Digital Health Summit 2022

Estudantes da Ciências ULisboa alcançam 3.º lugar em concurso de projetos H-INNOVA

grupo das raparigas e uma pessoa da organização

Raquel Rebordão, Mariana Oliveira, Leonor Pires e Inês Lima alcançaram um lugar no pódio do concurso

Premivalor

Quatro estudantes da Ciências ULisboa alcançaram o 3.º lugar no concurso de projetos da H-INNOVA - Health Innovation HUB, uma empresa de inovação no sector da saúde. O concurso decorreu no âmbito do Digital Health Summit 2022, um encontro internacional dedicado ao futuro dos cuidados de saúde, promovido pela empresa Premivalor.

O encontro, decorrido entre 14 e 17 de dezembro, aconteceu no Colégio dos Jesuítas e no Museu de Eletricidade, no Funchal. O programa contou com comunicações científicas, apresentações e mesas redondas sobre produtos, serviços e soluções, tendo como foco o potencial da utilização de tecnologia na saúde; foram igualmente abordados os principais desafios e oportunidades que a área enfrenta. Na iniciativa participaram especialistas de diversas áreas da saúde, ciência de dados e tecnologia, juntamente com decisores políticos nacionais e internacionais, incluindo da Comissão Europeia, e empresas públicas e privadas.

Mafalda e Rafael Cruz
Mafalda Cruz e Rafael Cruz concorreram com o projeto "The Golgi Printer"
Fonte RF

Durante o evento decorreu uma Pitch Ceremony, na qual estudantes, investigadores e startups apresentaram os trabalhos selecionados, no âmbito do concurso de projetos H-INNOVA. Na categoria dos estudantes concorreram dois grupos da Ciências ULisboa: Rafael Cruz e Mafalda Cruz com o projeto “The Golgi Printer - Development of extrusion-based bioprinter for surgery planning”; e Inês Lima, Leonor Pires, Mariana Oliveira e Raquel Sales Rebordão (IMAGI) com o projeto “Cloudia - A medical equipment for the control and relief of pain in pediatric patients with chronic pain”, grupo que ocupou o 3.º lugar do pódio nesta categoria, que lhes valeu um prémio no valor de mil euros em horas de mentoria com profissionais experientes na área.

A equipa IMAGI é constituida por quatro alunas do mestrado em Engenharia Biomédica e Biofísica, e contou com um mentor, o professor Nuno Matela.

O projeto apresentado tem como objetivo reduzir e controlar a dor crónica em crianças. A ideia nasceu na 3.ª edição do BioMind – Make it in 24 hours!, em fevereiro de 2021, concurso no qual as alunas alcançaram o 2.º lugar. O projeto foi depois desenvolvido no âmbito das aulas de mestrado, nomeadamente nas disciplinas Dispositivos Médicos I e Dispositivos Médicos II. Após pesquisa e contacto com pediatras, psiquiatras, terapeutas e pais, as alunas identificaram a importância deste problema, que afeta cerca de meio milhão de crianças em Portugal.

Uma vez que a dor crónica tem uma grande componente psicossomática, explicam as alunas, alguns exercícios de relaxamento permitem que a criança se abstraia, mudando o foco da dor para outras sensações. Fazendo uso de uns óculos de realidade virtual, o software Cloudia permitiria realizar exercícios, aceder ao histórico de tratamentos e estabelecer contacto direto com o médico.

Para as alunas, foi importante participar neste concurso para receber feedback sobre a validade e adequabilidade da ideia junto de investidores e médicos.

“A apresentação correu bem e o feedback foi positivo! Tivemos oportunidade de estar presentes em momentos de networking nos quais conhecemos outras iniciativas e startups interessantes!” Raquel Rebordão

Numa primeira fase, os grupos foram convidados a submeter vídeos de apresentação das ideias a concurso, cuja divulgação foi feita na página de Instagram da H-INNOVA, tendo os vídeos sido submetidos a votação por parte do público. O vídeo do projeto “The Golgi Printer” foi o vencedor deste desafio, o que permitiu ao grupo ser imediatamente seleccionado para apresentar o projeto na Madeira.

Rafael Cruz, aluno do mestrado em Engenharia Biomédica e Biofísica e a irmã, Mafalda Cruz, aluna da licenciatura em Química, desenvolveram a ideia de criar uma bioimpressora 3D para ajudar médicos no planeamento cirúrgico. A ideia surgiu ao aluno durante o mestrado, no âmbito da disciplina de Nanotecnologia, Robótica, Protésica e Medicina Regenerativa. Rafael Cruz começou a trabalhar neste projeto no FabLab Lisboa, onde se apercebeu da possibilidade de imprimir modelos 3D utilizando materiais biodegradáveis como ágar-ágar ou alginato de sódio. Neste campo, a irmã Mafalda contribui na produção das “receitas”, uma vez que se interessa pela área da Química Alimentar.

Com estes materiais, mais económicos e mais sustentáveis do que os plásticos atualmente utilizados, e com recurso a uma imagem médica, pensou em imprimir modelos anatómicos do cérebro humano, utilizando-os para fins médicos.

