Dia Mundial do Ambiente

Primeira edição da Semana da Sustentabilidade realizou-se no início deste ano

No âmbito do evento foi apresentado o Relatório de Sustentabilidade e nasceu uma horta solar

3 alunos numa mesa, na semana da sustentabilidade

A Semana da Sustentabilidade foi organizada por estudantes da Faculdade

Núcleo Eco-Social

Neste Dia Mundial do Ambiente recordamos a Semana da Sustentabilidade, uma semana inteira dedicada à sustentabilidade que decorreu de 19 a 25 de março - um conjunto de eventos organizado por núcleos de estudantes da Faculdade, com o apoio da Associação de Estudantes e do Laboratório Vivo para a Sustentabilidade.

Sete dias, sete temáticas: educação ambiental e ativismo; resíduos; florestas e ordenamento do território; recursos hídricos; clima; política, economia e sociedade; energia e mobilidade. Entre palestras, mesas-redondas, workshops e um documentário, foram cerca de 30 as atividades dinamizadas pelos alunos durante esta semana.

O evento, organizado pelos núcleos de estudantes Eco-Social, Núcleo de Estudantes de Biologia (NEBFCUL) e Núcleo Estudantes de Geologia, contou igualmente com o apoio de outros estudantes da Faculdade, na conceção de ideias e mobilização de estudantes para a participação.

Mafalda Antunes, presidente do Núcleo Eco-Social, conta que a ideia foi surgindo aos poucos, mas depressa se pôs de pé, graças à conjugação de esforços entre os núcleos de estudantes. O propósito foi, por um lado, mostrar que “aqui” [na Faculdade] se faz boa investigação, e, por outro, ter uma abordagem multidisciplinar, envolvendo diferentes áreas científicas relacionadas com a sustentabilidade e permitindo que todos os cursos da Faculdade se possam relacionar com as atividades desta semana, explica.

A estudante diz que a organização ficou “muito feliz por ver pessoas de outros cursos [para além de Biologia e Geologia] a aderir às iniciativas”, tendo as sessões contado com grande envolvimento e feedback muito positivo por parte dos estudantes.

plantação da horta
Na Horta Solar foram plantados três talhões com sistemas de irrigação diferentes – sequeiro, rega por temporizador e irrigação inteligente, com base na humidade do solo e previsões de precipitação. Dentro de cada fileira, existem zonas distintas com condições de sombreamento ligeiramente diferentes, de forma a permitir o estudo do seu impacto no crescimento das plantas.
Fonte DCI Ciências ULisboa

Para Carlos Gonçalves, presidente do NEBFCUL, a “experiência foi muito enriquecedora a nível pessoal e também ao nível das competências de organização”. Na sua perspetiva, a ideia tem potencial para crescer e se tornar ainda mais abrangente, envolvendo mais a comunidade académica e integrando o calendário anual das atividades da Faculdade, como complemento às unidades curriculares dos vários cursos.

O dia 21 de março, Dia Internacional das Florestas, foi dedicado a atividades do Laboratório Vivo para a Sustentabilidade, que incluíram a apresentação do Relatório de Sustentabilidade da Faculdade, por Filipa Pegarinhos, coordenadora do Gabinete de Segurança, Saúde e Sustentabilidade (G3S); a apresentação da palestra "HortaFCUL, contributos da permacultura para a regeneração do campus", por David Avelar; e a plantação de uma horta solar, no laboratório exterior de energia solar do campus da Faculdade.

 

Plantação de uma Horta Solar

A plantação da Horta Solar brotou não apenas de um, mais de um conjunto de vários projetos de investigação que estão a ser desenvolvidos nos Departamentos de Biologia e Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia (DEGGE), relacionados com as áreas dos solos, irrigação, biologia animal e energia solar.

Com mais de 10 anos de existência, o projeto do campus solar, surgiu com o intuito de experimentar soluções inovadoras de energia solar. Este projeto surge nesta sequência, com o objetivo de estudar as sinergias possíveis entre a produção agrícola e fotovoltaica, realizadas num mesmo espaço físico.

