Sessões académicas promovidas pela Academia das Ciências de Lisboa:
- Ordem no Caos: a vida moderna da dinâmica, por Jorge Buescu (Ciências ULisboa):
- A Dinâmica é a mais antiga das ciências matemáticas, remontando a sua formulação moderna a Newton. Durante séculos o paradigma newtoniano parecia sugerir que sistemas simples terão comportamentos dinâmicos regulares, pelo que o comportamento complexo ou caótico seria apenas possível com sistemas de grande complexidade estrutural. A descoberta surpreendente do Caos determinista na segunda metade do século XX mostrou que sistemas simples podem ter comportamentos complexos, destruindo esta imagem simplista e errada do mundo natural. Será esta viagem da Ordem clássica para o Caos moderno que vamos descrever.
- Dynamics is the most ancient mathematical science, its modern formulation being due to Newton. For centuries the Newtonian paradigm seemed to suggest that simple systems must have regular behavior, with the corresponding reasoning that structural complexity is required for complex or chaotic behavior. The discovery of deterministic Chaos in the second half of the XXth century showed that simple systems may exhibit complex behavior, thus shattering this naïve, and wrong, image of the natural world. We will describe this journey from classical Order to modern Chaos.
- A descarbonização das economias dos maiores emissores de gases com efeito de estufa: China, EUA, EU e Índia, por Filipe Duarte Santos (Ciências ULisboa):
- Será apresentada brevemente a situação mundial no que respeita à mitigação das alterações climáticas à escala global e das dificuldades de cumprir os objetivos do Acordo de Paris de manter o aumento da temperatura média global da atmosfera à superfície abaixo do intervalo 1,5 °C - 2,0 °C, relativamente ao período pré-industrial. As emissões de gases com efeito de estufa dos maiores emissores mundiais - China, EUA, UE e Índia - representam atualmente 58% das emissões globais. A redução acentuada das respetivas emissões é crítica para poder cumprir o Acordo de Paris. Será apresentada uma análise comparativa da situação atual e das políticas de mitigação dessas quatro economias. Conclui-se que as dificuldades para atingir a neutralidade carbónica mundial em 2050 são significativas mas poderão ser ultrapassadas.
Transmissão via Zoom.