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Num dia de semana normal, Diogo Aguiar e Guilherme Afonso costumam marcar presença nas salas de aulas do Liceu Camões, mas na terça-feira passada a rotina alterou-se e os dois acabaram por ir parar à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (ULisboa), numa visita organizada através programa SEED, da Câmara Municipal de Lisboa (CML). Ambos alunos do histórico liceu lisboeta não deram o tempo por perdido – e ambos admitiram até mudar de rotina depois do secundário. “Gostava imenso de ter uma empresa”, diz Diogo Aguiar. “Estas visitas são úteis para quando tiver de escolher uma faculdade”, acrescenta. Guilherme Afonso não destoa nos comentários: “É muito importante poder explorar o que há nesta Faculdade. Caso queira estudar aqui, já sei o que vou encontrar e o que tenho de fazer”.

Desde 2022 que o projeto SEED – Sensibilização para o Empreendedorismo e Inovação tem vindo a promover visitas de alunos do 9º ao 12º anos a diferentes faculdades da área de Lisboa que se associaram a esta iniciativa da CML. Nos últimos três anos, o projeto contou com a participação de 17 escolas lisboetas, 137 turmas e mais de 3.400 alunos, referem as páginas institucionais da CML. “Em cada ano letivo há quatro a seis visitas à nossa Faculdade que são organizadas pelo SEED”, refere Ana Prata, professora convidada de Ciências ULisboa para os temas de inovação, empreendedorismo e tecnologias. “Com o SEED, Ciências ULisboa abre portas aos alunos do futuro!”, acrescenta.

A mais recente vaga de visitantes repartiu-se entre manhã e tarde de terça-feira – com estimativas iniciais que apontavam para um total de 100 alunos do Liceu Camões. No roteiro delineado para aquele dia, constava uma visita-guiada pelo campus e cerca de uma hora de formação relacionada com as temáticas de empreendedorismo.

“Há empreendedorismo na área social, na área da saúde, na área da economia e muitas outras áreas. O objetivo é abranger as várias áreas estruturais para poder mostrar como é que estes estudantes podem ser empreendedores e ir para um laboratório com uma ideia luminosa que, eventualmente, pode ser útil para desenvolver um medicamento ou outra coisa qualquer que seja inovadora. Para isso achamos que só têm a ganhar em visitar a faculdade”, descreve Susana Ramos, que tem vindo a trabalhar com o projeto SEED dentro do Departamento de Economia, Empresas e Empreendedorismo, da CML.

Quem costuma acompanhar de perto o crescimento de startups e ideias de negócio sabe que o empreendedorismo também é algo que se cultiva de tenra idade. “Muitos dos jovens que participam no programa até podem nem vir a empreender um negócio no futuro, mas o objetivo é que sejam intraempreendedores nos seus trabalhos e que mostrem proatividade e sentido crítico na resolução de problemas. Ao mesmo tempo, é relevante porque a criação do próprio emprego pode e deve ser uma opção para os jovens que saem das universidades”, sublinha Inês Neto, coordenadora do Gabinete de Inovação de Ciências ULisboa.

Para parte dos visitantes de terça-feira, as temáticas do empreendedorismo já não são propriamente inéditas. António Gabriel, professor do Liceu Camões, recorda que a participação da escola lisboeta no SEED já leva dois anos e, no passado recente, os estudantes tiveram mesmo a possibilidade de desenvolver ideias de negócio no Ginásio do Empreendedor, que é um parceiro do projeto municipal.

“Na nossa escola, tentamos sempre fazer a ligação aos parceiros da comunidade”, responde o professor do Liceu Camões. “É importante ir aos locais e contactar, com outros pares, que embora estejam no ensino superior, são estudantes e podem ajudar a perceber a realidade e ajudar a fazer escolhas futuras”, acrescenta António Gabriel.

Precisamente para fomentar a ligação à comunidade, coube a alguns alunos de Ciências ULisboa assumirem a missão de cicerones durante a visita guiada por vários edifícios, salas de aulas e áreas do saber, mas com um desafio pelo meio: Todos estes “guias” voluntários foram incentivados a definir itinerários que permitissem recordar experiências que tiveram no passado.

“Queremos dar a conhecer as pessoas e a alma de Ciências ULisboa, através de histórias de vida que acontecem nesta Faculdade. O que se aprende numa faculdade não é dissociável das pessoas. Há uma aprendizagem profissional, mas também há uma aprendizagem de âmbito pessoal”, acrescenta Ana Prata.

A captação de novos alunos é apontada como uma das mais-valias da parceria com o projeto SEED, mas Ana Prata recorda que também há ensinamentos a extrair destas visitas com alunos do secundário. “A Faculdade beneficia desta exposição junto dos alunos do secundário, mas também obtém benefícios ao perceber quais as expectativas desses estudantes. É algo que pode vir a ser importante para, eventualmente, alinhar ofertas formativas e da área da investigação com o que estes jovens pretendem para o futuro”, conclui a professora de Ciências ULisboa.

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