A configuração da horta foi idealizada de forma a explorar o efeito do sombreamento dos painéis solares na produtividade e nas necessidades de irrigação das culturas plantadas na zona subjacente. O estudo destas sinergias é um dos principais focos da investigação, tendo-se já registado diversas vantagens:

  • para as plantas: contrariamente ao que se poderia pensar, as plantas poderão vir a beneficiar do sombreamento dos painéis, especialmente no verão, uma vez que este reduzirá o stress térmico e as necessidades de rega;
  • para os painéis: na presença das plantas, menos poeiras são depositadas nos painéis, permitindo um melhor funcionamento; os painéis tornam-se mais eficientes quando a temperatura é mais baixa, situação favorecida pela evapotranspiração das plantas; embora constituíam um sistema mais caro, os painéis bifaciais (o caso destes), produzem mais pois estão mais afastados do chão e recebem mais radiação solar.

A coordenação do projeto da Horta Solar está a cargo de Miguel Centeno Brito, Ivo Costa e Guilherme Gaspar, investigadores do Instituto Dom Luiz; David Avelar e Florian Ulm, investigadores do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais; João Manita e Jobim Convié, estudantes de mestrado na Ciências ULisboa; António Vedes, gestor de projeto na empresa IMAGE4ALL.

 

Relatório de Sustentabilidade da Faculdade

A apresentação do Relatório de Sustentabilidade teve como objetivo dar a conhecer a atividade da Faculdade entre 2019 e 2021, no que diz respeito às questões da sustentabilidade no campus.

Foi primeiramente apresentado o panorama da instituição e da sua comunidade, com destaque para os seus mais de 5600 alunos, 700 funcionários, 11 edifícios, 80.683 m2 de área coberta, 15 000 m2 de espaços verdes, 1788 painéis solares, 525.000 kWh produzidos/por ano, 204 estruturas de reciclagem, 1 central de compostagem e outra de vermicompostagem.

No âmbito da comunidade Ciências ULisboa, Filipa Pegarinhos sublinhou a importância da interação entre os agentes internos e parceiros externos, ambos peças essenciais na “engrenagem” da Faculdade. No capítulo “Ciências Sustentável”, enfatizou quatro pontos estratégicos nos quais Ciências ULisboa tem vindo a implementar:

relatorio de sustentabilidade
O relatório foi fundamental não só para mostrar o que tem sido feito e de que forma Ciências ULisboa tem crescido nestes últimos anos, como também foi essencial para compreender o potencial de melhoria e quais os objetivos que se pretende alcançar, ao longo de um percurso em permanente construção.
Fonte G3S

  • ensino - no que toca à formação científica e tecnológica base; inclusão de unidades curriculares na área da sustentabilidade em todos os ciclos de estudo; reforço das competências dos docentes;
  • investigação - contribuição de teses de mestrado, doutoramento e projetos para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), destacando-se as menções aos ODS’s 3 – Saúde de Qualidade e 15 – Proteger a Vida Terrestre, e reconhecendo-se como pouco mencionados os ODS 1 – Erradicar a Pobreza, 5 – Igualdade de Género, 8 – Trabalho Digno e Crescimento Económico, 10 – Reduzir as Desigualdades e 16 – Paz e Justiça;
  • indicadores de desempenho - melhorias para diminuir o impacto ambiental das atividades em Ciências ULisboa  nas áreas da energia, água e serviços, tais como: colocação de lâmpadas LED, substituição de caixilharia e estores exteriores, substituição de condutas de água subterrâneas, colocação de torneiras com sensor, redução do caudal, racionalização da rega, redução do consumo de papel, coffee breaks mais sustentáveis, gestão adequada dos resíduos, promoção da biodiversidade, controlo das emissões de gases com efeito de estufa, entre outras;
  • Laboratório Vivo para a Sustentabilidade – projeto em curso desde 2015 com o intuito de promover boas práticas de sustentabilidade na comunidade, e que inclui serviços de ecossistemas, manutenção de espaços verdes no campus, um concurso de ideias, e diversos projetos que trabalham em todas as dimensões da sustentabilidade.
Marta Tavares, Gabinete de Jornalismo Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
Susana Custódio com alunos

Portugal obteve uma medalha de prata e três medalhas de bronze na 16.ª edição da International Earth Science Olympiad (IESO 2023), que assinala a 8.ª participação portuguesa. A SGP e a CNOG agradecem à Faculdade o apoio científico prestado no âmbito do programa de preparação da equipa portuguesa para a 16.ª edição da IESO.

