Entrevista com… João Telhada

“Os nossos alunos são agentes de inovação de relevo”

Em Ciências é assim, como explica em entrevista João Telhada, professor do DEIO e que desde 2011 desafia alunos de diferentes cursos a concorrer a iniciativas como o Global Management Challenge, para que possam adquirir novas competências em aspetos complementares às suas formações.

Professor João Telhada
Para João Telhada tem sido "uma enorme felicidade testemunhar o crescimento dos alunos" que têm participado no Global Management Challenge
Fonte DEIO

Nos últimos anos, a Faculdade tem procurado sensibilizar a comunidade académica para a importância das soft skills a fim de facilitar o acesso dos estudantes de Ciências ao mercado de trabalho, seja como empreendedores, seja como colaboradores de empresas e instituições. Na altura de recrutar, não é só a média de curso que conta. Gostaria que comentasse este tema?

João Telhada - Em primeiro lugar, há que recuar aquilo que deve ser o papel das instituições universitárias, e em particular da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, no contexto económico-social do nosso país. A nossa faculdade, para além de fornecer recursos de excelência compatíveis com as necessidades do mercado, deve assegurar que a sua inserção na vida profissional possa decorrer sem o menor atrito possível. Esta questão é da maior importância, especialmente dada a conjuntura atual, cujos princípios de base se deverão manter por alguns anos. A sociedade portuguesa não se pode dar ao luxo de ter períodos de adaptação longos por parte de graduados universitários no meio empresarial.

A bem da competitividade e do desenvolvimento económico do nosso tecido empresarial é essencial que os nossos alunos se integrem o mais rapidamente possível nas organizações. É com esse objetivo que as soft skills têm um papel preponderante, ao servir de aceleradores a essa integração.

Relativamente à questão das médias de curso, esse tema é de há muito bastante claro, tanto para empregadores, como para alunos graduados. As empresas apostam cada vez mais em processos de recrutamento avançados em que se "mede" bem mais do que a simples habilitação numérica. De resto, têm sido diversos os casos em que graduados nossos são eliminados de um determinado processo de admissão por falharem alguns critérios não técnicos. Felizmente, essa realidade não tem constituído a maioria dos casos, mas cumpre à faculdade prosseguir um objetivo de reduzir esses casos a uma expressão residual.

Professor João Telhada com alunos
João Telhada durante uma sessão de trabalho, em 2013, com os alunos José Sousa, João Tourais, César Vicente, Diogo Ferreira, João Bravo Dias e Nicolás Traba
Fonte DEIO

Desde 2011 que tem vindo a desafiar estudantes de Ciências a participarem no Global Management Challenge. No primeiro ano eram apenas duas equipas, nos dois anos seguintes passaram a ser três. Em 2014 concorrem cinco equipas, apoiadas por empresas/instituições. Qual é o balanço que faz destas competições e das ligações estabelecidas com os vossos apoiantes?

JT - Relativamente ao balanço que faço da participação dos alunos na competição, esse não poderia ser mais positivo. Tem sido uma enorme felicidade testemunhar o crescimento dos alunos que têm participado, aos mais variados níveis. Sobretudo, é notável a velocidade com que eles integram conhecimento, e que apenas este tipo de iniciativas pode proporcionar.

Sublinhe-se o facto de quase todas as equipas participantes incluírem alunos de cursos distintos. Até este momento já tivemos alunos da nossa faculdade provenientes de oito cursos diferentes. É esta diversidade de proveniências, aliada à exigência colocada pelo desafio, que promove um crescimento pessoal e científico.

Em relação aos nossos apoiantes, houve uma excelente relação com a Randstad, anterior patrocinadora. Inclusivamente, foram promovidos alguns encontros entre responsáveis dessa empresa e alunos participantes na competição. Na edição deste ano houve uma alteração em termos do apoio recebido pelas empresas, pelo que só após terminar será possível fazer um balanço. Seja como for, é importante salientar a enorme exposição de que os nossos alunos beneficiam ao integrarem um lote exigente de participantes, em Portugal e no mundo inteiro. Importa referir que a competição decorre em 36 países e envolve mais de 500.000 participantes.

Ainda com respeito à participação de Ciências no Global Management Challenge, é justo prestar o tributo ao professor Pinto Paixão que, desde a primeira hora, foi um seu apoiante.

Global Management Challenge
A competição decorre em 36 países e envolve mais de 500.000 participantes
Fonte SDG

A 1.ª fase da competição termina na terça-feira, 1 de julho. Quais são as expetativas para esta edição?

JT - As expectativas dependem apenas de forma muito residual dos resultados. Sem dúvida que as verdadeiras expectativas estão já conquistadas, e são a de fornecer aos nossos alunos mais competências em aspetos complementares à sua formação, tornando-os mais diferenciados e, por consequência, melhores em relação à sua concorrência. Para além disso, não devemos ter receio de considerar que os nossos alunos são agentes de inovação de relevo e, desta forma, potenciam sobremaneira essa sua posição no mercado.

