Prémio Pfizer de Investigação Básica 2013

Ciência, com persistência

E o que pensam estas jovens de si próprias, depois de tantos anos a trabalhar juntas?! Em vez de cada uma falar de si, optaram por se descrever umas às outras. O resultado é este…

“Joana - uma mente brilhante! Estuda e questiona sempre qual a melhor solução a aplicar nos desafios do laboratório e na investigação que abraça. Sempre um passo à frente naquilo que investiga.
Diana - uma trabalhadora nata! Muita dedicação e muitas horas no laboratório. Sempre a pensar como chegar ao resultado tão esperado, mantendo a sua perspetiva metódica e olho científico.
Marisa - uma força da natureza! A melhor pessoa para se ter ao lado no laboratório. Inteligente, dedicada, competente e com uma enorme capacidade de trabalho que nos contagia e nos dá energia para trabalhar mais e mais.
Inna - o sentido prático! Sempre a arranjar novas soluções para novos protocolos. Tudo o que deseja aprender e conhecer, ela aprende, tornando real e ultrapassando qualquer desafio que se imponha.”

A última edição dos Prémios Pfizer de Investigação Básica reconheceu o mérito do projeto “Global ENaC Regulators and Potential Cystic Fibrosis Therapy Targets", um estudo coordenado por Margarida D Amaral e que contou com a colaboração de outros 14 cientistas, entre eles, Joana Almaça, Marisa Sousa, Inna Ulyiakina e Diana Faria, que têm em comum muito mais do que o gosto pela ciência.

“A FCUL foi um ponto de encontro entre todas nós. Foi lá que a maioria de nós se conheceu quando decidimos realizar o doutoramento no laboratório da professora Margarida Amaral”, contam as jovens cientistas, que têm a FCUL como a “casa-mãe”, o local a onde regressavam após cada temporada no estrangeiro, principalmente na Alemanha, no laboratório do professor Karl Kunzelmann, outro membro da equipa do projeto distinguido pelos Laboratórios Pfizer e pela Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa, em dezembro passado.

Para a Joana Almaça, a Marisa Sousa, a Inna Ulyiakina e a Diana Faria o prémio atribuído ao projeto “Global ENaC Regulators and Potential Cystic Fibrosis Therapy Targets" foi uma “surpresa muito agradável” e “simboliza todo o esforço e dedicação depositados neste trabalho que, para além de ter culminado numa publicação de alto impacto, fica agora também espelhado num prémio que nos traz reconhecimento a nível nacional”.

As investigadoras consideram este estudo “muito ambicioso”, tendo proporcionado “uma excelente oportunidade para estabelecer colaborações internacionais, trabalhar com pessoas muito experientes em diferentes áreas e, sobretudo, aprender novas técnicas que são agora uma mais-valia na nossa formação”.

A otimização dos ensaios e a utilização de novas tecnologias e modelos de investigação a que não estavam habituadas representam as principais dificuldades sentidas pelas quatro jovens, no decorrer do projeto. A análise de todos os dados também gerou “algumas dores de cabeça”, mas dessa tarefa, dizem, “surgiram os resultados mais interessantes, que podem resultar em alvos terapêuticos a utilizar no futuro”.

Desenho
No futuro as jovens cientistas gostariam de trabalhar em Portugal
Desenho de Pedro Côrte-Real

A coordenadora deste projeto, Margarida D. Amaral, acredita que este estudo e a publicação do artigo "High‐Content siRNA Screen Reveals Global ENaC Regulators and Potential Cystic Fibrosis Therapy Targets", em setembro de 2013, na revista Cell, é um marco importante nas vidas futuras destas quatro “meninas”, estudantes de doutoramento, três delas já doutoradas. Atualmente só a Inna Ulyiakina permanece na FCUL, entrou mais tarde para o projeto e ainda não concluiu o doutoramento.

