O que a arte e a ciência têm em comum? Aparentemente, muito pouco. No entanto, a criação artística e a investigação científica são muito semelhantes. Começamos então pelo princípio: criar infiltrações da arte na ciência e da ciência na arte através do movimento.
O movimento, improvisado ou coreografado, faz parte do dia-a-dia de cada ser humano, por mais imóvel que esteja, ou ainda que tenha uma condição física com bastantes limitações. Mover uma pálpebra, o dedo mindinho da mão esquerda, o braço direito para apanhar uma laranja, virar a cabeça porque se ouviu algo, mover as pernas para caminhar em direcção a um lugar, ou mesmo a lugar nenhum, mover a boca e os maxilares para comer, improvisar uma dança à chuva, correr na praia, mover-se a brincar na água da piscina.
Estudar na universidade é sempre um desafio, especialmente numa cidade como Lisboa, em que uma parte dos estudantes move-se imenso tempo por entre transportes públicos entre casa e a faculdade/universidade. Por outro lado, ser aluno de cursos não artísticos exige um grau de imobilidade grande, para além da paciência, persistência e paixão; todas estas características são, curiosamente, importantes em movimento. Propomos assim, aos estudantes que tiverem interesse e curiosidade, que se juntem a nós, Ângelo Cid Neto e Telma João Santos, uma vez por semana, para nos movermos, livremente, coreografadamente, com música, sem música, com foco e concentração, ou só para estarmos juntos em movimento.
