Opinião

Sem distâncias…


Paula Estrócio e Sousa

Falar de um projeto que nasceu em 2007, que se foi desenvolvendo e ganhando corpo, que caminha com metas desejáveis e além-fronteiras, e que em finais de 2013 abre portas ao interesse da sociedade, a partir de um convite do Programa Nós – RTP 2, será o mote do presente artigo que desenho, na sequência do recente pedido por parte do Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura da FCUL.

Como nasce o projeto…

Trabalhar diretamente com o acolhimento de alunos de mobilidade, nomeadamente oriundos do Brasil fez-me pensar, em 2007, num outro universo de estudantes cujo destino era igualmente a Faculdade de Ciências.

Alargar o acolhimento já prestado pela FCUL na vertente de mobilidade, a todos os outros alunos estrangeiros a estudar na instituição, direcionando um foco para os estudantes oriundos dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e de Timor, foi um dos objetivos do projeto.

Saber quem eram estes alunos, de onde vinham, quais as suas dificuldades, quais as suas áreas preferenciais de estudo, expetativas, vivências e culturas, etc..

Provavelmente haveria muito para partilhar e para nos inteirarmos. E assim aconteceu…!

Este universo de estudantes passou a usufruir do mesmo modelo de acolhimento direcionado aos alunos estrangeiros de mobilidade. Mas com algumas particularidades que importava serem exploradas: chegavam de países com sistemas de ensino substancialmente diferentes do nosso; pretendiam realizar períodos completos de estudos em Portugal (licenciatura ou mestrado); apenas alguns vinham com bolsa de estudo; e embora para a grande maioria a língua não representava um entrave, era importante saber interpretar e conhecer diferenças e semelhanças culturais e algumas dificuldades que se iam revelando.

Do acolhimento à integração…

Se as reuniões institucionais de acolhimento não previam ser tarefa fácil, atendendo às datas diferenciadas de chegada dos estudantes à FCUL, a integração e respetivo acompanhamento assumiam-se como passos imperativos deste processo: desde o convite lançado à participação e conhecimento do projeto às Direções da FCUL, aos serviços internos como o Gabinete de Apoio Psicopedagógico, Serviços Académicos e Gabinete de Estudos Pós-Graduados e Associação dos Estudantes; desde o convite aos interlocutores das respetivas Embaixadas; das reuniões institucionais de acolhimento e acompanhamento com os alunos; do reporte à FCUL e UL sobre temáticas relevantes; da pertinência de indicadores internos na vertente local e internacional, do apoio diariamente prestado pelos professores da FCUL e cimentado com a vertente das tutoriais, desenvolvido pelo GAPSI; da criação de um site dedicado à vertente dos estudantes da CPLP; e dos serviços que se encontram ao seu dispor, a eventos recentemente organizados pelos estudantes, tudo traduz um conjunto de passos conjuntamente percorridos que levaram a que o projeto crescesse, ganhando corpo e alma.

Falar do futuro

Chegado aqui, a meta é a de que o projeto possa correr por si e se expanda. Se alimente das necessidades e soluções que forem surgindo, mas também de boas iniciativas a desencadear pelos próprios alunos, tendo em vista a melhor integração.

Que os estudantes utilizem os recursos à disposição na instituição e criem sinergias com os professores, colegas e Associação dos Estudantes: conheçam os seus colegas conterrâneos, nacionais, e estrangeiros a estudar na FCUL, (e com o nosso contributo) a estudar na Universidade de Lisboa.

Que partam sempre à conquista da melhor vivência e de bons resultados académicos na FCUL, partilhando experiências, dificuldades e sucessos.

Sobretudo que as suas experiências académicas e de aprendizagem na Faculdade, em Lisboa e em Portugal possam cumprir objetivos iniciais, e que tragam igualmente frutos e mais-valias no seu futuro profissional, seja ainda na ajuda ao desenvolvimento nos seus países de origem. É essa a sua e a nossa ambição também.

Falar ainda sobre cooperação e ajuda ao desenvolvimento no decurso deste projeto. Outros caminhos...

