Aulas

Ano letivo arranca com a receção de mais de 600 novos alunos

Grande auditório no arranque do ano letivo

Mais de 600 novos alunos assistiram, no Grande Auditório, ao arranque do novo letivo

DCI-CIÊNCIAS

Lá fora era uma segunda feira como as outras, mas no Grande Auditório da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS) havia mais de 600 novos estudantes prontos para partirem à descoberta. E foi aí que Luís Carriço, diretor de CIÊNCIAS, aproveitou para ilustrar a receção aos novos alunos com alguns números. Feitas as contas, cada estudante poderá passar, em média, cerca de 6% da vida na universidade. Desses 6% dependem 60% a 70% do resto da vida que se segue aos estudos. “Divirtam-se! Este é o primeiro dia das vossas vidas. No resto das vossas vidas, vocês vão ser sempre CIÊNCIAS”, lembrou o professor, perante uma plateia repleta de caloiros de 16 cursos.

Luís Carriço, durante a receção aos novos caloiros
Luís Carriço, diretor de CIÊNCIAS, durante a receção aos novos alunos 

Depois de se apresentarem ao início da manhã nas diferentes bancadas montadas na alameda central da Faculdade, os novos alunos vestiram literalmente as camisolas de CIÊNCIAS, com cores que variavam consoante a área científica. Foi essa amostra de arco-íris que coloriu o Grande Auditório de CIÊNCIAS, rumo ao futuro – e em parte ao desconhecido. “Foi um momento acolhedor. Tivemos a oportunidade de começar logo a fazer amigos, em vez de sermos largados na faculdade, numa lógica de salve-se quem puder”, destaca Afonso Nogueira, aluno que vai começar a cursar Matemática este ano letivo.

Mafalda Langhof assumiu os tons da camisola do Licenciatura de Física, mas tem mais uma característica que a distingue de sobremaneira: é a aluna com a maior média de acesso contabilizada entre todos os estudantes colocados em CIÊNCIAS para este novo ano letivo. Sobre as notas elevadas que obteve no Secundário e nos Exames de Acesso, dá uma explicação tão simples quanto desarmante: “Deixei-me guiar pelos meus interesses”.

Mafalda Langhof
Mafalda Langhof, aluna de Engenharia Física, teve média mais alta de entrada em CIÊNCIAS no ano letivo de 2025-2026

CIÊNCIAS foi sempre a primeira opção – mas antes de se candidatar, Mafalda já tinha ouvido falar de CIÊNCIAS pela voz da irmã, que “fez aqui um mestrado”. “Mestrado é algo que quero fazer de certeza… e se calhar, depois pode seguir-se o doutoramento”, refere a jovem alentejana sobre o que pretende fazer em CIÊNCIAS. “Mais do que boas notas, quero participar em projetos”, prevê a estudante para os próximos anos de curso.

 

José Maria Diogo, presidente da Associação dos Estudantes, revelou um pouco do engenhoso espírito de CIÊNCIAS
José Maria Diogo, presidente da Associação dos Estudantes, apelou ao espírito mais engenhoso dos novos estudantes de CIÊNCIAS

Coincidência ou sinal dos tempos que correm , Afonso Nogueira também deixa uma grande margem de manobra em aberto: “Não tenho planos sobre a profissão que vou seguir. Para já, estou num curso de que gosto e depois logo se vê”. E há mais quem acredite que a passagem por CIÊNCIAS haverá de apontar o caminho. “Gosto de trabalhar com animais, e gosto de genética e neurociências. E Biologia tem as cadeiras que realmente gosto, além de ser um curso abrangente que abre muitas possibilidades para o mestrado. Desta forma tenho mais opções para depois escolher o que gosto e quero fazer (em termos profissionais)”, descreve Marta Raminhos, aluna recém-inscrita em Biologia.

Alunos a descobrirem CIÊNCIAS
Membros da Associação dos Estudantes fizeram visitas guiadas às salas de aulas e laboratórios de CIÊNCIAS

Para quem se inicia agora, há sempre uma mão-cheia de desafios à espreita. José Maria Diogo, presidente da Associação dos Estudantes da Faculdade de Ciências, recordou que é natural a “ansiedade” tomar alguns espíritos de assalto face à mudança de vida e ao número de pessoas desconhecidas com que vão passar a lidar. Mas o dirigente estudantil também recordou Garcia de Orta que é o autor do mote adotado por CIÊNCIAS, que revela que “o que não sabemos hoje saberemos amanhã”. “Têm de ter o desejo de perguntar porquê, saber porquê, e não desistirem enquanto não tiverem uma resposta”, acrescentou José Maria Diogo para os novos alunos.