O Global Management Challenge é uma entre outras competições do género. Quais são as mais-valias dos estudantes, graduados e pós-graduados de Ciências neste tipo de iniciativa?

JT - De certa forma, as mais-valias ficaram já bastante sublinhadas nas respostas às anteriores questões. Naturalmente, estas mais-valias não são exclusivamente fornecidas pelo Global Management Challenge, embora esta competição ofereça ingredientes especialmente importantes. Existem muitas outras iniciativas para as quais devemos, e temos a responsabilidade de o fazer, fomentar a participação dos nossos alunos. Desde que o objetivo final seja a melhoria das capacidades dos nossos alunos, Ciências não deve ter reservas em dar o seu maior apoio. Afinal, é este o nosso objetivo de existência: os alunos.

Ana Subtil Simões, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura
info.ciencias@fc.ul.pt
Tubarão

A iniciativa de cidadania europeia “Stop Finning – Stop the Trade” tem como objetivo o término da União Europeia como uma importante plataforma de trânsito para o comércio mundial de barbatanas. "Face à atual legislação, o finning foi vetado em 2003. Porém, o massacre continua", escreve Madalena Sottomayor, aluna de mestrado em Biologia da Conservação da Ciências ULisboa.

trevos-brancos

Um estudo - colaborativo e sem precedentes -, liderado por biólogos evolucionistas da Universidade de Toronto Mississauga, no Canadá, capa da Science esta sexta-feira, dia 18 de março, mostra como a urbanização está a influenciar a evolução de plantas no mundo. A investigação desenvolveu-se no âmbito do Global Urban Evolution Project e contou com a participação de quase 300 investigadores e estudantes universitários, entre eles membros da Ciências ULisboa e do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais.

planta e ácaros

Inês Fragata, investigadora do Departamento de Biologia Animal da Ciências ULisboa e do grupo de Ecologia Evolutiva do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais, é uma das cientistas distinguidas com uma bolsa do European Research Council (ERC) Starting, no valor de cerca de 2M€, no âmbito do projeto “Feedback entre a dinâmica populacional e a evolução das interações num sistema tritrófico” (DYNAMICTRIO).

João Vieira e Ivo Canela

Na Póvoa, no Cadaval, distrito de Lisboa, João Vieira, octogenário, emigrante, técnico agrícola e um entusiasta da Agroecologia, lidera um grupo informal que promove variedades crioulas de sementes, que têm vindo a desaparecer desde a sua juventude. Ivo Canelas com Rebeca Mateus, da HortaFCUL, escrevem sobre a necessidade de adotar técnicas agrícolas mais eficientes, combatendo a monopolização da agricultura.

Participantes na EVT 2013, que também tinham participado no Encontro do Vimeiro em 1983

"Ross Leadbetter era amigo verdadeiro dos seus amigos, entre os quais me encontro, e é um dos gigantes da área de Valores Extremos (...)", escreve Maria Ivette Leal de Carvalho Gomes, professora emérita do DEIO Ciências ULisboa, na sequência do falecimento do professor emérito da University of North Carolina at Chapel Hill e doutor honoris causa da ULisboa.

Formação da zona de subducção de Vanuatu

Uma equipa de investigadores do Instituto Dom Luiz da Ciências ULisboa em parceria com cientistas da Universidade Johannes Gutenberg (JGU), em Mainz, na Alemanha, apresenta uma nova perspetiva para o início das zonas de subducção, contribuindo dessa forma para um maior conhecimento da teoria da tectónica de placas.

Marta Temido a dar a medalha a Manuel Carmo Gomes

Manuel Carmo Gomes, professor da Ciências ULisboa, foi um dos especialistas distinguidos com a Medalha de Serviços Distintos – grau Ouro do Ministério da Saúde. A distinção foi atribuída pela ministra da Saúde, Marta Temido, em reconhecimento pelo trabalho desenvolvido no âmbito da resposta à COVID-19.

pessoas a acenar na FCULresta

"Há um ciclo solar transformámos um relvado de 315 m2 no que pretende ser uma minifloresta densa e biodiversa. O que podemos observar passado o primeiro ano? Haverá motivos para celebrar a FCULresta?". Passado um ano desde o lançamento da primeira semente, os membros do projeto fazem um balanço de todo o processo.

Escola de Inverno na Macedónia do Norte

O cientista Tiago Guerreiro foi um dos oradores da “Winter School on e-Health & Pervasive Technologies”, a primeira escola de inverno do projeto WideHealth, e que contou com uma competição de Machine Learning, composta por 11 equipas e na qual o grupo da Faculdade alcançou o 4.º lugar e uma menção honrosa.

Logotipo da rubrica radar Tec Labs

Vigésima segunda rubrica Radar Tec Labs, dedicada às atividades do Centro de Inovação da Faculdade. A empresa em destaque é a Neroes.