Creio que este projeto é apenas uma pequena parcela da imensa vertente da Cooperação e, atendendo particularmente aos vários níveis de dificuldade que muitos estudantes referem na sua deslocação para a Europa, acredito que projetos relacionados com a transferência de conhecimentos e formação de quadros para e naqueles países, irão também ajudar a reforçar os respetivos ensino secundário e 1.º ciclo universitário - fases cruciais de aprendizagem, tendo em vista a especialização necessária que este universo de estudantes poderá vir a realizar mais tarde, quer nos seus países, quer na Europa e no Mundo, encontrando-se mais habilitados e com maiores competências em termos do conhecimento.

Que o sucesso académico e profissional possa estar sempre presente na vida de todos quanto apostam na formação, trabalhando para isso. É missão das instituições e da sociedade, mas também dos formandos, caminharem lado a lado nesse sentido.

Votos de muito sucesso para todos os estudantes da FCUL!

Paula Estrócio e Sousa, técnica superior do Gabinete de Cooperação e Relações Externas da FCUL

Estas duas imagens foram produzidas por André Moitinho, Márcia Barros, Carlos Barata do Centro Multidisciplinar para a Astrofísica (CENTRA) e Hélder Savietto da Fork Research no âmbito da missão Gaia.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de dezembro é com Rodrigo Maia, técnico superior do Laboratório de Isótopos Estáveis do Departamento de Biologia Vegetal de Ciências.

A cidade é um bom exemplo de um sistema adaptativo, inteligente e complexo. Fala-se hoje muito em cidades espertas, onde os peões e os habitantes só encontram motivos para viverem contentes, porque tudo é pensado para os ajudar, graças à capacidade analítica sobre os dados das pessoas e das cidades. A sua manutenção é imprescindível, e a sua renovação deve obedecer à inteligência e jamais à usura. Nem sempre isso ocorre.

O projeto AQUA LINE, da empresa PEN Wave, vencedor do concurso MAREINOV Montepio, destina-se a produzir de forma inovadora microalgas e copépodes para o sector da aquicultura.

André Borges, Bernardo Tavares e Luis Martins, alunos do mestrado integrado em Engenharia da Energia e do Ambiente venceram o 1.º Hackathon de Transportes Internacional de Moscovo. A equipa classificada em 1.º lugar contou ainda com estudantes de Espanha e Colômbia.

O Prémio Luso-Espanhol de Química 2017 foi atribuído a Amélia Pilar Rauter, professora do Departamento de Química e Bioquímica e coordenadora do Grupo da Química dos Glúcidos do Centro de Química e Bioquímica de Ciências.

O quinto livro de António Damásio, colocado à venda a 3 de novembro, aborda o diálogo da vida com os sentimentos, como formadores da consciência e motor da ciência, e o que daí resulta, em especial para a cultura (ou ainda, sobre a estranha ordem, da sensação à emoção e depois ao sentimento). Os sentimentos são sinais da nossa vida e também os motivadores da criação intelectual dos homens. E, daí resultam multitudes de condutas, padrões variados de comportamentos. Enfim, os sentimentos facilitam a formação da nossa personalidade.

Uma das melhores decisões de Ricardo Rocha foi estudar Biologia em Ciências. Aqui fez amigos e aprendeu. Na entrevista que se segue fica a conhecer o antigo aluno de Ciências, membro do cE3c e investigador pós-doutorado da Universidade de Cambrigde, galardoado com o 1.º lugar do Prémio de Doutoramento em Ecologia - Fundação Amadeu Dias, lançado este ano pela primeira vez pela Sociedade Portuguesa de Ecologia.

A procrastinação é uma das grandes causas do insucesso académico e fonte de muito sofrimento e conflito interno. Para conquistar a procrastinação podemos começar por nos questionarmos: porque é que ando, constantemente a adiar.

Um estudo publicado na revista científica Science, do qual Vítor Sousa, investigador do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c), é coautor, demonstra que há mais de 34 000 anos os grupos de seres humanos caçadores-recoletores desenvolveram redes sociais complexas para escolher parceiros e evitar riscos da endogamia.

