O lançamento do livro final do projeto decorreu em junho, no Museu da Água
Foi concluído recentemente o projeto “Aqua – O uso eficiente da água nos jardins da idade moderna”, um trabalho interdisciplinar que cruza as áreas da História da Ciência, a Engenharia Hidráulica e a Arquitetura Paisagista. Com o objetivo de dar a conhecer práticas tradicionais da gestão da água na Idade Moderna em Portugal, o trabalho inclui diversas recomendações sobre o uso sustentável da água e o aproveitamento das condições naturais para produção de energias renováveis.
O projeto AQUA, liderado por Ana Duarte Rodrigues, professora da Ciências ULisboa e investigadora do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, e Dídia Covas, investigadora do Instituto Superior Técnico, contou com a colaboração de uma equipa de cerca de 20 investigadores nacionais e internacionais.
O projeto realça a importância da energia hidráulica desde o século XVII e das formas tradicionais de aproveitamento dessa energia. Os principais objetivos do projeto assentaram na construção de conhecimento histórico sobre a gestão da água no período moderno inicial e em estabelecer especificações para a poupança de água em jardins e paisagens, permitindo o desenvolvimento de novos modelos de poupança de água.
De acordo com as investigadoras, para atingir os resultados foi utilizada uma metodologia interdisciplinar, associando a componente tecnológica à engenharia e aos modelos matemáticos, tendo sido estudados vários jardins e monumentos públicos como o Palácio de Queluz, Convento da Arrábida, Convento de Cristo, entre outros.
Os resultados deste projeto foram compilados num livro com coordenação de Ana Duarte Rodrigues e Patrícia Trindade Monteiro, doutoranda do Departamento de História e Filosofia das Ciências. O lançamento do livro decorreu no passado dia 29 de junho, no Museu da Água, tendo sido apresentado por Henrique Leitão, professor da Ciências ULisboa, António Betâmio de Almeida, professor emérito do Instituto Superior Técnico, e por João Ceregeiro, presidente da Associação Portuguesa de Arquitetos Paisagistas.