As bioilhas visam alertar a comunidade para a importância de apostar em medidas regenerativas da floresta portuguesa e dos ecossistemas a elas associados
“O Dia Internacional das Florestas marca o equinócio de março e o início da Primavera. Aclamadas pela sua capacidade de sequestro de carbono da atmosfera, as árvores nos bosques e as florestas deste mundo servem-nos de inúmeras formas através de serviços do ecossistema tão importantes como o suporte para a biodiversidade, a regulação dos ciclos biogeoquímicos ou mesmo o suporte social e cultural que representam para muitas comunidades. Nas áreas urbanas, onde a paisagem artificial cresce dia após dia, este último serviço é de crescente importância para proporcionar ao cidadão comum espaços arborizados agradáveis, frescos e confortáveis, sobretudo para recreação e lazer. Nas cidades, as florestas são um oásis ecológico que nos aproxima do meio natural. Na Ciências ULisboa, nos espaços cuidados e geridos pelo coletivo HortaFCUL, tentamos trazer essa dimensão ao contexto urbano, promovendo junto da comunidade soluções como as miniflorestas (o caso da FCULresta), os bosques comestíveis (Bioilhas) ou as agroflorestas (PermaLab) como ferramentas para a própria comunidade se apropriar destes espaços e interagir com os mesmos. É nos serviços sociais que estes ecossistemas prestam que vemos um impacto mais duradouro destas intervenções nas comunidades locais, não devendo subestimar este seu valor na mudança de mentalidades e na consciencialização crescente da sociedade civil para a relevância dos espaços naturais no seio das grandes áreas urbanas”. Testemunho de António Vaz Pato, estudante do mestrado de Biologia da Conservação e guardião da HortaFCUL.