Manuel Martinho: “Enquanto puder e estiver na faculdade, representá-la será sempre um orgulho”

Manuel Martinho sagrou-se Tetra Campeão Universitário de Taekwondo concorrendo por CIÊNCIAS

Manuel Martinho sagrou-se Tetra Campeão Universitário de Taekwondo concorrendo por CIÊNCIAS

Manuel Martinho

Com pouco mais de vinte anos, Manuel Martinho já alcançou inúmeras conquistas no Taekwondo. Tem, ao todo, setenta e uma medalhas. Venceu mais de uma dezena de títulos de Campeão Nacional, sendo Penta Campeão Nacional de Seniores e Bicampeão Nacional de Sub21. Ganhou inúmeras medalhas em Opens Internacionais. A sua mais recente conquista foi sagrar-se Tetra Campeão Universitário de Taekwondo, concorrendo por CIÊNCIAS, em início de 2025. Falamos um pouco com o Manuel para entender o que faz um atleta de sucesso. A conversa estendeu-se para o seu percurso no Taekwondo e os desafios de conciliar treinos e estudo.

 

Somas, ao todo, setenta e uma medalhas, mais de uma dezena delas de Campeão Nacional. Como é que se constrói um percurso destes no Taekwondo com uma idade tão jovem?

Manuel Martinho (MM): É preciso muito esforço, muita dedicação. Ajuda estar rodeado de pessoas que sempre me acompanham e que querem o melhor para mim. Isso acaba também por me motivar a alcançar ainda mais.


A paixão pelo Taekwondo vem de novo. Foi com apenas 6 anos que Manuel Martinho começou a praticar a modalidade no clube Águias Unidas.
Fonte: Manuel Martinho

Sagraste-te recentemente Tetra Campeão Universitário de Taekwondo concorrendo por CIÊNCIAS. Como foi para ti conseguir esta conquista representando a tua faculdade?

MM: Foi bom. É sempre bom poder alcançar mais uma conquista. Esse é um dos princípios do Taekwondo que me acompanhou desde o início: querer sempre mais, alcançar mais.  E enquanto puder e estiver aqui na faculdade, representá-la será sempre um orgulho.

“Enquanto puder e estiver aqui na faculdade, representá-la será sempre um orgulho”

De onde é que vem a tua paixão pelo Taekwondo? 

MM: Eu comecei o Taekwondo como atividade extracurricular no colégio onde andava. Tinha seis anos. Comecei com o meu Mestre, com quem treino há já quinze anos. É quase como que um segundo pai para mim. Passamos por várias escolas diferentes. Lembro-me de competir na Seixalíada, uma competição que existe no Seixal, de onde eu sou, e a partir daí ganhei o gosto e comecei a querer competir mais a sério. Então, mudei-me para uma equipa onde o meu Mestre dava aulas de competição, o Águias Unidas. Hoje já estou noutro clube, a PEL – Pedro Eanes Lobato, na Amora. Mas o gosto começou com a competição. Foi a competição que me fez e faz continuar a modalidade.

Estás a tirar o curso em Tecnologias da Informação. Porque é que decidiste tirar este curso aqui em CIÊNCIAS?

MM: [Risos] Não era a minha primeira opção, por isso eu não sei se deveria dizer. O que queria mesmo era ter entrado como oficial na escola naval, na Marinha. Candidatei-me, fiz as provas todas, só que a média era muito alta e acabei por não entrar. Como não queria ficar um ano sem fazer nada, acabei por concorrer a Tecnologias da Informação aqui em CIÊNCIAS. Hoje, não me arrependo. Acredito até que acabou por ser melhor. Deu-me mais liberdade. A vida militar acaba por ser um bocadinho mais fechada. Não ia ter tantas oportunidades, pelo menos a nível do Taekwondo.


Desde o início do seu percurso, em 2009, que Manuel Martinho treina com o mesmo Mestre, considerando-o um "segundo pai".
Fonte: Manuel Martinho

E como é que concilias a prática de Taekwondo com o estudo para a licenciatura?

