No Campus com Helder Coelho

Software e Conhecimento

Helder Coelho

Temos massa crítica suficiente nas empresas de software criadas em Portugal? E, será que estamos a construir, na universidade, as bases sólidas para as alimentar convenientemente com capital humano? As respostas não são totalmente positivas. A emigração de engenheiros informáticos, nos quatro últimos anos, para vários países da Europa (e do mundo) deixou-nos desfalcados, bem como o desprezo da FCT pelas TIC (redução do orçamento de ciência de 1.6% do PIB para 1.29%, assim como a redução do pessoal científico em 50%, e a diminuição forte dos projetos de I&DE). O que fazer para ultrapassar este impasse? Pensar um pouco.

Frequentemente, fala-se de software como produto e muito poucas vezes como conhecimento (ou como um meio de armazenamento de pensamentos). No entanto, o que colocamos num programa não é mais do que pensámos enquanto estivemos a atacar a resolução de um certo problema, ora com procedimentos, declarações, ou ainda com objetos. Será que quando escrevemos essas linhas de um código estávamos conscientes da reflexão, da extensão dos nossos processos cognitivos? E, porque não pensamos mais sobre os nossos programas?

Pensar serve para diversas coisas, tem outras funções, ora para a cooperação social no dia-a-dia, para raciocinar, identificar relações de semelhança, planear como fazemos em seguida, prever o que virá a seguir, ou mesmo agir ao tomar decisões que exigem alguns momentos de calma, antes de se cometerem asneiras.

Daniel Kahneman, um psicólogo que obteve o prémio Nobel da Economia em 2002, escreveu o livro “Thinking Fast and Slow” (2011) para nos ensinar que a inteligência precisa da intuição, e isso explica aqueles modos de pensar, com duas velocidades. Nós gostamos de construir (redes), mas também de abstrair ideias, de reconhecer padrões (caras de pessoas, imagens), de classificar coisas e de percecionar com os nossos sentidos os ambientes que nos envolvem. Isso dá-nos um poder de enfrentar a complexidade e ajuda-nos a fugir do perigo e de alguns cataclismos. Mas, sobretudo, somos hábeis a lidar com pensamentos (fluxos de ideias), conscientes e intencionais, graças a mecanismos vários capazes de abordarem padrões de dados e processos (conhecimentos): aceder, procurar, comparar, combinar e estruturar (meta, meta-meta, híbridos de padrões). E, também pensar os pensamentos.

Desde os anos 50 que se aborda a mecanização do bom senso (senso comum), sem muito sucesso, e com múltiplas linguagens e outras ferramentas. O progresso tem sido lento, e os recursos humanos muito pobres. O software CYC, o OpenMind Common Sense, o EM-ONE, o DeepQA, o Watson, o Google Translate ou os projetos em redor do processamento da língua natural ou da tradução automatizada (de línguas) avançaram devagar. Mais, hoje em dia compreendem-se os desafios desta iniciativa e como algumas vias se aproximam, nomeadamente a necessidade de agregar vários raciocínios (taxonómico, temporal, qualitativo, de ação e de mudança) para que cooperem entre si (veja-se a situação atual em Comm. of the ACM, September, pp. 92-103, 2015).

Olhando para uma cidade como Lisboa o que nos surpreende é não descobrirmos enlaces oportunos que transformem a cidade em mais atrativa e agradável para os seus habitantes. Para quando aproveitarmos as potencialidades criativas, como as Lojas do Cidadão, de uma forma mais leve e fazermos as coisas à distância e online, em vez de estarmos horas em filas? Não seria a Informática a tecnologia adequada para construir serviços mais inteligentes e distribuídos, e evitar martirizar as pessoas na filas de espera? E, isso não poderia atrair jovens para conceberem ideias capazes de inovar as lojas e de as tornar mais flexíveis? Que tal uma Via Verde, agora para os serviços? E, para quando a melhoria desta ideia? Uma visita curta às Laranjeiras permite observar como as lojas podem ser ainda mais amigas dos cidadãos.

Helder Coelho, professor do Departamento de Informática de Ciências

A FCUL vai ser representada pelas equipas Bytech e StackTracers compostas por alunos do segundo ano da licenciatura em Engenharia Informática.

Collapse Caldera Systems

Conferência no dia 28 de Outubro, 17h00, Edifício C6, FCUL, Campo Grande, Lisboa.

Teresa Chambel

“Multisensory Mixed Reality with Smell and Taste” é o título da palestra do orador convidado Adrian Cheok, professor de Pervasive Computing, na City University London, no Reino Unido.