Nesta edição do concurso de projetos H-INNOVA participaram 175 estudantes, de 45 faculdades ou institutos, num conjunto de 448 concorrentes nas três categorias (estudantes, investigadores e startups). Na categoria dos estudantes, o 1.º classificado foi o projeto “PARAHEALTH”, da Universidade da Beira Interior e o 2.º foi o projeto “TouchRehab”, com estudantes do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa. Ao todo foram 18 os países a participar neste encontro internacional.

Após alguma pesquisa e prospeção junto de médicos cirurgiões, identificou a necessidade de utilizar estes materiais para replicar as características dos tecidos cerebrais, permitindo aos estudantes de medicina e profissionais simular uma situação real, testando a cirurgia antes de a realizarem. A impressão permitiria não só visualizar a anatomia das estruturas, como manipulá-las de forma mais tátil e real; permitiria uma preparação mais efetiva dos médicos para cirurgias específicas, reduzindo a possibilidade de falhas, o tempo de operação e o risco de infeção; permitiria igualmente contornar a escassez de materiais de prática médica, os cadáveres, atualmente muito utilizados pelos alunos.

“Acredito muito neste projeto, porque acho que esta ideia tem muito potencial e é uma ferramenta muito útil para os médicos.” Rafael Cruz

Embora o seu projeto não tenha “subido ao pódio”, Rafael diz que a participação valeu pela experiência e pela ajuda na criação de uma rede de contactos para futuros investimentos.

Nuno Matela enfatiza a importância do trabalho destes alunos, desenvolvido no âmbito das cadeiras do curso durante todo o ano letivo. Neste percurso, explica, os alunos desenvolvem várias vertentes de um projeto, incluindo a conceptualização, design, plano de licenciamento, auscultação de possíveis utilizadores e construção de um plano de negócios.

O professor acrescenta que, tendo em conta a experiência em participações passadas no mesmo programa, ainda que os grupos a concurso não vençam a competição, a presença na final pode ser muito importante para o prosseguimento do projeto, uma vez que alguns alunos beneficiam de contactos e apoios que de outra forma não teriam acesso.

"Da parte dos professores, é sempre um enorme prazer acompanhar estes projetos. Guiamos os alunos neste caminho e tentamos dar as bases para que os projetos sejam o mais sólidos possível, e é sempre um prazer ver reconhecido o mérito do trabalho desenvolvido. Resta-me dar os parabéns a todos pelo reconhecimento e pelo fantástico percurso que têm realizado na nossa faculdade.” Nuno Matela

Marta Tavares, Gabinete de Jornalismo Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

Ler Filosofia (através de Espinosa) permite olhar o mundo, de forma crítica e pensar em profundidade. Em Ciência, observar e refletir são indispensáveis, para caminharmos, abrindo novas linhas de pesquisa.

Vinte e três alunos estiveram na Faculdade de Ciências a estudar as bases metodológicas para a classificação sistemática de plantas. O curso inseriu-se no projeto HEI-PLADI, um programa ERASMUS + e ocorreu pela primeira vez em Portugal.

Parte do antigo bar do edifício C1 de Ciências dá agora lugar a um novo laboratório de investigação em Ecologia Evolutiva. Aqui vai ser explorado um sistema biológico composto por duas espécies de ácaro aranha, Tetranychus urticae Tetranychus ludeni, que competem por um alimento - a planta do tomate.

O livro Faça Sol ou Faça Vento reúne seis histórias infantojuvenis sobre energias renováveis. Todas elas são escritas por autores com ligação à Faculdade de Ciências da ULisboa.

Será possível ter uma pessoa dentro de um scanner e dizer-lhe para mudar a atividade de diferentes zonas do seu cérebro, com base no que estamos a observar num monitor desse mesmo scanner? Pode a Inteligência Artificial (IA) abordar e interatuar com a Neurociência, e vice-versa?

Quase a terminar o ano, surgem as frequentes resoluções de ano novo, um conjunto de ideias e desejos para aquele que se perspetiva ser um ano talvez igual ou melhor que o anterior. Existem assim duas perspetivas temporais: o ano que passou (o passado) e o que vem (futuro), e é sobre a integração destas duas perspetivas que gostaria de deixar uma reflexão.

Estas duas imagens foram produzidas por André Moitinho, Márcia Barros, Carlos Barata do Centro Multidisciplinar para a Astrofísica (CENTRA) e Hélder Savietto da Fork Research no âmbito da missão Gaia.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de dezembro é com Rodrigo Maia, técnico superior do Laboratório de Isótopos Estáveis do Departamento de Biologia Vegetal de Ciências.

A cidade é um bom exemplo de um sistema adaptativo, inteligente e complexo. Fala-se hoje muito em cidades espertas, onde os peões e os habitantes só encontram motivos para viverem contentes, porque tudo é pensado para os ajudar, graças à capacidade analítica sobre os dados das pessoas e das cidades. A sua manutenção é imprescindível, e a sua renovação deve obedecer à inteligência e jamais à usura. Nem sempre isso ocorre.

