Cientistas estudam mortalidade da fase larvar da sardinha

Larva de sardinha

Imagem cedida pelos autores do estudo

Susana Garrido liderou a investigação

Cada fêmea de sardinha emite aproximadamente 20.000 óvulos por semana. Apesar da grande fecundidade da espécie, uma parte muito significativa das larvas de sardinha morrem logo após a fase de ovo - independentemente do alimento disponível e na ausência de predadores - e as que nascem mais pequenas não têm qualquer hipótese de sobrevivência.

Estes são os resultados de um trabalho realizado no âmbito do projeto de investigação VITAL, ocorrido entre 2010 e 2014, liderado por Susana Garrido, na época investigadora de pós-doutoramento de Ciências ULisboa, atualmente a desenvolver a sua atividade profissional no Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Outros investigadores já haviam estudado o assunto, mas a maioria desses trabalhos centraram-se nas causas ambientais desta mortalidade, como a falta de alimento e a predação das larvas. Neste trabalho, os cientistas estudaram a mortalidade da fase larvar da sardinha, procurando determinar se fatores intrínsecos, como o tamanho com que as larvas eclodem - relacionado com fatores genéticos ou maternais -, influenciam a viabilidade das larvas.

“Num contexto de alterações climáticas, em que o aumento da temperatura influencia as taxas metabólicas e consequentemente o tamanho à eclosão das larvas, esta mortalidade seletiva pode ter importantes consequências na dinâmica destas populações com elevado interesse económico”
Susana Garrido

Born small, die young: Intrinsic, size-selective mortality in marine larval fish” - da autoria de Susana Garrido, Radhouan Ben-Hamadou, Miguel Santos, Susana Ferreira, Alexandra Teodósio, Unai Cotano, Xabier Irigoien, Myron Peck, Enric Saiz e Pedro Ré - , apresenta os resultados desta investigação e foi publicado online na Scientific Reports, a 24 de novembro de 2015.


Ovos de sardinha
Imagem cedida pelos autores do estudo

Susana Garrido liderou a investigação e desenhou as experiências em colaboração com o investigador do IPMA, Miguel Santos e o professor de Ciências ULisboa, Pedro Ré, contando ainda com a colaboração dos consultores do projeto – o professor da Universidade de Hamburgo, Myron Peck e o investigador do CSIC Barcelona, Enric Saiz.

Os autores do artigo estudaram larvas cultivadas em laboratório, em particular nas instalações do Oceanário de Lisboa, onde um cardume de sardinhas foi mantido em condições controladas desovando frequentemente e também em larvas recolhidas no mar, nomeadamente na Baía da Biscaia. Susana Garrido colabora há vários anos com investigadores do AZTI, no País Basco, estudando a ecologia de larvas de peixes pelágicos. Unai Cotano e Xabier Irigoien, investigadores do AZTI, foram responsáveis pela colheita das larvas no mar.

MODELA > VITAL

O projeto VITAL liderado por Ciências ULisboa, em colaboração com o Oceanário de Lisboa e o CCMAR, surge na sequência do projeto MODELA, liderado pelo IPMA. Ambos foram financiados pela FCT. O primeiro visou modelar a fase larvar da sardinha ao largo da costa continental portuguesa com o intuito de compreender as principais causas de mortalidade nesta fase. O segundo procurou obter parâmetros reais da variação da sobrevivência e crescimento das larvas em função dos fatores ambientais.

Pedro Ré coordenou o trabalho experimental dedicado à análise de otólitos, realizado maioritariamente pela bolseira Susana Ferreira, orientada por Susana Garrido e pela professora Alexandra Teodósio do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve (CCMAR). A análise estatística e a apresentação gráfica dos resultados foram realizadas por Radhouan Ben-Hamadou, presentemente na Universidade do Qatar.

O grupo continua os estudos nesta linha de investigação. Querem aprofundar o conhecimento da ecologia dos peixes pelágicos, nomeadamente as causas das variações da abundância e distribuição da sardinha, especialmente da fase larvar. Desta forma também esperam conseguir uma melhor gestão destes recursos.

“Uma vez que o stock ibérico de sardinha se encontra nos mínimos históricos de abundância, torna-se essencial avançar no conhecimento da sua ecologia, permitindo no futuro uma abordagem ecológica à sua gestão”, conclui Susana Garrido.


Larva de sardinha
Imagem cedida pelos autores do estudo

 

Ana Subtil Simões, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura de Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

Em plena emergência climática, um grupo de investigadores desenvolveu um novo método de criar hidrogénio a partir da água e que pode fomentar novas oportunidades para a captura de energia renovável. “Este estudo permite uma melhor compreensão dos resultados experimentais e poderá guiar estudos futuros da mesma linha temática”, refere Nuno A. G. Bandeira, investigador do DQB Ciências ULisboa, do CQB, do BioISI e um dos autores do artigo.