Maria Helena Garcia e Andreia Valente no laboratório

A Something in Hands - Investigação Científica Lda. (R-Nuucell), spin-off da Ciências ULisboa, vai receber um financiamento de €75.000 para desenvolver um novo medicamento para o cancro de mama triplo negativo.

professor Miguel Centeno Brito e paineis solares no telhado da faculdade

A Schweizer Radio und Fernsehenv, uma emissora de radiotelevisão suíça, esteve em Portugal e conversou com o professor Miguel Centeno Brito sobre energia solar e transição energética em Portugal.

Rita Pestana

Rita Pestana é aluna do 2.º ano do mestrado em Engenharia Física e em março inicia um estágio no Centro de Microanálises de Materiais, em Madrid, no âmbito do seu curso e ao abrigo do Marie Sklodowska-Curie Fellowship Programme da Agência Internacional de Energia Atómica.

Obras no campus da Faculdade

Ciências ULisboa prepara-se para concluir a última fase da requalificação das condutas de distribuição de água aos seus edifícios. Este projeto da responsabilidade do Laboratório Vivo para a Sustentabilidade irá contribuir para a diminuição da pegada ambiental da Faculdade e deverá possibilitar uma poupança significativa das despesas de funcionamento associadas ao consumo de água potável.

Conceção artística da superfície de Vénus

Um estudo publicado na revista Atmosphere, liderado por Pedro Machado, professor do DF Ciências ULisboa e investigador do IA, apresenta o conjunto de medições mais detalhado e completo alguma vez feito, de um observatório na Terra, das velocidades dos ventos em Vénus paralelos ao equador e à altitude da base das nuvens.

Abstrato dourado

A 26.ª edição dos Prémios da Associação Portuguesa de Museologia galardoou “Hortas de Lisboa. Da Idade Média ao século XXI” com o Prémio Exposição Temporária e “Almada Negreiros e o Mosteiro da Batalha – quinze pinturas primitivas num retábulo imaginado” com uma Menção Honrosa do Prémio Investigação.

Logotipo da rubrica radar Tec Labs

Primeira rubrica Radar Tec Labs do ano 2022 dedicada às atividades do Centro de Inovação da Faculdade.

Imagem artística de Proxima d, o candidato a planeta recentemente detetado à volta da estrela anã vermelha, Proxima Centauri, a estrela mais próxima do Sol

Uma equipa liderada por João Faria, antigo aluno da licenciatura de Física da Faculdade e investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, detetou um novo planeta à volta da estrela mais próxima do Sol – Proxima Centauri, anunciou o Instituto, na quinta-feira passada, dia 10 de fevereiro.

anfiteatro

Os alunos da Ciências ULisboa inscritos nos exames nos dias 11 e 12 de fevereiro podem realizá-los novamente em época extraordinária. De acordo com a Direção da Faculdade não existem indícios de se ter verificado a existência de um absentismo superior ao normal nas provas de avaliação realizadas nestes dois dias.

Campus da Faculdade

Ciências ULisboa, após contacto da Polícia Judiciária (PJ), colaborou estreitamente no contexto da investigação relacionada com a suspeita de atentado dirigido a estudantes universitários da ULisboa e que levou ao desenlace anunciado esta quinta-feira, dia 10 de fevereiro, pela PJ. A Direção da Ciências ULisboa congratula-se com o impedimento da referida ação.

Tubos de ensaio

Portugal tornou-se o mais recente membro do EU-OPENSCREEN, um consórcio europeu de infraestruturas de investigação para a Química biológica e descoberta inicial de fármacos. A participação portuguesa no EU-OPENSCREEN está integrada no Roteiro Nacional de Infraestruturas de Investigação, através do PT-OPENSCREEN. O CQE e o BioISI são parceiros desta infraestrutura.

Membros da rede MedECC na Sala do Senado na Assembleia da República

Cristina Branquinho, professora do DBV Ciências ULisboa e investigadora do cE3c, participou no 1.º Relatório de Avaliação - Alterações Climáticas e Ambientais na Bacia do Mediterrâneo - Situação Atual e Riscos para o Futuro realizado pela Rede de Especialistas do Mediterrâneo em Alterações Ambientais e Climáticas, distinguida com o Prémio Norte-Sul do Conselho da Europa.

Lisboa Romana | Felicitas Iulia Olisipo foi distinguida com os Prémios APOM 2021 e com os Prémios Património.pt. Esta iniciativa alvo destas distinções contou com a colaboração de cientistas do Departamento de Geologia da Ciências ULisboa e do Instituto Dom Luiz, entre outras entidades.

tela com várias cores coloridas

"Escrever é um ato criativo, ainda que seja sobre uma descoberta científica, um prémio a um investigador, uma empresa de sucesso que aqui nasceu", escreve Marta Tavares, do Gabinete de Jornalismo da Direção de Comunicação e Imagem da Ciências ULisboa. Mais um artigo em jeito de editorial.

Costa coberta de algas

Uma equipa de investigadores da Ciências ULisboa avaliou o desempenho de algoritmos de Inteligência Artificial (IA) destinados a avaliar a resposta fotoquímica de diatomáceas expostas a contaminantes emergentes.

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