Vicentuna abertura ano letivo
A Vicentuna animou a cerimónia de receção aos novos alunos com mais uma prestação musical

Há muito que os tempos caloiro já passaram por Luís Carriço, mas o ensinamento maior mantém-se bem vivo na memória, garante o diretor de CIÊNCIAS. “A ideia é que saiam daqui com a coisa mais importante que esta escola pode dar: um pensamento crítico de base científica”, recordou o professor. As aulas já não tardam a começar.

Hugo Séneca - DCI CIÊNCIAS
hugoseneca@ciencias.ulisboa.pt
imagem gerada por IA

"A realização de determinadas funções biológicas é explicada como efeito de uma “computação natural” executada pelo organismo. O objetivo destes programas é, como bem exemplificado por este recente artigo de Joshua Bongard e Michel Levin, promover uma confluência entre biologia e engenharia", escreve Lorenzo Baravalle, investigador do Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa.

pessoas a escavar na terra

Pegadas de dinossauros com 195 milhões de anos foram descobertas em Alvaiázere, no distrito de Leiria, sendo as mais antigas da Península Ibérica, segundo estudo publicado na revista científica Historical Biology. Carlos Neto de Carvalho, investigador do Instituto Dom Luiz, é um dos autores do trabalho.

Anfiteatro com pessoas

A 4.ª edição do acontecimento organizado pela Associação Portuguesa de Estudantes de Física (Physis), em colaboração com IA Ciências ULisboa e o Núcleo de Física e de Engenharia Física (NFEF) da Ciências ULisboa começou esta sexta-feira, dia 13 de outubro, no campus da Faculdade e termina este domingo, dia 15. Um dos pontos altos do programa é o debate “Há futuro na exploração espacial?”.

anffiteatro com cientistas

A Ciências ULisboa conta com 26 investigadores colocados nos rankings “World’s Top 2% Scientists”, de acordo com o mais recente estudo publicado pela Elsevier, comprovando a relevância da sua produção científica.

Laureados com o Nobel da Química

O Nobel da Química de 2023 foi atribuído conjuntamente a Moungi G. Bawendi, Louis E. Brus e Alexei I. Ekimov, pelo trabalho que levou à descoberta e ao desenvolvimento de pontos quânticos, nanopartículas tão minúsculas que o seu tamanho determina as suas propriedades, segundo comunicado oficial da Real Academia das Ciências da Suécia.

rato

O estudo “Resistência a rodenticidas anticoagulantes desafia esforços do controlo de pragas em Portugal” - realizado por uma equipa de investigadores do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar – visa recolher informações que tornem a gestão do ratinho doméstico mais eficiente, minimizando os seus impactos.

Katalin Karikó e Drew Weissman

A 2 de outubro de 2023 o Prémio Nobel da Fisiologia e Medicina foi atribuido a Katalin Karikó e Drew Weissman por descobertas biotecnológicas subjacentes à formulação das vacinas de mRNA (RNA mensageiro) para COVID-19. Em todo o mundo, mais de três mil milhões de pessoas receberam pelo menos duas doses destas vacinas (vacinas Comirnaty da Pfizer e Spikevax da Moderna). Em Portugal, cerca de sete milhões de pessoas receberam pelo menos três doses.

Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L'Huillier

O Nobel da Física de 2023 foi atribuído a três físicos europeus - Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L'Huillier -, a trabalhar nos EUA, Suécia e Alemanha. Reconhece os trabalhos pioneiros relativos à produção de luz decorrentes da interacção entre electrões e atómos foto-ionizados por laser, através da geração de um número elevado de harmónicas de ordem elevada que, em conjunto, e em condições de fase relativas adequadas (phase matching) podem dar origem a trens de impulsos luminosos com durações de ato-segundo (1 as = 10-18 s).

Centro de Congressos de Lisboa com vários participantes do EUPVSEC 2023

A 40th European Photovoltaic Solar Energy Conference and Exhibition - EUPVSEC 2023 realizou-se de 18 a 22 de setembro de 2023, no Centro de Congressos de Lisboa. João Serra, professor do Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia da Ciências ULisboa, foi novamente convidado a ser o chairman da maior e mais importante conferência europeia dedicada à energia fotovoltaica.

obra de Wassily Kandinsky

"Descobertas recentes na neurociência cognitiva - por António Damásio, Vittorio Gallese e Frans de Waal, entre outros - posicionam a empatia como um facto neurobiológico", escreve Graça P. Corrêa, investigadora do Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa.

pessoas numa escavação numa jazida de fósseis

Novo estudo publicado na revista Zoological Journal of the Linnean Society descreve um novo dinossáurio saurópode que viveu na Península Ibérica há 122 milhões de anos. Esta nova espécie de dinossáurio, apelidada de Garumbatitan morellensis, foi descrita a partir de restos descobertos em Morella (Castelló, Espanha) por uma equipa de paleontólogos portugueses e espanhóis e permitiu ampliar a diversidade de dinossáurios conhecida num dos melhores registos fósseis do Cretácico Inferior da Europa.