O projeto AQUA LINE, da empresa PEN Wave, vencedor do concurso MAREINOV Montepio, destina-se a produzir de forma inovadora microalgas e copépodes para o sector da aquicultura.

André Borges, Bernardo Tavares e Luis Martins, alunos do mestrado integrado em Engenharia da Energia e do Ambiente venceram o 1.º Hackathon de Transportes Internacional de Moscovo. A equipa classificada em 1.º lugar contou ainda com estudantes de Espanha e Colômbia.

O Prémio Luso-Espanhol de Química 2017 foi atribuído a Amélia Pilar Rauter, professora do Departamento de Química e Bioquímica e coordenadora do Grupo da Química dos Glúcidos do Centro de Química e Bioquímica de Ciências.

O quinto livro de António Damásio, colocado à venda a 3 de novembro, aborda o diálogo da vida com os sentimentos, como formadores da consciência e motor da ciência, e o que daí resulta, em especial para a cultura (ou ainda, sobre a estranha ordem, da sensação à emoção e depois ao sentimento). Os sentimentos são sinais da nossa vida e também os motivadores da criação intelectual dos homens. E, daí resultam multitudes de condutas, padrões variados de comportamentos. Enfim, os sentimentos facilitam a formação da nossa personalidade.

Uma das melhores decisões de Ricardo Rocha foi estudar Biologia em Ciências. Aqui fez amigos e aprendeu. Na entrevista que se segue fica a conhecer o antigo aluno de Ciências, membro do cE3c e investigador pós-doutorado da Universidade de Cambrigde, galardoado com o 1.º lugar do Prémio de Doutoramento em Ecologia - Fundação Amadeu Dias, lançado este ano pela primeira vez pela Sociedade Portuguesa de Ecologia.

A procrastinação é uma das grandes causas do insucesso académico e fonte de muito sofrimento e conflito interno. Para conquistar a procrastinação podemos começar por nos questionarmos: porque é que ando, constantemente a adiar.

Um estudo publicado na revista científica Science, do qual Vítor Sousa, investigador do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c), é coautor, demonstra que há mais de 34 000 anos os grupos de seres humanos caçadores-recoletores desenvolveram redes sociais complexas para escolher parceiros e evitar riscos da endogamia.

No âmbito dos projetos “MoTHER – Mobilidade e Transição em Habitações Especiais e Reativas” e “HIPE – Habitações Interativas para Pessoas Excecionais”, Manuel J. Fonseca, Luís Carriço e Tiago Guerreiro, professores do Departamento de Informática e investigadores do Laboratório de Sistemas Informáticos de Grande Escala, irão desenvolver soluções tecnológicas para melhorar a qualidade de vida, nomeadamente a autonomização de pessoas com lesões vertebro medulares, alojadas em residências da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

A Associação Ciências Solidária foi constituída por escritura pública em 6 de abril de 2016, por iniciativa da Direção da Faculdade de Ciências, com o apoio de vários membros da comunidade. É um projeto de proximidade, baseado na responsabilidade social, com o fim de contribuir para a construção de uma comunidade mais justa e solidária.

A Semana da Ciência e Tecnologia celebra-se no país entre 20 e 26 de novembro. O ponto alto acontece a 24 com o Dia Nacional da Cultura Cientifica. Ciências junta-se à efeméride com dezenas de iniciativas.

A experiência destes anos mostra que as avaliações feitas pelos estudantes são um bom indicador da qualidade do ensino e que são úteis para a sua melhoria.

“Esta oportunidade deu-me uma valiosa experiência profissional e cada dia foi uma nova lição aprendida. Contudo, considero que o que se destacou foram as pessoas incríveis que aqui conheci”, declara Jake Smith, estudante de Francês, Espanhol e Português na Universidade de Nottingham, no Reino Unido e estagiário durante cerca de dois meses na Área de Mobilidade e Apoio ao Aluno da Faculdade de Ciências.

Na próxima sessão do 60 Minutos de Ciência convidamos o astrónomo Rui Agostinho para nos ajudar a responder à pergunta: Afinal… o que é a Estrela de Natal? A resposta será desvendada em mais uma sessão 60 Minutos de Ciência no MUHNAC-ULisboa, no dia 16 de novembro.

João Luís Andrade e Silva, professor catedrático aposentado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, faleceu esta sexta-feira, dia 10 de novembro, aos 89 anos. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de novembro é com Emília Real, assistente técnica do Departamento Física de Ciências.

Nos últimos anos, a UNESCO financiou o projeto internacional - "Complex Systems Digital Campus (UniTwin)" - recorrendo a uma plataforma de e-Meeting, e esse exercício mostrou o caminho certo (alternativo aos massive open online courses ou MOOC) para esta nova experiência pedagógica da informática na educação. Quer isto dizer que a tecnologia, quando bem explorada, pode ser mesmo benéfica.

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