German Cancer Research Center

Técnica pioneira no tratamento do cancro da próstata

6 investigadores

A equipa de investigação no HIT: Benjamin Ackermann, Thomas Tessonnier, Hugo Freitas, Stephan Brons, Paulo Magalhães Martins e João Seco

PMM

Uma equipa de investigadores do German Cancer Research Center (DKFZ), na Alemanha, desenvolveu uma técnica inovadora para o tratamento do cancro da próstata, através da verificação do alcance dos protões, em tempo real e no corpo humano, durante a terapia de protões utilizada no tratamento desta doença.

Paulo Magalhães Martins, investigador do Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica (IBEB) da Ciências ULisboa é um dos investigadores desta equipa, assinando como primeiro autor dois artigos publicados sobre o tema: na Scientific Reports e na Scientific Data, partilhando a primeira autoria deste último artigo com Hugo Freitas, estudante de doutoramento no DKFZ.

A equipa é liderada por João Seco, professor da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, e integra também Stephan Brons, Benjamin Ackermann e Thomas Tessonnier, físicos médicos do Heidelberg Ion-Beam Therapy Center (HIT) do Heidelberg University Hospital, na Alemanha.

A investigação mereceu destaque na revista científica Physics World.

equipamento utilizado
Na imagem pode ver-se o nozzle de onde são irradiados os protões. Ao centro, o fantoma da próstata com o balão endoretal inserido e enchido com a mistura de água e dióxido de silício. Os detetores CeBr3 laterais são usados para fazer espectroscopia da radiação prompt gamma detetada. As fibras cintiladoras são usadas para fazer medidas do tempo de voo dos protões de modo a reduzir o ruído nos espectros prompt gamma

A terapia de protões é usada nos tumores mais difíceis de atingir e de tratar. No entanto, a elevada energia dos feixes de protões pode danificar células saudáveis em redor do tumor, o que reveste de enorme importância a verificação da distribuição da dose dada ao tumor. No caso do cancro da próstata, uma elevada dose aplicada à região retal está associada a um aumento da toxicidade gastrointestinal. A espectroscopia com radiação prompt gamma (PGS) permite medir desvios absolutos do alcance dos protões durante a terapia de protões. O objetivo é ter uma resposta, em tempo real, de forma a que eventuais movimentos dos órgãos sejam identificados e a sua irradiação seja evitada. Esta técnica assume uma particular importância no tratamento com protões do cancro da próstata.

Os investigadores têm vindo a trabalhar sobre o uso da técnica PGS para monitorizar a exposição da região retal à irradiação dos protões durante o tratamento deste cancro, tendo investigado o uso de um balão endoretal, usado normalmente para estabilizar o movimento da próstata, mas neste caso enchido com uma solução de dióxido de silício e inserido num fantoma da próstata (objeto inorgânico comumente utilizado para avaliar a performance de sistemas de radioterapia e medicina nuclear).

Os resultados demonstraram que o balão com a solução de dióxido de silício poderia ser usado como sonda para verificação do alcance dos protões durante uma sessão convencional de tratamento. Os investigadores validaram o método para vários ângulos de irradiação. Esta avaliação em tempo real da resposta poderá permitir aos médicos decidir se devem continuar ou corrigir o tratamento no sentido de evitar efeitos secundários gastrointestinais.

Os dados da investigação estão agora disponibilizados de modo a que outros investigadores reproduzam os seus resultados e avaliem geometrias, iões e fantomas alternativos. A próxima fase do processo será a construção de um protótipo clínico para ser utilizado na monitorização do tratamento com protões em pacientes.

IBEB com ACI Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

O que são líquidos iónicos? Num dos primeiros programas do ano, o Com Ciência entrevistou o professor e investigador da FCUL, Carlos Nieto de Castro sobre esta classe de solventes.

Desenho de uma figura masculina

A data de lançamento do livro ainda não é pública, mas o evento deverá ocorrer brevemente, na Faculdade de Belas-Artes da UL.

Ontem evocou-se o Dia das Doenças Raras. A fibrose quística é um desses males incomuns. A investigação científica é importante em todos os setores, mas ganha especial sentido em áreas como esta.

Cerca de 20 professores de Ciências da Natureza e Ciências Naturais de nove concelhos portugueses participam na atividade promovida pelo MNHNC-UL a decorrer até abril.

Imagem de um folheto promocional

A FCUL volta a marcar presença no evento, juntamente com outras unidades orgânicas da UL.

Fotografia com pontos de interrogação

Alunos finalistas aconselham Engenharia da Energia e do Ambiente. Testemunhos de Guilherme Gaspar e Ricardo Leandro.

Fotografia de mesa com cinco pessoas sentadas, na Reitoria da UL

A rede pretende formalizar colégios doutorais em áreas transversais. Opinião de Maria Amélia Martins-Loução.

Fotografia de pessoas sentadas num dos anfiteatros da FCUL

A iniciativa acontece a 17 de março e é organizada pelos Departamentos de Física e de Informática.

Fotografia de Dois voluntários, sentados junto a uma banca no átrio do C5

Em fevereiro estão abertas inscrições para a admissão de novos voluntários.

A FCUL participa em "Programa de Estudos Avançados" com mais quatro instituições universitárias portuguesas e brasileiras.

Vale a pena recordar a iniciativa do Gabinete de Mobilidade, Estágios e Inserção Profissional da FCUL.

Fotografia de alunos a andarem, junto ao C8

A primeira edição do curso realiza-se já em 2012.

Outra forma de fazer turismo.

Artigo de investigadores do CeGUL e docentes do GeoFCUL no Top 25.Artigo de investigadores do CeGUL e docentes do GeoFCUL no Top 25

O Encontro decorreu em Junho no GeoFCUL.

Páginas