Margarida Dionísio Lopes, João Brito, Inês Ramos, Débora Borges Santos com Luís Carriço

A equipa Nikola Tesla foi a grande vencedora desta segunda edição dos Innovation Days, com a Keep on Care, uma aplicação que ajuda os cuidadores informais a organizarem as suas atividades e a contactarem especialistas. Leia a crónica publicada no blog do Centro de Inovação da Faculdade.

Topografia de um modelo geodinâmico

Um novo estudo publicado na prestigiada revista Nature Communications e no qual estiveram envolvidos João C. Duarte, investigador do DG Ciências ULisboa e do IDL e Filipe M. Rosas, professor do DG Ciências ULisboa e investigador do IDL, mostrou que a resposta a esta pergunta se encontra na fronteira entre o oceano Pacífico e a margem continental do este asiático, junto ao Japão e às Filipinas, já que nesta zona existe um limite de placas tectónicas caracterizado pela presença de grandes zonas de subducção, onde diversas placas tectónicas mergulham umas sob as outras.

Ondas de calor de 1 a 7 de agosto de 2018 (à esquerda) e de 24 a 30 de junho de 2019 (à direita). As cores indicam o número de dias com intrusão de massa de ar quente proveniente do norte de África. Os pontos a negro identificam as regiões que, pela primeira vez (pelo menos desde 1948), foram afetadas por uma massa de ar com essas características

Um grupo de investigadores descobriu que as intrusões de massas de ar provenientes do Saara aumentaram de frequência, particularmente desde meados da década de 1970, concluindo ainda que estes fenómenos atingem latitudes cada vez mais a norte no espaço europeu. O grupo integra investigadores de Ciências ULisboa e do IDL, entre outras instituições portuguesas e estrangeiras.

A equipa de cerca de 170 EU Careers Ambassador de 2019/2020 de vários países da UE

No ano letivo de 2019/2020, todos os estudantes de Ciências ULisboa que tenham interesse e dúvidas sobre as carreiras da União Europeia (UE) poderão contactar Catarina Hoosseni por email eucareers.fcul@gmail.com ou via LinkedIn! A aluna da Ciências ULisboa do último ano do mestrado integrado em Engenharia Biomédica e Biofísica está disponível para aconselhar e explicar todo o processo de recrutamento na UE!

Comité de Gestão da Ação COST CA15216 reuniu-se em Ciências ULisboa

Comité de Gestão da Ação COST CA15216 reuniu-se no campus da Ciências ULisboa. O objetivo desta ação é decifrar os segredos dos organismos que produzem bioadesivos e usar as suas propriedades invulgares, nomeadamente boa adesão na presença de fluidos, convertendo-os em novos produtos com aplicações médicas e industriais.

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Estudo da UCL e do CFTC Ciências ULisboa pode ser útil no controlo de ecossistemas microbióticos e no desenvolvimento de dispositivos médicos. Entrevista com Nuno Araújo e Vasco Braz, autores do artigo publicado na Nature Communications.

Propagação de bactérias (E.coli) num meio com obstáculos. Cada linha representa a trajetória de uma bactéria diferente

A propagação de bactérias perto de superfícies é fortemente influenciada pela presença de obstáculos. Investigadores da University College London, no Reino Unido e do Centro de Física Teórica e Computacional da Ciências ULisboa publicaram recentemente um estudo na revista Nature Communications, cujos resultados contribuem para o conhecimento de uma das áreas mais ativas da Física da Matéria Condensada - o estudo de matéria ativa em ambientes complexos.

"Quando há 50 anos, em julho de 1969, astronautas norte-americanos (missão Apollo 11) pousaram pela primeira vez na Lua as suas impressões registaram uma imensa desolação. O ambiente, sem vida ou atmosfera, que aí foram encontrar quadrava bem com o nome atribuído à grande planície crivada de crateras onde haviam chegado: o Mar da Tranquilidade." Crónicas em Ciências com Luís Tirapicos.

Campus Ciências ULisboa

No passado dia 4 de outubro ocorreu um incidente num laboratório do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), em Ciências ULisboa.O edifício foi evacuado e dado o alerta para os meios externos de socorro, que em articulação com o sistema de segurança da Faculdade rapidamente controlaram a ocorrência.Não houve qualquer vítima, nem danos materiais a registar.

LMG

Investigação liderada por cientistas do polo da Ciências ULisboa do MARE revela como os mutualismos de limpeza marinhos lidam com o aquecimento e acidificação dos oceanos. José Ricardo Paula, primeiro autor do artigo publicado recentemente na revista Scientific Reports do grupo Nature, está inscrito no doutoramento de Biologia - especialidade de Biologia Marinha e Aquacultura e sempre foi apaixonado por comportamento animal, cooperação e mutualismos - especialmente debaixo de água.

 LxUs

"Fomos os mais rápidos, mas não conseguimos trazer o troféu para casa. Não importa, a jornada já foi o próprio prémio." Crónicas em Ciências com o professor Hugo Ferreira. O tema em foco é a competição internacional de estudantes universitários SensUs e a equipa da ULisboa que competiu ao lado de outras 13, provenientes de universidades da Europa, América do Norte, China e Egito.

