O segredo da akaganéite

Impacto do meteorito e vulcanismo do Decão coincidem com morte dos dinossauros

Limite Cretácico-Paleogénico (K-Pg) registado em rochas que contém o mineral akaganéite, o marcador geológico com origem no vulcanismo do Decão (Índia) e que juntamente com o impacto do meteorito (México) contribuiu para a morte dos dinossauros

Eric Font

Eric Font, investigador do Instituto Dom Luiz (IDL) e docente do Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia (DEGGE) de Ciências, é o primeiro autor de um artigo recentemente publicado na Nature Scientific Reports que aborda as erupções vulcânicas de Decão, na atual Índia, e a sua relação com a extinção dos dinossauros no período do Cretácico-Paleogénico, há 66 milhões de anos.

A equipa de investigadores liderada por Eric Font  - Julie Carlut, Céline Rémazeilles, Tamsin A. Mather, Anne Nédélec, José Mirão & Sandra Casale -, já havia concluído que as erupções de um supervulcão, no planalto do Decão, contribuíram para a extinção em massa de várias espécies. O estudo foi publicado na revista internacional Geology, em 2016.

Agora, o mesmo grupo relata a ocorrência de akaganéite - um óxido de ferro que contém cloro, único e raro, em rochas sedimentares do final do Cretácio, em França, Espanha e Itália, e relaciona-a com a extinção das espécies.

De acordo com o comunicado de imprensa emitido pela Faculdade, a akaganéite é rara na Terra, pois a sua formação requer condições muito peculiares, nomeadamente um ambiente altamente oxidante, ácido e saturado em cloro. Os investigadores explicam que a formação de akaganéite no oceano Cretácico é muito pouco provável pelo que o aparecimento da mesma deve ter sido favorecido através da pluma vulcânica do Decão, onde as condições químicas necessárias para a sua formação estão preenchidas. Este mineral peculiar foi depositado em sedimentos localizados a mais de 8000 km de distância daquela província indiana, sugerindo que as suas partículas foram transportadas por todo o mundo, através da estratosfera e encontradas juntamente com concentrações anómalas de mercúrio.

A descoberta demonstra, assim, que as emissões de enormes quantidades de gases vulcânicos – altamente tóxicos para a vida -, foram cruciais para a extinção em massa do Cretácico-Paleogénico.

Curiosidades

- No final do Cretácico morreram 70% a 80% dos seres vivos da Terra.

- Para além dos dinossauros, as espécies marinhas foram as mais afetadas.

- O vulcão existente no Decão tinha o dobro do tamanho da atual França e esteve em atividade durante milhares de anos.

Raquel Salgueira Póvoas, Área de Comunicação e Imagem
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

Jean-Paul Montagner, Institut de Physique du Globe, Université Paris-Diderot, Paris, France

António Castelo, Aidnature

"Recordo-me sobretudo dos professores e da matéria que dava nas aulas. A minha pancada com evolução é forte e já nessa altura era. Ainda hoje nada me dá mais prazer do que aprender e compreender como funciona a vida na terra. Tive muito bons professores durante o curso e isso foi fundamental até quando, mais tarde, saí para fazer o mestrado em Inglaterra", conta o antigo aluno de Biologia de Ciências, António Castelo.

Expedição Aidnature

“Cada animal, cada comportamento é um desafio. O momento em que conseguimos a imagem de que estamos à espera e que imaginámos na nossa cabeça, é de uma adrenalina enorme, que contrasta com a paz que é estar horas no campo à espera”, declara António Castelo, antigo aluno do curso de Biologia de Ciências, agora biólogo na Aidnature.

 Nos dias 29 e 31 de outubro de 2014 realiza-se uma reunião em Heildelberg, na Alemanha, com o intuito de apresentar os 106 novos membros ao EMBO Council.

Ano Internacional da Cristalografia 2014

O Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa associa-se à comemoração do Ano Internacional da Cristalografia.

MATEMÁTICA E ENSINO

De acordo com o Despacho do Senhor Diretor da Faculdade, a eleição do Presidente do Departamento de Matemática terá lugar no próximo dia 30 de Maio.