sensor de radiação no topo de um veículo

Um novo estudo desenvolvido por investigadores da Ciências ULisboa e do Instituto Dom Luiz com a colaboração de parceiros em França (Mines Paris - PSL) e Luxemburgo (LIST), publicado na revista Progress in Photovoltaics: Research and Applications, explora o potencial em ambiente urbano de veículos solares em 100 cidades em cinco continentes.

auditório lotado

18 de setembro foi o primeiro dia de aulas para mais de 800 novos alunos matriculados nas licenciaturas da Ciências ULisboa na 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso. A sessão de boas-vindas aos novos alunos decorreu às 11h30, no auditório 3.2.14.

Luís Fernando Marques Mendes foi um biólogo inteiramente dedicado à Entomologia, desde que se licenciou em 1971 pela Ciências ULisboa. Faleceu na passada quinta-feira, 14 de setembro, após prolongada doença. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

Laje rochosa - primeiras evidências de vertebrados do fundo do mar

A descoberta de fósseis extremamente raros, que representam as primeiras evidências de peixes de águas profundas, atrasa a invasão da planície abissal em 80 milhões de anos. Estas descobertas foram publicadas este mês num novo estudo na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

Grupo de pessoas

A 13ª Conferência Internacional SedNet - Continuum Sedimentar: aplicando uma abordagem de gestão integrada realizou-se na Ciências ULisboa, entre 5 a 9 de setembro. O programa intensivo de cinco dias começou com workshops sobre a gestão dos sedimentos a diferentes níveis, incluiu apresentações e uma visita de campo ao Porto de Lisboa e às dunas e praias de Cascais.

O Departamento de Matemática da Ciências ULisboa e o Museu Nacional de História da Ciência juntam-se numa homenagem que marca o centenário do nascimento do professor João Santos Guerreiro, a realizar no próximo dia 23 de setembro, entre as 14h00 e as 18h00, no Anfiteatro Manuel Valadares, no MUHNAC.

peixes

Os organismos estão a tornar-se mais pequenos através de uma combinação de substituição de espécies e mudanças dentro das espécies: trata-se da conclusão de um novo estudo publicado na revista Science, que analisou dados de todo o mundo dos últimos 60 anos e de diversas espécies de animais e plantas.

Filipe Rosas

​Filipe Rosas é o novo coordenador do Instituto Dom Luiz (IDL).

Susana Custódio com alunos

Portugal obteve uma medalha de prata e três medalhas de bronze na 16.ª edição da International Earth Science Olympiad (IESO 2023), que assinala a 8.ª participação portuguesa. A SGP e a CNOG agradecem à Faculdade o apoio científico prestado no âmbito do programa de preparação da equipa portuguesa para a 16.ª edição da IESO.

3 homens sentados

MARGINS surgiu com o objetivo de estudar as interações socioecológicas entre comunidades humanas e ambiente na zona costeira da Guiné-Bissau e compreender a inter-relação de arrozais e mangais como parte de uma unidade afetada pelas mudanças climáticas. No projeto estão envolvidos docentes, investigadores do IDL e cE3c e estudantes da Faculdade.

Auditório com pessoas

Este ano, na 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao ensino superior concorreram aos 16 cursos da Faculdade 5086 candidatos, tendo sido colocados 872 novos alunos em Ciências ULisboa, 527 em 1.ª opção. Até 5 de setembro decorre a apresentação da candidatura à 2.ª fase. A sessão de boas-vindas aos novos alunos de 2023/2024 acontece no dia 18 de setembro.

abelha mumificada

Um novo estudo publicado na revista internacional Papers in Paleontology dá conta da descoberta de centenas de abelhas mumificadas no interior dos seus casulos, num novo sítio paleontológico descoberto no litoral de Odemira.

mural

Há um novo mural no campus da Faculdade, para apreciar junto à FCULresta, que celebra os dois anos corridos desde a primeira semente lançada. "Só em Portugal, inspirados também pela FCULresta, foram criados ou melhorados um total de 6 espaços verdes resilientes" escrevem os responsáveis pelo projeto, neste artigo de opinião sobre a minifloresta. 

ratinho ruivo

O ratinho-ruivo (Mus spretus) aprende a identificar que novos alimentos é seguro incluir na sua alimentação através do cheiro presente no hálito de outros ratinhos da sua espécie, segundo o artigo “Interaction time with conspecifics induces food preference or aversion in the wild Algerian mouse”, da autoria das cientistas Rita S. Andrade, Ana M. Cerveira, Maria da Luz Mathias e Susana A. M. Varela, publicado em agosto na revista Behavioural Processes.

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