“Tenho a nítida sensação de que enquanto estavam a trabalhar no projeto não se aperceberam do enorme impacto que este estudo iria ter”, comenta Margarida D. Amaral - acrescentando que -, “o papel do supervisor/ mentor é ver mais longe e mostrar o caminho!”. A professora do Departamento de Química e Bioquímica e líder de um dos grupos do BioFIG - Centro de Biodiversidade, Genómica Integrativa e Funcional da FCUL entende que “numa época em que ‘tudo está à distância dum clique’, é preciso incutirmos nos estudantes e jovens investigadores [o valor da] persistência, uma qualidade essencial em ciência. Claro que o talento também é importante, mas sem persistência, o talento não vai longe…”.

Joana Almaça, Marisa Sousa, Inna Ulyiakina e Diana Faria não têm dúvidas em afirmar que foram “contaminadas pelo ‘bichinho da ciência’”, por isso, os planos futuros passam por “contribuir para o conhecimento dos mecanismos responsáveis por algumas patologias dos humanos”.

Atualmente, algumas desenvolvem trabalhos de investigação em institutos internacionais, ainda assim permanece um desejo comum: “trabalhar no futuro em Portugal e continuar a aplicar por cá os conhecimentos adquiridos durante o doutoramento e pós-doutoramento”- deixando um apelo -, “continuem a investir em ciência de excelência em Portugal!”.
 

Ana Subtil Simões, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura da FCUL
info.ciencias@fc.ul.pt

A iniciativa possibilita aos estudantes a recolha de informação sobre diversas áreas do saber das 18 escolas da Universidade de Lisboa.

Ciências presta homenagem a Dmitri Ivanovich Mendeleev a 8 de fevereiro de 2018, data em que se assinala o 184º aniversário do seu nascimento. Nesse dia, 118 alunos do 9.º ano do Colégio de Santa Doroteia, em Lisboa, visitam a tabela periódica existente neste campus universitário.

O artigo “The Little Ice Age in Iberian mountains” publicado em fevereiro de 2018 na Earth-Science Reviews caracteriza com maior precisão o último grande evento frio do hemisfério norte, de acordo com comunicado de imprensa emitido esta quinta-feira.
A Little Ice Age (LIA) ou a Pequena Idade do Gelo ocorreu aproximadamente entre 1300 e 1850 e afetou as comunidades dos Pirenéus. Os resultados desta investigação está a ter algum impacto em Espanha.

Pormenor da capa do livro

“Ao contrário do que aparentava no início deste projeto, foi relativamente fácil dar um ritmo de arte sequencial (banda desenhada) ao argumento.

A 2.ª edição do mestrado em Gestão e Governança Ambiental da Faculdade de Ciências da Universidade Agostinho Neto (FCUAN) deverá arrancar no último trimestre do ano letivo 2018/2019 e contará novamente com o apoio de Ciências. Na 1.ª edição 16 estudantes concluíram com sucesso os programas de estudo.

Cinquenta alunos do 4.º ano do Colégio Colibri, de Massamá, foram cientistas por um dia nos Departamentos de Biologia Animal e Biologia Vegetal.

Quando João Graça Gomes iniciou o estágio “Cenarização Sistema Elétrico 100 % Renovável em 2040”, com a duração de um ano, no Departamento Técnico da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), sob a orientação de José Medeiros Pinto, engenheiro e secretário-geral daquela associação, quis “dar o melhor e mostrar a qualidade do ensino de engenharia na FCUL”. O ano passado foi distinguido com um dos prémios de maior destaque da engenharia nacional.

João Graça Gomes, engenheiro do Departamento Técnico da APREN e mestre em Engenharia da Energia e do Ambiente, foi galardoado com o Prémio - Melhor Estágio Nacional em Engenharia Eletrotécnica da Ordem dos Engenheiros.

Nesta fotolegenda destacamos uma passagem da entrevista com o climatologista Ricardo Trigo e que pode ser ouvida no canal YouTube e na área multimédia deste site.

Por forma a gerir a ansiedade de uma forma mais eficaz antes dos momentos de avaliação são propostas algumas estratégias que não eliminam a ameaça mas podem ajudar a lidar de um modo mais eficaz com a ansiedade.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O primeiro Dictum et factum de 2018 é com Marta Daniela Santos, responsável pelo Gabinete de Comunicação do cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais.

