A comunicação "A new global indicator to track the effects of climate change on forests" foi apresentada durante o Fórum
Cristina Branquinho e Paula Matos, investigadoras do cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais sediado no campus de Ciências, propõem utilização dos líquenes como um novo indicador ecológico global, durante uma das sessões paralelas do 12.º Fórum das Nações Unidas sobre Florestas, decorrido em Nova Iorque entre 1 e 5 de maio.
A comunicação apresentada, intitulada "A new global indicator to track the effects of climate change on forests" representa o culminar de um trabalho que envolveu investigadores de Ciências, da Universidade Rey Juan Carlos (Espanha), da Universidade de Génova (Itália) e do Serviço de Florestas do Departamento de Agricultura dos EUA, entre outros. Por serem bastante sensíveis à poluição e a alterações de temperatura e humidade, os líquenes têm sido utilizados com sucesso como indicadores ecológicos, pois permitem aos cientistas compreender o impacto nos ecossistemas de problemas como as alterações climáticas ou a poluição.
Neste trabalho, os investigadores demonstram pela primeira vez que é possível integrar à escala global os resultados obtidos através dos dois métodos mais utilizados no mundo para avaliar a "saúde" dos ecossistemas a partir dos líquenes que neles se encontram, propondo assim que os líquenes sejam considerados um indicador ecológico global e possa ser incluído na lista de indicadores das Nações Unidas.