Conferência no dia 16 de Maio, 11h30, anfiteatro 3.2.15, Edifício C3, FCUL, Campo Grande, Lisboa.

Marta Lourenço

Marta Lourenço, membro do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, da Secção Autónoma de História e Filosofia das Ciências e subdiretora do Museu Nacional de História Natural e da Ciência foi galardoada com a Medalha George Sarton pela Universidade de Gent.

Imagem de Octávio Pinto

O seminário integrado na disciplina de Agricultura e Florestas, do mestrado em Ecologia e Gestão Ambiental, realiza-se dia 7 de maio, pelas 11h15, no edifício C2, 2.º piso, sala 2.2.14.

Christoph Meyer

Christoph Meyer começou a trabalhar no Centro de Biologia Ambiental de Ciências, em fevereiro de 2009. A estadia em Ciências tem corrido bem.

Tectonics and Neotectonics of the western North America and Associated Hazards

Conferência no dia 29 de Maio, 12h00, sala 6.2.56, Edifício C6, FCUL, Campo Grande, Lisboa.

EuroGP2014

Stefano Ruberto, Leonardo Vanneschi, Mauro Castelli & Sara Silva foram distinguidos com o best paper award for EuroGP 2014, durante a "17th European Conference on Genetic Programming", ocorrida entre 23 e 25 de abril, em Granada, Espanha.

A Biblioteca do Conhecimento Online, celebra o seu 10.º Aniversário

“Nestas formações, ensina-se, entre outros aspetos, a detetar situações de paragem cardiorrespiratória precocemente, a saber ligar o 112 rapidamente, sabendo dizer o que é importante, e iniciar manobras básicas, como compressões torácicas para manter alguma circulação e oxigenação dos órgãos vitais até à chegada de ajuda”, explicou o formador do INEM, Rui Rebelo.

The biosphere-atmosphere interactions mediate the largest exchanges in the global carbon cycle. Understanding the role of climate and other environmental factors on the carbon cycle of terrestrial ecosystems is key for assessing vulnerabilities and future feedback into the climate system.

A reportagem multimédia “Sonhar com o futuro” inclui testemunhos de candidatos ao ensino superior e que participaram na edição do ano passado do Dia Aberto.

Carla Nunes, Maria M. M. Santos e Carlos Baleizão

Os desafios que os novos mecanismos de financiamento suscitam apelam à criação de equipas multidisciplinares e complementares que incrementem o impacto da investigação desenvolvida.

Com o objetivo de mostrar as funções, tarefas e responsabilidades do cientista, o Departamento de Química e Bioquímica, o Departamento de Biologia Vegetal  e o IBEB receberam nos seus laboratórios 12 alunos do 12.º ano do Colégio São João de Brito.

Imagem editada pelo DI

O project Lusica e a contribuição para a exposição Retro Computing no 

Pormenor do cartaz do Programa de Estímulo à Investigação 2013

Entre 1994 e 2013, a Fundação Calouste Gulbenkian atribuiu bolsas a 32 alunos da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa ao abrigo do Programa de Estímulo à Investigação. Na última edição Alexandra Symeonides e Sara Realista foram as felizes contempladas.

Alexandra Symeonides

“A Fundação Calouste Gulbenkian, com este incentivo, está a permitir-me começar uma atividade de investigação na área da análise estocástica mas, sobretudo, está a permitir-me ganhar bagagem para vir a explorar esta área em projetos a outros níveis”, reforça a investigadora do Grupo de Física Matemática da Universidade de Lisboa.

“Toda a minha formação académica - licenciatura e mestrado -, ocorreu na Faculdade e foi sem dúvida esta instituição que contribuiu para a obtenção deste prémio. Proporcionou-me os melhores ensinamentos tanto a nível pessoal como a nível científico, tendo em conta os excelentes profissionais que nela estão inseridos”, declara a cientista Sara Realista.

NASA, ESA, Hubble Heritage (STScI/AURA)-ESA/Hubble Collaboration, e A. Evans (University of Virginia, Charlottesville/NRAO/Stony Brook University)

O projeto internacional de “ciência cidadã” consiste numa plataforma online pioneira, que procura o envolvimento do público na classificação visual de milhões de galáxias.

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