MM: Tento sempre não prejudicar nem o estudo nem o Taekwondo. É uma rotina pesada, que depende dos semestres, mas acabo por conseguir. Por exemplo, hoje entrei às oito da manhã, o que implica acordar às seis, visto que venho da Margem Sul. O meu mestre quer que eu treine duas vezes por dia. Mas em dias como hoje é muito difícil. Por isso, o que faço é acordar, fazer um treino de recuperação mais leve, também para o corpo perceber que tem de acordar. Deixo os combates para a noite. Depois venho para a faculdade, tenho aulas, e volto a casa lá pelas cinco da tarde. Os treinos começam às sete e meia. Como são de duas horas ou de duas horas e meia, acabam lá pelas dez. Depois do treino, volto a casa, tomo banho e vou dormir. No dia seguinte acordo de novo às seis, faço um treino leve… É sempre esta rotina.

“Tento sempre não prejudicar nem o estudo nem o Taekwondo. É uma rotina pesada, que depende dos semestres, mas acabo por conseguir”

Em 2023, representaste a seleção nacional de taekwondo no Campeonato Mundial de Seniores. Como foi para ti representar Portugal num campeonato Internacional? 

MM: Não foi a primeira vez que representei Portugal, já tinha representado em europeus. Mas para mim, essa foi a minha maior conquista, apesar de todos os pódios, de todos os troféus, de tudo o que tenho conseguido. Foi também um choque de realidade. Cheguei lá e eram atletas de outro nível. Acabei por não conseguir passar pelo primeiro combate, perdi com o campeão europeu de sub21. Debati-me bem, foram dois bons rounds, mas não consegui a melhor. É uma realidade totalmente diferente.


Em março deste ano, Manuel Martinho participará no Open de Manchester. Espera continuar a competir até "deixar de fazer sentido"
Fonte: Manuel Martinho

Quais são os teus objetivos futuros para a carreira no Taekwondo? 

MM: Há dois anos, fui convocado para as Universíadas, os “Jogos Olímpicos” dos universitários, que iam ser na China. Fui convocado, tratei de tudo, mas à última hora, veio a notícia de que o Taekwondo iria acabar por não poder participar, por falta de verbas. Esta é uma triste realidade, a falta de verbas nas pequenas modalidades. Acaba por ser um bocado triste não sentir o apoio que outras modalidades maiores têm. A triste realidade é que quase todas as competições do Taekwondo a que fui os meus pais tiveram de pagar. É há pessoas que são convocadas ou ganham um nacional e acabam por não ir por questões económicas. É triste, como atleta, ser convocado e depois acabar por ir outra pessoa no teu lugar que não é que fosse mais capaz a nível desportivo, mas tinha mais capacidades económicas. É algo que acontece algumas vezes. E pronto, acabei por não poder ir. Mas quem sabe este ano, que é na Alemanha e os custos são reduzidos. Isso é a curto prazo. A longo prazo será competir até deixar de fazer sentido.

“Aconselho [os alunos de CIÊNCIAS] a competir e a treinar, a representar a faculdade. A nível universitário é muito mais fácil conseguir participar em provas”

E para a tua vida académica? 

MM: A curto prazo, pretendo terminar a licenciatura. Tentar uma boa média. E depois, quem sabe, o mestrado na mesma área. 

Que conselhos darias a futuros estudantes de CIÊNCIAS que queiram participar em modalidades enquanto estudam? 

MM: Aconselho-os a competir e a treinar, a representar a faculdade. A nível universitário é muito mais fácil conseguir participar em provas, temos mais apoios. Quando eu compito fora da universidade sou eu que pago tudo. Nos europeus universitários temos mais apoios. Já é uma grande ajuda. Também é muito mais fácil conseguir ser campeão nacional de universitários do que ser campeão nacional de seniores [Risos]. Por isso, que aproveitem enquanto podem competir pela universidade e pela faculdade.

Marco Matos, Relações Externas e Comunicação - CIÊNCIAS
mmomatos@ciencias.ulisboa.pt

A FCUL volta a marcar presença na Futurália, na FIL, no Parque das Nações, juntamente com outras unidades orgânicas da UL, entre 13 e 16 de março.

“Foi o professor Henrique Leitão que me alertou para o facto de a questão do real impacto de Pedro Nunes na náutica do seu tempo estar por resolver.

“Foi o professor Henrique Leitão que me alertou para o facto de a questão do real impacto de Pedro Nunes na náutica do seu tempo estar por resolver. A tese e o prémio foram passos saborosos de um caminho longo mas que tem todo o potencial de ser gratificante e divertido”, reforça Bruno Almeida, vencedor do Prémio Cultura 2012 atribuído pela Sociedade de Geografia de Lisboa.

