Peixes grandes estão a ficar menores e peixes pequenos estão a substituí-los

peixes

O tamanho dos animais tem influência no funcionamento dos ecossistemas e na forma como os seres humanos deles beneficiam

MD
grupo de pessoas
Inês S. Martins, Franziska Schrodt , Shane A. Blowes, Amanda E. Bates, Anne D. Bjorkman, Viviana Brambilla, Juan Carvajal-Quintero, Cher F. Y. Chow , Gergana N. Daskalova, Kyle Edwards, Nico Eisenhauer, Richard Field , Ada Fontrodona-Eslava , Jonathan J Henn, Roel van Klink, Joshua S. Madin, Anne E. Magurran , Michael McWilliam , Faye Moyes , Brittany Pugh,16, Alban Sagouis, Isaac Trindade-Santos, Brian McGill, Jonathan M. Chase e Maria Dornelas são os autores do artigo "Widespread shifts in body size within populations and assemblages". A fotografia apresenta parte da equipa
Imagem cedida pelos autores

Os organismos estão a tornar-se mais pequenos através de uma combinação de substituição de espécies e mudanças dentro das espécies: trata-se da conclusão de um novo estudo publicado na revista Science, que analisou dados de todo o mundo dos últimos 60 anos e de diversas espécies de animais e plantas.

Estudos anteriores mostram que o tamanho dos peixes troféu, capturados nas competições de pesca têm vindo a diminuir, e que muitas das espécies mais ameaçadas são grandes.

O estudo agora publicado mostra que a mudança no tamanho do corpo advém do facto de indivíduos dentro das espécies se tornarem menores, mas também pelo facto de espécies maiores serem substituídas por outras menores.

“Em alguns locais, por exemplo, têm sido observados indivíduos cada vez menores de raias espinhosas, enquanto espécies com um corpo menor, como por exemplo a cavala, estão a aumentar em abundância. Seja pelas preferências alimentares dos seres humanos, ou por causa do aquecimento dos seus habitats, os peixes grandes simplesmente não conseguem descanso”, explica Inês S. Martins, primeira autora deste estudo, investigadora na Universidade de York, no Reino Unido, antiga aluna da Ciências ULisboa e que conduziu o estudo enquanto investigadora da Universidade de St Andrews, na Escócia.

De acordo com os autores, estas alterações podem dever-se às preferências alimentares dos seres humanos ou ao aquecimento dos habitats destas espécies.

A diminuição do tamanho do corpo foi mais comum entre os peixes, mas entre outros grupos de organismos, como plantas e invertebrados, as alterações foram mais variadas. Ao analisar grupos de espécies, o estudo demonstra que estão a ocorrer alterações complexas, com alguns organismos a tornar-se maiores enquanto outros diminuem.

Paisagem
O estudo analisou dados de todo o mundo dos últimos 60 anos e de diversas espécies de animais e plantas
Fonte AB

“Achamos que estes resultados sugerem que, quando os grandes organismos desaparecem, outros tentam ocupar o seu lugar e utilizar os recursos que se tornam disponíveis”, explica Maria Dornelas, coordenadora deste estudo, investigadora da Ciências ULisboa e da Universidade de St Andrews.

“Reconhecer e explorar esta complexidade é imperativo se quisermos compreender os mecanismos envolvidos na forma como o tamanho do corpo dos organismos está a mudar ao longo do tempo”, acrescenta Inês S. Martins.

O estudo também observou a substituição de alguns organismos grandes por muitos pequenos, mantendo constante a biomassa total. Este resultado surpreendente apoia a ideia de que os ecossistemas tendem a compensar as mudanças, mantendo a biomassa global das espécies estudadas num determinado habitat estável. Esta estabilidade é atribuída a um compromisso entre reduções no tamanho corporal e aumentos simultâneos na abundância entre os organismos.

Estes resultados têm implicações para a compreensão de como os organismos se estão a adaptar aos desafios da era do Antropoceno. “É claro que a substituição generalizada de espécies que vemos em todo o mundo está a ter consequências mensuráveis. O facto de os organismos se tornarem mais pequenos tem efeitos importantes, uma vez que o tamanho dos animais tem influência no funcionamento dos ecossistemas e na forma como os seres humanos deles beneficiam. Peixes maiores geralmente podem alimentar mais pessoas do que peixes menores”, acrescenta Maria Dornelas.

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Os resultados deste trabalho tem implicações para a compreensão de como os organismos se estão a adaptar aos desafios da era do Antropoceno
Fonte MD

“Este estudo destaca a importância de considerar as mudanças nas características das espécies, se quisermos compreender os efeitos das alterações ambientais e da influência humana na biodiversidade a nível global”, frisa Franziska Schrodt, também coordenadora deste estudo, investigadora na Universidade de Nottingham, no Reino Unido, acrescentando ainda que “a investigação futura beneficiará de um maior investimento neste tipo de medições, especialmente ao explorar redes alimentares e outras interações entre espécies”.

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Uma reflexão sobre o ano lectivo 2013/2014.

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De 11 a 14 de agosto as instalações da Faculdade de Ciências da ULisboa encontram-se encerradas, na sequência do corte do abastecimento de água. Os Departamentos encontram-se encerrados até 19 de agosto.

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“Ter a oportunidade de vestir estas batas é com certeza mais giro do que estar em casa sentado em frente à televisão. Estamos a fazer coisas que não fazemos no dia a dia. Por isso, esta é uma oportunidade única. Estamos a aproveitar o nosso tempo da melhor maneira”, comentou Ricardo Santos, aluno do 11.º ano da Escola Secundária António Damásio.

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Participação no programa COST a partir de 3 Julho de 2014.

FA1403: Interindividual variation in response to consumption of plant foods bioactives and determinants involved.

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A decorrer de 24-29 de Agosto na Suíça.

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Encontram-se abertas candidaturas para 77 estágios profissionais para o grupo Portucel Soporcel, com a duração máxima de 12 meses, remunerados com uma bolsa de est&aac

A Companhia de Seguros Generali , procura Actuário Júnior para integrar na sua equipa.

Pela primeira vez o Departamento de Matemática de Ciências realiza ações de formação parcialmente à distância.

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O objetivo do meu trabalho é entender alguns dos processos moleculares e celulares que ocorrem durante o desenvolvimento de novos vasos sanguíneos”, explicou o antigo aluno de Ciências.

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Rui Benedito já trabalhou com estudantes de Biologia vindos de Portugal, Espanha, Inglaterra e Alemanha, a avaliação que faz é a de que “os estudantes saem muito bem preparados da FCUL. Os alunos de Ciências portugueses são muito apreciados no estrangeiro”. Por isso, deixa o convite: “tenho posições disponíveis no meu laboratório para estudantes portugueses!”.

Candidatura GeoFCUL ao X CNG 2018

O Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da ULisboa organizou a segunda sessão do CNG, em 1986, e candidatou-se a organizar o X CNG em 2018, durante o IX Congresso Nacional de Geologia, que decorreu em julho no Porto.

Cinquenta e cinco jovens experimentam a realidade da investigação científica na Faculdade de Ciências da ULisboa. O desafio começa esta segunda-feira, dia 21 de julho e prolonga-se até quinta-feira, dia 24.

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Para Ana Rita Ruivo, do 12.º ano da Escola Secundária Quinta do Marquês, passar alguns dias do seu verão em Ciências foi importante porque a ajudou a “clarificar que [assuntos] correspondem aos [diferentes] cursos” e também porque lhe permitiu “[ter contacto com] experiências que nunca tinha feito”.

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