No âmbito dos projetos “MoTHER – Mobilidade e Transição em Habitações Especiais e Reativas” e “HIPE – Habitações Interativas para Pessoas Excecionais”, Manuel J. Fonseca, Luís Carriço e Tiago Guerreiro, professores do Departamento de Informática e investigadores do Laboratório de Sistemas Informáticos de Grande Escala, irão desenvolver soluções tecnológicas para melhorar a qualidade de vida, nomeadamente a autonomização de pessoas com lesões vertebro medulares, alojadas em residências da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

A Associação Ciências Solidária foi constituída por escritura pública em 6 de abril de 2016, por iniciativa da Direção da Faculdade de Ciências, com o apoio de vários membros da comunidade. É um projeto de proximidade, baseado na responsabilidade social, com o fim de contribuir para a construção de uma comunidade mais justa e solidária.

A Semana da Ciência e Tecnologia celebra-se no país entre 20 e 26 de novembro. O ponto alto acontece a 24 com o Dia Nacional da Cultura Cientifica. Ciências junta-se à efeméride com dezenas de iniciativas.

A experiência destes anos mostra que as avaliações feitas pelos estudantes são um bom indicador da qualidade do ensino e que são úteis para a sua melhoria.

“Esta oportunidade deu-me uma valiosa experiência profissional e cada dia foi uma nova lição aprendida. Contudo, considero que o que se destacou foram as pessoas incríveis que aqui conheci”, declara Jake Smith, estudante de Francês, Espanhol e Português na Universidade de Nottingham, no Reino Unido e estagiário durante cerca de dois meses na Área de Mobilidade e Apoio ao Aluno da Faculdade de Ciências.

Na próxima sessão do 60 Minutos de Ciência convidamos o astrónomo Rui Agostinho para nos ajudar a responder à pergunta: Afinal… o que é a Estrela de Natal? A resposta será desvendada em mais uma sessão 60 Minutos de Ciência no MUHNAC-ULisboa, no dia 16 de novembro.

João Luís Andrade e Silva, professor catedrático aposentado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, faleceu esta sexta-feira, dia 10 de novembro, aos 89 anos. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de novembro é com Emília Real, assistente técnica do Departamento Física de Ciências.

Nos últimos anos, a UNESCO financiou o projeto internacional - "Complex Systems Digital Campus (UniTwin)" - recorrendo a uma plataforma de e-Meeting, e esse exercício mostrou o caminho certo (alternativo aos massive open online courses ou MOOC) para esta nova experiência pedagógica da informática na educação. Quer isto dizer que a tecnologia, quando bem explorada, pode ser mesmo benéfica.

Em junho deste ano Alice Nunes terminou o programa doutoral em Biologia e Ecologia das Alterações Globais. Esta quinta-feira, durante o 16.º Encontro Nacional de Ecologia, a decorrer até amanhã no Salão Nobre da Reitoria da ULisboa, apresenta esse trabalho – “Plant functional trait response to climate in Mediterranean drylands: contribution to restoration and combat of desertification”, classificado em segundo lugar nesta primeira edição do Prémio da SPECO.

O prémio Nobel da Química foi atribuído em 2017, em partes iguais, a três investigadores, Jacques Dubochet (Universidade de Lausana, Suiça), Joachim Frank (Universidade de Columbia, Nova Iorque, EUA) e Richard Henderson (Laboratório MRC de Biologia Molecular, Cambridge, UK) pelo desenvolvimento da microscopia crioelectrónica que permite a resolução da estrutura de biomoléculas em solução com alta resolução.

Em 2017 a “Medalha Dr. Janusz Pawliszyn” foi atribuída a José Manuel Florêncio Nogueira, professor do Departamento de Química e Bioquímica, coordenador do grupo de Ciência e Tecnologia de Separação do Centro de Química e Bioquímica de Ciências e representante português na European Society for Separation Science.

Em 2017 o Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia celebra dez anos. Para comemorar a efeméride, a unidade de I&D realiza no próximo dia 8 de novembro, a partir das 18h00, no anfiteatro da FCiências.ID, sito no edifício C1, piso 3, a primeira distinguished lecture com Jürgen Renn, prestigiado historiador das ciências e diretor do Max Planck Institute for the History of Science.

A representação do campus da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em 3D utilizando tecnologias inovadoras fornece dados de apoio à gestão e utilização de recursos.

“Nos meus projetos lido diariamente com a Biologia, a que aprendi na faculdade e ao longo da minha vida, e com o desenho que me acompanha como forma de olhar, entender e comunicar”, declara o ilustrador científico Pedro Salgado, antigo aluno de Ciências.

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