3 homens sentados

MARGINS surgiu com o objetivo de estudar as interações socioecológicas entre comunidades humanas e ambiente na zona costeira da Guiné-Bissau e compreender a inter-relação de arrozais e mangais como parte de uma unidade afetada pelas mudanças climáticas. No projeto estão envolvidos docentes, investigadores do IDL e cE3c e estudantes da Faculdade.

Auditório com pessoas

Este ano, na 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao ensino superior concorreram aos 16 cursos da Faculdade 5086 candidatos, tendo sido colocados 872 novos alunos em Ciências ULisboa, 527 em 1.ª opção. Até 5 de setembro decorre a apresentação da candidatura à 2.ª fase. A sessão de boas-vindas aos novos alunos de 2023/2024 acontece no dia 18 de setembro.

abelha mumificada

Um novo estudo publicado na revista internacional Papers in Paleontology dá conta da descoberta de centenas de abelhas mumificadas no interior dos seus casulos, num novo sítio paleontológico descoberto no litoral de Odemira.

mural

Há um novo mural no campus da Faculdade, para apreciar junto à FCULresta, que celebra os dois anos corridos desde a primeira semente lançada. "Só em Portugal, inspirados também pela FCULresta, foram criados ou melhorados um total de 6 espaços verdes resilientes" escrevem os responsáveis pelo projeto, neste artigo de opinião sobre a minifloresta. 

ratinho ruivo

O ratinho-ruivo (Mus spretus) aprende a identificar que novos alimentos é seguro incluir na sua alimentação através do cheiro presente no hálito de outros ratinhos da sua espécie, segundo o artigo “Interaction time with conspecifics induces food preference or aversion in the wild Algerian mouse”, da autoria das cientistas Rita S. Andrade, Ana M. Cerveira, Maria da Luz Mathias e Susana A. M. Varela, publicado em agosto na revista Behavioural Processes.

vista de uma ilha para outra (Açores)

O Prémio Frederico Machado 2022-2023, o primeiro de índole científica a ser atribuído nos Açores, foi ganho pelas equipas lideradas por Mariana Andrade, aluna da Ciências ULisboa e investigadora do Instituto Dom Luiz (IDL), na área das Geociências, e por Pedro Afonso, investigador do Instituto de Investigação em Ciências do Mar da Universidade dos Açores (OKEANOS), na área das Ciências do Mar.

plantas com QR code do Relatório de Sustentabilidade

O primeiro Relatório de Sustentabilidade da Ciências ULisboa resulta da monitorização e análise de um conjunto de atividades enquadradas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), entre 2019 e 2021.

banner do evento

A EUPVSEC 2023 realiza-se de 18 a 22 de setembro de 2023, no Centro de Congressos de Lisboa. João Serra, professor do Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia da Ciências ULisboa, foi novamente convidado a ser o chairman da maior e mais importante conferência europeia dedicada à energia fotovoltaica. 

copa das arvores vista de baixo

Já são conhecidos os três vencedores da edição de 2023 do Prémio de Doutoramento em Ecologia Fundação Amadeu Dias, um prémio da Sociedade Portuguesa de Ecologia (SPECO) e da Fundação Amadeu Dias que procura valorizar o trabalho de recém doutorados ao longo do seu programa doutoral. No pódio estão duas alumnae da Ciências ULisboa.

apresentação do livro

Foi concluído recentemente o projeto “Aqua – O uso eficiente da água nos jardins da idade moderna”, um trabalho interdisciplinar que cruza as áreas da História da Ciência, a Engenharia Hidráulica e a Arquitetura Paisagista.

uma rapariga e um rapaz

Todos os anos a Faculdade atribui diplomas e prémios de mérito académico aos seus estudantes, com o apoio de várias entidades e empresas, que valorizam a missão da Faculdade e que passa por investigar, ensinar e estimular a transferência do conhecimento e da inovação e a abertura à sociedade civil.

Exoplaneta e núvens

A Agência Espacial Europeia validou o desenho dos instrumentos científicos da missão Ariel, que conta com a participação do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço. A missão vai observar a composição química de mil planetas em órbita de outras estrelas, e transformar a compreensão sobre como se formam e evoluem os sistemas planetários.

foto de grupo

No passado dia 26 de julho o Tec Labs - Centro de Inovação recebeu a visita de uma comitiva de representantes da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, Brasil, com o objetivo de conhecer em profundidade o ecossistema de empreendedorismo e inovação nacional e os seus principais stakeholders.

