“O impacto da subida da temperatura nos ecossistemas subterrâneos é imprevisível”

Ana Sofia Reboleira coordena estudo publicado na Scientific Reports

Cientista em gruta

A gruta portuguesa hotspot de biodiversidade subterrânea

Imagem cedida por ASR

Um estudo publicado na Scientific Reports e coordenado por Ana Sofia Reboleira, professora no Departamento de Biologia Animal da Ciências ULisboa e investigadora no Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c), analisou mais de 100000 medições de temperaturas em grutas localizadas em diversas zonas climáticas, desde as tropicais às subárticas, passando por Portugal continental e ilhas.

Scripta manent. O que se escreve, fica, permanece.

Estudo de Ana Sofia Reboleira em destaque em vários media nacionais: Gazeta das Caldas, Jornal do Algarve, Green Savers Online, Algarve Primeiro Online, Açoriano Oriental, Barlavento Online, Diário de Aveiro online, Diário de Leiria online, Impala online, O Minho, Notícias ao Minuto, Observador, Sapo, Visão.

“Os resultados permitem, pela primeira vez, a nível global confirmar que a temperatura debaixo de terra é equivalente à média anual exterior”, diz a cientista, acrescentando que “o aumento da temperatura média à superfície levará ao aumento da temperatura debaixo de terra, onde estão guardadas as maiores reservas de água doce disponíveis para o consumo humano imediato”. A cientista - eleita personalidade de 2023 pela redação da Gazeta das Caldas -, refere ainda que “o impacto da subida da temperatura nos ecossistemas subterrâneos é imprevisível, mas terá seguramente consequências na qualidade das reservas de água".

O artigo “Temperature variation in caves and its significance for subterranean ecosystems” publicado online a 25 de novembro de 2023 é assinado ainda por Maria J. Medina, Dragan Antić, Paulo A. V. Borges, Špela Borko, Cene Fišer, Stein-Erik Lauritzen, Jose L. Martín, Pedro Oromí, Martina Pavlek, Ester Premate, Ken P. Puliafico e Alberto Sendra. Maria J. Medina, primeira autora do artigo, foi aluna de Ana Sofia Reboleira, no mestrado em Ecologia e Gestão Ambiental, tendo defendido a sua dissertação em 2022.

Uma das grutas estudada no âmbito deste trabalho é um hotspot mundial de biodiversidade subterrânea. A gruta que colocou Portugal na lista das zonas mais ricas em fauna cavernícola a nível mundial encontra-se localizada no Algarve, no município de Loulé, e é uma cavidade de elevadíssimo valor para a conservação da natureza, uma vez que alberga uma grande diversidade. Outras grutas hotspot mundial de biodiversidade subterrânea presentes no estudo são a Planina, na Eslovénia, e Viento nas Canárias, no arquipélago Espanhol, no Oceano Atlântico.

Para os autores deste artigo as grutas são “janelas” para a observação dos ecossistemas subterrâneos que se encontram distribuídos em todo o planeta e cuja vasta maioria é inacessível aos seres humanos. Estes ecossistemas albergam a maior reserva de água doce disponível para o consumo humano imediato, e são habitados por organismos únicos e altamente adaptados, que garantem a qualidade destas reservas estratégicas para o futuro da humanidade.

Os cientistas referem que as variações de temperatura à superfície são refletidas no subsolo, ameaçando as comunidades de organismos subterrâneos, e comprometendo a qualidade da água.

Este estudo revela também a existência de ciclos térmicos diários em algumas cavernas. Em ecossistemas com total ausência de luz, os organismos carecem de ritmos circadianos, ou seja, ritmos biológicos marcados pela natural cadência do dia e da noite controlada pela luz solar à superfície. “Esta descoberta surpreendente mostra que estes ciclos térmicos diários podem potencialmente controlar os ritmos biológicos dos organismos subterrâneos”, explica Ana Sofia Reboleira.

Gabinete de Jornalismo da DCI Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

“Os ensinamentos adquiridos em Ciências estão na base das investigações que tenho desenvolvido, foi através deles que adquiri os conceitos e conhecimentos que me permitem desenvolver o estudo dos materiais. Por outro lado, a interação com diferentes áreas da Geologia permite absorver muita informação importante para a interpretação de muitos dos achados”, explica a investigadora Elisabete Malafaia.