A reportagem multimédia sobre o Dia Aberto em Ciências inclui testemunhos de candidatos ao ensino superior, alunos e professores da FCUL, colaboradores desta iniciativa.

Prémio SAHFC 2012 - Marta Macedo

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  A Comissão Executiva da Secção Autónoma de História e Filosofia das Ciências (SAHFC) atribui a anualmente o Prémio SAHFC.

O Grupo de Surdez do BioFIG-FCUL, coordenado por Graça Fialho, já analisou cerca de 400 famílias portuguesas afetadas com surdez hereditária. A primeira tese de doutoramento realizada em Portugal na área da genética da surdez foi defendida em 2012, na UL, por Tiago Matos.

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Cerca de 100 alunos de 15 escolas secundárias da zona de Lisboa participaram na 9.ª edição da ação de divulgação da Física de Partículas.

“Portugal é o principal destino dos estudantes brasileiros de graduação bolsistas do Programa Ciência sem Fronteiras.

“Acho que este tipo de ações é bastante útil porque, nesta altura, precisamos de todas as informações possíveis para podermos fazer uma escolha certa”, declara Maria Buzaglo, aluna do 12.º ano, a frequentar o curso de Ciências e Tecnologias na Escola Secundária de Pedro Nunes.

Alunos no átrio do C3

O Gabinete de Mobilidade, Estágios e Inserção Profissional organizou uma sessão de acolhimento aos cerca de 30 novos alunos de mobilidade para o 2.º semestre.

Em 2000, a UL atribuiu o título de doutor honoris causa a Laurens de Haan. Em 2013, outro gigante dos Extremos, Ross Leadbetter, honrará a UL ao aceitar a mesma distinção. Quando a universidade honra investigadores desta importância está também a honrar-se.

O Departamento de Matemática da FCUL e o CMAF organizam dois mini-cursos de Sistemas Dinâmicos de 17 a 24 de Abril 2013. Os oradores serão Rafael Ortega da Universidade de Granada e Pedro Miguel Duarte do DM da FCUL.

Gulf Labor Markets and Migration Program (GLMMP), a joint program of the European University Institute (EUI - Florence) and the Gulf Research Center (GRC - Jeddah, Geneva, Cambridge), seeks two Research Assistants (Demographer/Statistician and Lawyer).

Rosto de Vanda Brotas

Estudar a clorofila, único parâmetro biológico visível do espaço, constitui uma ferramenta essencial para se perceber se o clima está a mudar. Este artigo foi publicado no jornal "Público" no passado dia 16 de fevereiro.

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As ações de modernização e de alargamento do Centro de Dados da FCUL ocorreram no verão de 2012. A Unidade de Informática continua a apostar na renovação das condições tecnológicas do campus.

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A Âncora Editora define-se como uma editora generalista, que tem vindo a dedicar-se, sobretudo, à publicação de autores portugueses. Até agora A. M. Galopim de Carvalho é o autor com o maior número de livros editados.

O projecto de investigação NAADIR que envolve a Faculade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa e a Faculdade de Ciências da Universidade de L

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Para os SASUL ainda é prematuro avaliar o Programa Alimentação UL, cujo orçamento se estima ser na ordem dos 192.000,00 €.

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“Estou impressionado com a energia que existe na Faculdade e o número de pessoas que aqui trabalham. Acho que estão bem organizados para trabalhar em equipa!”, declara Iain Mattaj, diretor-geral do European Molecular Biology Laboratory, depois de visitar alguns dos laboratórios da FCUL.

Logotipo da inicativa Programa Alimentação UL

O Menu Estudante custa 2,40€ e inclui sopa, prato principal, sobremesa, pão e bebida. A partir de fevereiro o Espaço Estudante, localizado no edifício C6, também vai dispor de micro-ondas permitindo dessa forma o aquecimento de refeições.

Ester Luísa Rodrigues Dias, professora jubilada do extinto Departamento de Educação da FCUL, faleceu no dia 11 de fevereiro de 2013.

As ações de formação e de sensibilização em segurança e saúde do trabalho procuram divulgar conhecimentos teóricos e práticos de maneira a prevenir acidentes de trabalho e doenças profissionais, permitindo também  intervenções eficazes e eficientes em casos de emergência.

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"Os estudantes da FCUL, incluindo os estudantes de licenciatura, dispõem do background e conhecimentos certos para participar nestes módulos", esclarece Nathalie Gontier, coordenadora do laboratório AppEEL e das respetivas Escolas de Inverno e de Verão.

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