Projeto RESISTIR visa apoiar e implementar novos sistemas de medicina preditiva, personalizada, preventiva e participativa

Ciências ULisboa e a Maxdata Software apresentam a 26 de setembro, entre as 14h00 e as 17h45, na sala de atos, no edifício C6, no campus da Faculdade, os principais resultados do RESISTIR. O projeto visa apoiar e implementar novos sistemas de medicina preditiva, personalizada, preventiva e participativa e insere-se num consórcio que junta o BioISI, o LaSIGE; entidades empresariais na área de eHealth e diversas instituições de saúde.

Um grupo de investigadores da ULisboa está cada vez mais perto de conseguir criar um processo economicamente viável de reciclagem do dióxido de carbono responsável pelo efeito de estufa

Um grupo de investigadores da ULisboa está cada vez mais perto de conseguir criar um processo economicamente viável de reciclagem do dióxido de carbono responsável pelo efeito de estufa. Paulo N. Martinho, investigador de Ciências ULisboa, coordenou este trabalho, que dada a relevância dos resultados obtidos foi capa recentemente de uma das edições da conceituada revista Chemistry – A European Journal.

Rebecca Bell

Rebecca Bell, professora do Imperial College London, no Reino Unido, é a oradora da palestra do distinguished lecturer programme do European Consortium for Ocean Research Drilling (ECORD), coorganizada pelo Instituto Dom Luiz Ciências ULisboa. A especialista em Tectónica irá falar sobre um novo tipo de sismos, os chamados sismos lentos.

João Ricardo Silva, Deyi Xiong, António Branco, Changjian Hu, diretor do Grupo de Linguagem Natural da Lenovo, Rodrigo Santos e João Rodrigues

Um grupo de investigadores do Grupo de Fala e Linguagem Natural (NLX) do Departamento de Informática de Ciências ULisboa visitou, em julho passado, o Laboratório de Inteligência Artificial da Lenovo, no âmbito de um projeto de intercâmbio científico, coordenado por António Branco, professor do DI e coordenador do NLX.

Siluro marcado na albufeira da Barragem de Belver por investigadores do projeto FRISK

FRISK visa descobrir as rotas predominantes de chegada dos novos peixes não indígenas através da utilização integrada de ferramentas moleculares, modelação espacial, seguimento dos movimentos dos peixes e ciência cidadã. Leia a crónica de Filipe Ribeiro, investigador principal do projeto e do polo de Ciências ULisboa do MARE.

Campus Ciências ULisboa

Ciências ULisboa continua a ser uma referência no ensino superior, preenchendo a totalidade das vagas na 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao ensino superior. Leia o artigo de Pedro Almeida, subdiretor da Faculdade.

Samsung Galaxy

A maior conferência Android do mundo, com 11 anos de existência e presente em mais de 25 cidades por todo o mundo, - Droidcon Lisboa 2019 - realiza-se pela primeira vez em Portugal nos dias 9 e 10 de setembro, no campus de Ciências ULisboa.

LxUs

A equipa LxUs integra alunos das faculdades de Ciências e de Farmácia da ULisboa e é a primeira a representar Portugal no SenSus. Os estudantes desenvolveram biossensores para medição dum fármaco biológico, utilizado para tratar doenças como a artrite reumatoide. Grande parte da equipa é da área da Engenharia Biomédica e Biofísica.

Marissa Verhoeven na HortaFCUL

“O meu estágio foi muito desafiante”, conta Marissa Verhoeven, estudante de Biologia Aplicada na Holanda, após a experiência no projeto de permacultura experimental da HortaFCUL. Na crónica sobre esta experiência partilha os resultados da sua investigação sobre a produção e o uso do vermicomposto, bem como um livro infantil sobre a importância das abelhas.

Paula Simões

Paula Simões ora leciona e orienta alunos, o que geralmente ocupa grande parte das suas manhãs ou tardes, ora ocupa o restante tempo com outras atividades como é exemplo o projeto “Cigarras de Portugal – Insetos Cantores”, no âmbito do qual os cidadãos são desafiados a estarem atentos aos sons das cigarras!

Tiago Guerreiro

O professor de Ciências ULisboa Tiago Guerreiro é um dos novos editores chefes da Association for Computing Machinery (ACM) Transactions on Accessible Computing (TACCESS).

Planta

Grupo de investigadores e responsáveis de instituições de investigação escreveram uma carta aberta de protesto sobre decisão do Tribunal de Justiça Europeu sobre genoma.

Prémio Doutoramento em Ecologia

Francisco Pina Martins, Adrià López-Baucells e Inês Gomes Teixeira são os vencedores do Prémio de Doutoramento em Ecologia 2019. Os trabalhos galardoados serão apresentados durante o 18.º Encontro Nacional de Ecologia, que se realiza em simultâneo com o 15.º Congresso Europeu de Ecologia, entre 29 de julho e 2 de agosto em Ciências ULisboa.

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