
As 80 fotografias que compõem a exposição revelam a mestria técnica dos seus autores, mas não só: foram registadas em momentos completamente inóspitos.
Luciano Candisani apontou as suas lentes para a vida ao redor das águas na maior planície alagável do planeta, durante as imponentes cheias pantaneiras de 2012 a 2021. Caracterizadas por uma rara combinação de excelência técnica e expressividade, as imagens submersas, terrestres ou aéreas testemunham a imponência da água e a resiliência da vida. Um cenário adverso que é a preferência deste fotógrafo, especializado em captar ecossistemas do mundo.
Quando o Pantanal foi quase mais fogo do que água, em 2020, Lalo de Almeida deu foco à morte de milhões de animais e da vegetação nativa, num incêndio de grande intensidade. Uma área de quase 45 mil quilómetros quadrados foi queimada, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, e Lalo de Almeida denunciou parte desta devastação com um impactante poder de síntese. Intitulada Pantanal em Chamas, a série de dez fotografias registradas foi distinguida com o prestigioso prémio World Press Photo, na categoria Meio Ambiente.
Uma exposição realizada pela iniciativa Documenta Pantanal, com apoio do BTG, Itaú, Rodobens e CSN.
Patente no MUHNAC-ULisboa de 16 de abril a 06 de julho de 2025 (inauguração: 16 de abril, 18h00).
Curadoria: Eder Chiodetto e Sofia Marçal.
Entrada livre!