Jean-Paul Montagner, Institut de Physique du Globe, Université Paris-Diderot, Paris, France

António Castelo, Aidnature

"Recordo-me sobretudo dos professores e da matéria que dava nas aulas. A minha pancada com evolução é forte e já nessa altura era. Ainda hoje nada me dá mais prazer do que aprender e compreender como funciona a vida na terra. Tive muito bons professores durante o curso e isso foi fundamental até quando, mais tarde, saí para fazer o mestrado em Inglaterra", conta o antigo aluno de Biologia de Ciências, António Castelo.

Expedição Aidnature

“Cada animal, cada comportamento é um desafio. O momento em que conseguimos a imagem de que estamos à espera e que imaginámos na nossa cabeça, é de uma adrenalina enorme, que contrasta com a paz que é estar horas no campo à espera”, declara António Castelo, antigo aluno do curso de Biologia de Ciências, agora biólogo na Aidnature.

 Nos dias 29 e 31 de outubro de 2014 realiza-se uma reunião em Heildelberg, na Alemanha, com o intuito de apresentar os 106 novos membros ao EMBO Council.

Ano Internacional da Cristalografia 2014

O Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa associa-se à comemoração do Ano Internacional da Cristalografia.

MATEMÁTICA E ENSINO

De acordo com o Despacho do Senhor Diretor da Faculdade, a eleição do Presidente do Departamento de Matemática terá lugar no próximo dia 30 de Maio.

Conferência no dia 16 de Maio, 11h30, anfiteatro 3.2.15, Edifício C3, FCUL, Campo Grande, Lisboa.

Marta Lourenço

Marta Lourenço, membro do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, da Secção Autónoma de História e Filosofia das Ciências e subdiretora do Museu Nacional de História Natural e da Ciência foi galardoada com a Medalha George Sarton pela Universidade de Gent.

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O seminário integrado na disciplina de Agricultura e Florestas, do mestrado em Ecologia e Gestão Ambiental, realiza-se dia 7 de maio, pelas 11h15, no edifício C2, 2.º piso, sala 2.2.14.

Christoph Meyer

Christoph Meyer começou a trabalhar no Centro de Biologia Ambiental de Ciências, em fevereiro de 2009. A estadia em Ciências tem corrido bem.

Tectonics and Neotectonics of the western North America and Associated Hazards

Conferência no dia 29 de Maio, 12h00, sala 6.2.56, Edifício C6, FCUL, Campo Grande, Lisboa.

EuroGP2014

Stefano Ruberto, Leonardo Vanneschi, Mauro Castelli & Sara Silva foram distinguidos com o best paper award for EuroGP 2014, durante a "17th European Conference on Genetic Programming", ocorrida entre 23 e 25 de abril, em Granada, Espanha.

A Biblioteca do Conhecimento Online, celebra o seu 10.º Aniversário

“Nestas formações, ensina-se, entre outros aspetos, a detetar situações de paragem cardiorrespiratória precocemente, a saber ligar o 112 rapidamente, sabendo dizer o que é importante, e iniciar manobras básicas, como compressões torácicas para manter alguma circulação e oxigenação dos órgãos vitais até à chegada de ajuda”, explicou o formador do INEM, Rui Rebelo.

The biosphere-atmosphere interactions mediate the largest exchanges in the global carbon cycle. Understanding the role of climate and other environmental factors on the carbon cycle of terrestrial ecosystems is key for assessing vulnerabilities and future feedback into the climate system.

A reportagem multimédia “Sonhar com o futuro” inclui testemunhos de candidatos ao ensino superior e que participaram na edição do ano passado do Dia Aberto.

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Os desafios que os novos mecanismos de financiamento suscitam apelam à criação de equipas multidisciplinares e complementares que incrementem o impacto da investigação desenvolvida.

Com o objetivo de mostrar as funções, tarefas e responsabilidades do cientista, o Departamento de Química e Bioquímica, o Departamento de Biologia Vegetal  e o IBEB receberam nos seus laboratórios 12 alunos do 12.º ano do Colégio São João de Brito.

Imagem editada pelo DI

O project Lusica e a contribuição para a exposição Retro Computing no 

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Entre 1994 e 2013, a Fundação Calouste Gulbenkian atribuiu bolsas a 32 alunos da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa ao abrigo do Programa de Estímulo à Investigação. Na última edição Alexandra Symeonides e Sara Realista foram as felizes contempladas.

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“A Fundação Calouste Gulbenkian, com este incentivo, está a permitir-me começar uma atividade de investigação na área da análise estocástica mas, sobretudo, está a permitir-me ganhar bagagem para vir a explorar esta área em projetos a outros níveis”, reforça a investigadora do Grupo de Física Matemática da Universidade de Lisboa.

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