Abordar a organização do modelo educativo e dos centros de investigação, a cooperação e integração institucional e internacional da FCUL, foi o principal objetivo do encontro realizado com a delegação de professores e reitores de nacionalidade russa.
Durante o encontro ocorrido a 25 de novembro, o vice-presidente da FCUL, António Sá Fonseca, abordou a nova realidade da ULisboa e o papel da FCUL enquanto parte integrante da mesma. De forma geral, foi apresentada a Faculdade em números (nomeadamente o seu público discente - 3500 alunos de 1.º ciclo, 1000 alunos de 2.º ciclo e entre 400 a 500 alunos de doutoramento), e foi feita uma apresentação dos seus cursos e unidades de investigação.
A dar a conhecer a sua área de ensino, estiveram presentes no evento os representantes dos Departamentos de Biologia Animal, Biologia Vegetal, Estatística e Investigação Operacional, Física, Informática, Matemática e de Química e Bioquímica. Durante as apresentações, os professores abordaram, entre outros aspetos importantes, a estrutura de ensino do seu departamento, a importância da investigação neles desenvolvida, as oportunidades de intercâmbio existentes e as mais-valias de estudar na FCUL.
Para o professor do Departamento de Química e Bioquímica, Carlos Farinha, “o encontro teve sobretudo um carácter informativo, permitindo à FCUL apresentar a sua oferta formativa e linhas gerais de investigação e manifestar também a sua disponibilidade para acolher estudantes da Rússia. Penso que este tipo de contactos (exploratórios) são da maior importância, uma vez que podem contribuir para uma maior internalização da UL (e da FCUL, em particular), particularmente para áreas fora do contexto da União Europeia”.
Os 14 representantes de nacionalidade russa vieram de 13 organizações distintas, sediadas em Moscovo, São Petersburgo, Tambov, Krasnoyarsk, Belgorod, Kaliningrad, Vladivostok, Pyatigorsk, Kamchatski, Barnaul. Como áreas de ensino, identificam-se a Economia, Aeroespaço, Artes e Cultura, Tecnologias e Gestão, Farmácia e Medicina.
À delegação russa, após as explicações, interessou saber se existe mobilidade de professores de outras universidades na FCUL, qual o número de alunos de licenciatura a prosseguir a sua formação pós graduada nesta Faculdade, quantos estudantes estrangeiros estudam nela e, sobretudo, se haveria interesse em receber alunos russos.
“Achei o encontro muito interessante. Na Rússia não há muito conhecimento sobre a educação em Portugal e hoje descobrimos muitos aspetos interessantes que podemos vir a aplicar na nossa estrutura de ensino. Depois do encontro, tive oportunidade de falar com a presidente do Departamento de Biologia Vegetal e percebi que havia muita coisa em comum em relação ao ensino e investigação das nossas áreas e, por isso, gostava de iniciar uma colaboração”, comentou Predybaylo Bladislav, representante do diretor da Pyatigorsk Medico-Fharmaceutical Institute of the Volgograd State Medical University.
Embora não exista um acordo formal entre os dois países, a FCUL mostrou abertura para eventuais intercâmbios, no âmbito de protocolos estabelecidos entre a UL e as instituições russas de ensino superior. Dos dois lados manifestou-se interesse em que esse intercâmbio seja dirigido aos graus de ensino de mestrado e doutoramento.