O esforço de um ano de trabalho concretizou-se ali, em cima de uma bancada, numa azáfama de pipetas, tubos de Eppendorf, cuvettes, nanopartículas e laser... O tempo foi crítico... Os valores que apareceram em catadupa na app ditaram a classificação final...

Fomos os mais rápidos, mas não conseguimos trazer o troféu para casa. Não importa, a jornada já foi o próprio prémio.

Eis então regressados de Eindhoven - Holanda, onde decorreu a competição internacional de estudantes universitários SensUs, que se foca no desenvolvimento de biossensores para a saúde. Esta é uma competição que já conta com quatro edições nas quais equipas de estudantes são desafiadas a medir vários analíticos de interesse relacionados com o diagnóstico e/ou tratamento de várias doenças que afetam milhões de pessoas todos os dias (2016: creatinina, um biomarcador de insuficiência renal; 2017: NT-proBNP, um biomarcador de insuficiência cardíaca; 2018: vancomicina, um antibiótico de última linha).

Este ano, pela primeira vez, uma equipa da Universidade de Lisboa (ULisboa) esteve a competir, lado a lado, com outras 13 equipas provenientes de universidades da Europa, América do Norte, China e Egito, no desenvolvimento de um biosensor para medir a concentração sérica de Adalimumab, um anticorpo utilizado no tratamento de doenças reumatológicas.

Foi uma jornada de vários meses que levou a LxUs, uma equipa multidisciplinar de 15 estudantes de várias faculdades da ULisboa, à grande final. Foi um desafio científico e tecnológico, mas também de criatividade, de pensar na análise económica e no negócio e de gestão (não é fácil coordenar o esforço de 15 pessoas de várias áreas e competências, mas a equipa conseguiu!).

O tópico para a edição de 2020 já está definido: o desafio é detetar um fármaco utilizado no tratamento de epilepsia, uma condição que em Portugal se estima que afete cerca de 50 mil pessoas.

E é isto, se gostas de desafios e pensas que podes contribuir para a equipa LxUs, entra em contacto através do Facebook.