Em homenagem a Carlos Mateus Romariz Monteiro

Carlos Mateus Romariz Monteiro

Professor Romariz em 2006

António Pedro Brum

Faleceu a 9 de fevereiro de 2018, com 97 anos, Carlos Mateus Romariz Monteiro.

Licenciado em Biologia e Geologia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em 1948, cumpriu toda a sua carreira académica nesta escola, dela fazendo segunda casa, e dos docentes, investigadores, estudantes e funcionários, a sua segunda família.

Iniciou-se na investigação como auxiliar naturalista no Museu, Laboratório e Jardim Botânico em 1948 e em 1955 integrou como assistente o corpo docente da Secção de Mineralogia e Geologia da FCUL. Doutorou-se em 1962, obteve o grau de professor extraordinário dois anos depois e foi professor catedrático do Departamento de Geologia a partir de 1974. Pertenceu ao Centro de Geologia da Universidade de Lisboa desde a sua fundação, em 1956, e coordenou durante mais de duas décadas esta unidade de investigação, onde muitos jovens completaram trabalhos de fim de curso ou ensaiaram os primeiros passos na investigação.

A sua produção científica iniciou-se na segunda metade da década de 1940 com trabalhos de investigação em botânica e paleopalinologia. Publicou obra de referência sobre Paleontologia de graptólitos, mas também investigou (e lecionou) Petrografia de rochas ígneas e sedimentares, Paleontologia, Sedimentologia, Estratigrafia. A partir de 1980 publicou sobre temas de Hidrogeologia e Geologia Costeira.

Desde cedo abraçou com inesgotável entusiasmo a renovação do ensino e investigação da Geologia portuguesa, projeto que viveu muito para além da jubilação, em 1990, ano após o qual continuou a visitar regularmente a sua escola, trazendo sempre consigo uma lembrança para colegas e amigos sob a forma de um novo projeto ou ideia.

Foi pioneiro na introdução dos estudos em Sedimentologia na Universidade de Lisboa e impulsionou decisivamente a formação pós-graduada em Geologia na FCUL, em particular nos domínios da Geologia Aplicada e do Ambiente.

Intransigente defensor da relevância do conhecimento geológico na sociedade moderna, fundou o Departamento de Geologia da FCUL em 1981 a que presidiu durante mais de duas décadas. Ao longo destes anos soube construir uma Escola, dentro da (sua) Escola, cumprindo plenamente a mais nobre missão da Universidade.

Dotado de espírito eclético, académico de grande visão, foi também precursor na valorização e concretização da transferência de conhecimento, sobretudo nas áreas da Hidrogeologia, Geotecnia e Geologia Costeira. Pugnou incansavelmente pela afirmação da Geologia Aplicada enquanto tema aglutinador de ensino, investigação dirigida e formação profissional diferenciada, opções que revelam visão estratégica muito à frente do seu tempo. Defensor convicto da divulgação do conhecimento em língua portuguesa dentro e extramuros da academia, nomeadamente, junto de outros povos que a partilham, fundou e dirigiu a revista Geolis. Organizou encontros internacionais sobre temas de Geologia Aplicada na Universidade de Lisboa, estreitando ligações entre pessoas e instituições e fomentando colaborações duradouras.

À curiosidade do investigador e empenho do professor, juntou-se o carinho pela escola, a capacidade de organização dos recursos e do espaço e as reconhecidas qualidades de liderança. A conceção e construção da nova FCUL no espaço da Cidade Universitária e particularmente a instalação do Departamento de Geologia no edifício C6 nos moldes em que se encontra atualmente, são destes atributos talvez o melhor exemplo. Em 2017 o Departamento homenageou o Professor Romariz dando o seu nome à Biblioteca do Departamento, pela qual sempre se interessou e organizou já depois de jubilado.

O Professor Romariz deixou uma escola de Geologia Aplicada em Portugal e são muitos os seus alunos e amigos que exercem a profissão de geólogo ou ensinam nas nossas universidades e escolas.

Docentes e investigadores do Departamento de Geologia
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

O que são líquidos iónicos? Num dos primeiros programas do ano, o Com Ciência entrevistou o professor e investigador da FCUL, Carlos Nieto de Castro sobre esta classe de solventes.

Desenho de uma figura masculina

A data de lançamento do livro ainda não é pública, mas o evento deverá ocorrer brevemente, na Faculdade de Belas-Artes da UL.

Ontem evocou-se o Dia das Doenças Raras. A fibrose quística é um desses males incomuns. A investigação científica é importante em todos os setores, mas ganha especial sentido em áreas como esta.

Cerca de 20 professores de Ciências da Natureza e Ciências Naturais de nove concelhos portugueses participam na atividade promovida pelo MNHNC-UL a decorrer até abril.

Imagem de um folheto promocional

A FCUL volta a marcar presença no evento, juntamente com outras unidades orgânicas da UL.

Fotografia com pontos de interrogação

Alunos finalistas aconselham Engenharia da Energia e do Ambiente. Testemunhos de Guilherme Gaspar e Ricardo Leandro.

Fotografia de mesa com cinco pessoas sentadas, na Reitoria da UL

A rede pretende formalizar colégios doutorais em áreas transversais. Opinião de Maria Amélia Martins-Loução.

Fotografia de pessoas sentadas num dos anfiteatros da FCUL

A iniciativa acontece a 17 de março e é organizada pelos Departamentos de Física e de Informática.

Fotografia de Dois voluntários, sentados junto a uma banca no átrio do C5

Em fevereiro estão abertas inscrições para a admissão de novos voluntários.

A FCUL participa em "Programa de Estudos Avançados" com mais quatro instituições universitárias portuguesas e brasileiras.

Vale a pena recordar a iniciativa do Gabinete de Mobilidade, Estágios e Inserção Profissional da FCUL.

Fotografia de alunos a andarem, junto ao C8

A primeira edição do curso realiza-se já em 2012.

Outra forma de fazer turismo.

Artigo de investigadores do CeGUL e docentes do GeoFCUL no Top 25.Artigo de investigadores do CeGUL e docentes do GeoFCUL no Top 25

O Encontro decorreu em Junho no GeoFCUL.

Páginas