Ciências será o palco de uma eliminatória regional do Famelab 2018, um dos maiores concursos internacionais de comunicação de ciência.

Ler Filosofia (através de Espinosa) permite olhar o mundo, de forma crítica e pensar em profundidade. Em Ciência, observar e refletir são indispensáveis, para caminharmos, abrindo novas linhas de pesquisa.

Vinte e três alunos estiveram na Faculdade de Ciências a estudar as bases metodológicas para a classificação sistemática de plantas. O curso inseriu-se no projeto HEI-PLADI, um programa ERASMUS + e ocorreu pela primeira vez em Portugal.

Parte do antigo bar do edifício C1 de Ciências dá agora lugar a um novo laboratório de investigação em Ecologia Evolutiva. Aqui vai ser explorado um sistema biológico composto por duas espécies de ácaro aranha, Tetranychus urticae Tetranychus ludeni, que competem por um alimento - a planta do tomate.

O livro Faça Sol ou Faça Vento reúne seis histórias infantojuvenis sobre energias renováveis. Todas elas são escritas por autores com ligação à Faculdade de Ciências da ULisboa.

Será possível ter uma pessoa dentro de um scanner e dizer-lhe para mudar a atividade de diferentes zonas do seu cérebro, com base no que estamos a observar num monitor desse mesmo scanner? Pode a Inteligência Artificial (IA) abordar e interatuar com a Neurociência, e vice-versa?

Quase a terminar o ano, surgem as frequentes resoluções de ano novo, um conjunto de ideias e desejos para aquele que se perspetiva ser um ano talvez igual ou melhor que o anterior. Existem assim duas perspetivas temporais: o ano que passou (o passado) e o que vem (futuro), e é sobre a integração destas duas perspetivas que gostaria de deixar uma reflexão.

Estas duas imagens foram produzidas por André Moitinho, Márcia Barros, Carlos Barata do Centro Multidisciplinar para a Astrofísica (CENTRA) e Hélder Savietto da Fork Research no âmbito da missão Gaia.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de dezembro é com Rodrigo Maia, técnico superior do Laboratório de Isótopos Estáveis do Departamento de Biologia Vegetal de Ciências.

A cidade é um bom exemplo de um sistema adaptativo, inteligente e complexo. Fala-se hoje muito em cidades espertas, onde os peões e os habitantes só encontram motivos para viverem contentes, porque tudo é pensado para os ajudar, graças à capacidade analítica sobre os dados das pessoas e das cidades. A sua manutenção é imprescindível, e a sua renovação deve obedecer à inteligência e jamais à usura. Nem sempre isso ocorre.

O projeto AQUA LINE, da empresa PEN Wave, vencedor do concurso MAREINOV Montepio, destina-se a produzir de forma inovadora microalgas e copépodes para o sector da aquicultura.

André Borges, Bernardo Tavares e Luis Martins, alunos do mestrado integrado em Engenharia da Energia e do Ambiente venceram o 1.º Hackathon de Transportes Internacional de Moscovo. A equipa classificada em 1.º lugar contou ainda com estudantes de Espanha e Colômbia.

O Prémio Luso-Espanhol de Química 2017 foi atribuído a Amélia Pilar Rauter, professora do Departamento de Química e Bioquímica e coordenadora do Grupo da Química dos Glúcidos do Centro de Química e Bioquímica de Ciências.

O quinto livro de António Damásio, colocado à venda a 3 de novembro, aborda o diálogo da vida com os sentimentos, como formadores da consciência e motor da ciência, e o que daí resulta, em especial para a cultura (ou ainda, sobre a estranha ordem, da sensação à emoção e depois ao sentimento). Os sentimentos são sinais da nossa vida e também os motivadores da criação intelectual dos homens. E, daí resultam multitudes de condutas, padrões variados de comportamentos. Enfim, os sentimentos facilitam a formação da nossa personalidade.

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