrupamento de Escolas D. Miguel de Almeida - Abrantes.

Entre os empregos mais bem pagos contam-se os que estão ligados às engenharias.

Capa

Esta coleção de Livros Brancos foi organizada pela META-NET, uma rede de excelência parcialmente financiada pela Comissão Europeia, que levou a cabo uma análise dos recursos e tecnologias da linguagem atualmente disponíveis. A análise abordou as 23 línguas oficiais europeias assim como outras línguas importantes na Europa a nível nacional e regional. 

O Prémio João Branco é uma iniciativa conjunta da Universidade de Aveiro e da família do designer Jo

Dia 4 Fevereiro 2013 – 14:00h às 19:30h (Sala 2.2.15)

Primeiro plenário do IPBES

Grupo liderado por Henrique Miguel Pereira, investigador do Centro de Biologia Ambiental da FCUL, submete à apreciação da comunidade científica o desenvolvimento de um sistema de monitorização da biodiversidade baseado num conjunto de variáveis essenciais.

Rosto de Maria Antónia Amaral Turkman

“Ao longo dos últimos dois séculos a Estatística foi indispensável em confirmar muitas das maiores descobertas científicas e inovações da humanidade, tais como a partícula bosão de Higgs e a Revolução Verde na agricultura”, declaram Daniel Paulino, presidente da Sociedade Portuguesa de Estatística e Maria Antónia Amaral Turkman, coordenadora do CEAUL.

Dois artigos -- contando com docentes e investigadores do GeoFCUL no seu elenco de autores -- assinalados no “TOP 25 Hottest Papers” de Abril-Junho de 2011 da revista Journal of South American Earth Studies (Sciencedirect / Elsevier).

Henrique Leitão foi eleito membro efetivo da Académie International d'Histoire des Sciences, pela relevância da sua carreira e produção intelectual. Para o historiador das ciências foi uma “honra enorme” receber a distinção, “a maior ambição de qualquer estudioso ou cientista”.

Proposal for a REGULATION OF THE EUROPEAN PARLIAMENT AND OF THE COUNCIL.

Laying down the rules for the participation and dissemination in 'Horizon 2020 – the Framework Programme for Research and Innovation (2014-2020).

EUA represents over 850 universities and university associations across 47 European countries. Its highly diverse membership covers the full spectrum of universities participating in European research programmes.

Vai realizar-se de 18 a 20 de Março de 2013, em honra do Professor Ross Leadbetter, o "Symposium on Recent Advances in Extreme Value Theory ".

Face de Maria Amélia Martins-Loução

O Flora-On sistematiza informação fotográfica, geográfica, morfológica e ecológica de todas as espécies de plantas vasculares autóctones ou naturalizadas listadas para a flora de Portugal. Atualmente, através deste portal acede a 164 famílias, 836 géneros e 2991 espécies.

Cortejo académico na Aula Magna

A cerimónia de abertura do ano letivo de 2012/2013 marca uma nova etapa do ensino superior público.
Exegi monumentum aere perennius - Ergui um monumento mais duradouro que o bronze.
Da nova Universidade de Lisboa vê-se o mundo...

Crianças dos 5 aos 9 anos descobrem as Ciências na FCUL

A FCUL abriu as portas do conhecimento aos alunos do Colégio Infantes de Portugal, de Palmela. Durante uma manhã, os laboratórios de Biologia e de Química e Bioquímica foram explorados por cerca de 20 crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 9 anos.

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