árvores no campus da Faculdade

Ciências ULisboa vai implementar no ano letivo de 2023/2024 o projeto “Ciências em Harmonia”. Comprometida com o bem-estar da sua comunidade estudantil e a promoção de competências individuais e sociais dos seus estudantes, a Faculdade vai procurar dar resposta a uma preocupação: a do bem-estar no ensino superior, envolvendo toda a comunidade académica na celebração da diversidade e promoção de inclusão. As atividades têm início já em setembro e vão prolongar-se durante todo o ano letivo.

logotipo do CWTS

ranking de Leiden, que avalia a produção científica de instituições de ensino superior a nível mundial, posicionou a ULisboa na liderança da Península Ibérica, colocando-a na 28.ª posição na Europa e no 131.º lugar a nível mundial.

enguia

No dia 26 julho, pelas 16h00, decorrerá na Ciências ULisboa a sessão de encerramento do projeto “Livro Vermelho e Sistema Nacional de Informação dos Peixes Dulciaquícolas e Diádromos de Portugal Continental”. O novo Livro Vermelho revela que os peixes de água doce e migradores diádromos se encontram numa situação preocupante.

3 raparigas a apontarem para um ecrã num laboratório

Acontece este ano mais uma edição do “Ser Cientista”. A 8.ª edição do programa, que decorre entre os próximos dias 24 e 28 de julho, visa proporcionar aos alunos do ensino secundário uma aproximação à realidade da investigação científica, pela integração no dia-a-dia dos cientistas de diferentes áreas de Ciências.

António Costa, Elvira Fortunato e Salomé Pais

Salomé Pais foi galardoada com a Medalha de Mérito Científico 2023, durante o Encontro com a Ciência e a Tecnologia em Portugal, decorrido no início de julho em Aveiro. Para a professora catedrática aposentada do Departamento de Biologia Vegetal da Ciências ULisboa esta distinção “simboliza o reconhecimento de uma vida dedicada à ciência”.

imagem de divulgação da exposição Mirabilia

É hoje inaugurada a exposição Mirabilia “Coisas Admiráveis”, que decorre no âmbito das comemorações dos 10 anos da ULisboa e do Dia da Universidade de Lisboa. A exposição integra objetos “admiráveis” das 18 escolas da ULisboa, entre eles um telescópio utilizado por um equipa da Ciências ULisboa na campanha internacional de observação “Venus Twilight Experiment”.

costa maritima

Carlos Antunes, foi nomeado vogal de reconhecido mérito da Comissão de Domínio Público Marítimo, um órgão consultivo da Autoridade Marítima Nacional que estuda e emite pareceres sobre os assuntos relativos à utilização, manutenção e defesa do domínio público marítimo.

Šima Krtalić

Šima Krtalić, aluna de doutoramento da Ciências ULisboa, afiliada ao projeto Medea-Chart, ganhou recentemente a décima edição do prémio "Imago Mundi" 2023 da referida revista académica, destinado a homenagear o melhor artigo em História da Cartografia.

Várias pessoas num sala

Ciências ULisboa participou na 3.ª edição do roadshow EA-IDEIA - Estrutura de Acompanhamento da Investigação, Desenvolvimento, Experimentação e Inovação da Armada, organizado pela Marinha Portuguesa.

Pedro Machado

Pedro Machado, investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e professor da Ciências ULisboa, foi homenageado pelo Grupo de Trabalho para a Nomenclatura de Pequenos Corpos (WGSBN) da União Astronómica Internacional (IAU), com a atribuição do seu nome a um asteroide, que tem quase três quilómetros de diâmetro e demora quatro anos e meio a dar uma volta ao Sol.

ave a voar em cima do mar

Um novo estudo internacional sobre a análise do risco de exposição ao plástico por aves marinhas identifica o Mediterrâneo como a região de maior risco a nível global. O artigo foi publicado na revista científica Nature Communications e conta com 18 cientistas portugueses, entre eles quatro investigadores da Ciências ULisboa.

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