A Corda Pelo Botânico

O encontro estava marcado para sábado, 19 de Outubro, pelas 16h para começar a esticar mais de 1 km de corda desde a Praça da Alegria e do jardim do Príncipe Real até ao Jardim Botânico.

A instalação de iluminação solar nas escolas remotas nas ilhas de São Tomé e Príncipe, perto do equador, na África Ocidental foi um dos objetivos deste projeto, que pretendeu contribuir para o aparecimento de um mercado local na área da energia solar fotovoltaica.

O modelo foi aplicado ao campus da FCUL mostrando que o aproveitamento da radiação solar nas fachadas dos edifícios permite duplicar o seu potencial solar.

A Qmetrics, SA, empresa de consultoria nas áreas de gestão, estudos de mercado e relacionamento com o cliente, oferece estágio profissional. O candidato deverá apresentar grau académico em

Apesar de já existir há dois anos e meio, numa altura do ano em que chegam à FCUL mais algumas centenas de novos alunos, é importante divulgar a existência do Sistema de Impressão da FCUL para alunos.

No âmbito da avaliação de unidades promovida em 2013 pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, o Centro de Matemática, Aplicações Fundamentais e

Oportunidades além-fronteiras

No decorrer do encontro entre a FCUL e o Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o professor João Graciano Mendonça Filho, responsável por este centro, em jeito de “convite” alertou: “O Brasil precisa de geólogos. Há falta de especialistas desta área no nosso país!”.

No dia 6 de Janeiro de 2014 a FCUL associa-se ao seu Departamento de Matemática para prestar homenagem à memória de Miguel Ramos, matemático e professor desta casa.

Concurso Externo - Estágios Profissionais Remunerados de Recém-Licenciados para Técnico Administrativo
REQUISITOS

Rita Zilhão

A participação interessada e com sucesso dos alunos, é um incentivo para a mobilidade académica de estudantes entre as duas universidades.

É já no próximo sábado mais uma Feira no Botânico. Não perca!

 

Para mais informações:

A principal missão do Departamento de Matemática é a da promoção do ensino e da investigação da Matemática, contribuindo para a criação e transmissão do conhecimento nesta área, bem como

Capa da Agenda FCUL 2012/2013

- Qual é coisa, qual é ela? É retangular e a cor varia normalmente todos os anos. Tem argolas e mais de 200 páginas. Pode-se usar todos os dias ou só em determinadas ocasiões. Sim, é fácil adivinhar! É a Agenda FCUL 2013/2014 e já “anda de mão em mão”…

Fórum Bolsas UL/FAD

“Numa época de crise e com falta de emprego, a solução por vezes é mais simples do que emigrar: criar o próprio emprego e gerar emprego. Este projeto "lançou-me" não só a nível académico (…) como profissional, estando neste momento a desenvolver uma empresa”, informou o antigo aluno do mestrado integrado em Engenharia Biomédica e Biofísica da FCUL, Ricardo Santos.

 Mestrados do DEIO 2013-14

“Com um simples azulejo” é uma iniciativa do Departamento de Matemática da FCUL dirigida a alunos do 1ºciclo e 2ºciclo do Ensino Básico e destinada a explorar transformações geométricas no plano.

A experiência profissional da cientista iniciou-se na casa que a formou, a FCUL, em 1999, enquanto doutoranda. Nessa altura, exercia funções de investigadora e supervisora de projetos de alunos de licenciatura. Atualmente, o percurso profissional, “continua dentro de casa”.

Trial do Journal of Visualized Experiments

“ (…) Pretendo fazer investigação aplicada, em particular na área da Biotecnologia Vegetal, que possa contribuir para a sociedade e para a economia do país”, refere a investigadora da FCUL que acaba de lançar um artigo na “Food Chemistry, Ana Margarida Fortes.

Isabel Fraga Alves

A Teoria dos Valores Extremos e a Inferência Estatística daí decorrente, têm vindo a invadir de forma transversal um largo espectro de áreas aplicadas e que vão desde ciências ambientais às financeiras, numa interface din&aci

Livros e giz

Um programa alicerçado na preocupação do axiomatizar, que valoriza o “formalismo pelo formalismo”, que rejeita a possibilidade de compreensão de conceitos e procedimentos, dificulta a tarefa do professor, para além de se distanciar das orientações dos programas do Reino Unido, de Singapura e dos EUA.

No seguimento da nomeação de Carlos Nieto de Castro como delegado nacional no Domínio da Química e Ciências Moleculares, em março deste ano, esta é a primeira reunião a ter lugar no campus da FCUL, em Lisboa.

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