Nos últimos anos temos assistido a um aumento de consciencialização referente à importância da promoção de conhecimentos científicos perante a população em geral. Este facto pode ser comprovado por inúmeras ações de divulgação de ciência, desenvolvidas por entidades como os centros de ciência ou centros de investigação. Contudo, mesmo perante estes esforços e variedade de ofertas, existem ainda níveis elevados de desconhecimento e desconfiança face à ciência.
Um dos exemplos mais evidentes e, infelizmente demasiado frequentes, que inundam o nosso dia-a-dia é a chamada pseudociência – informação errónea que faz uso da linguagem científica e figuras de autoridade para efeitos de promoção. Não existe uma solução simples para esta problemática e sem dúvida que fazer uso do escárnio ou da argumentação destrutiva não é de todo a resposta! Um dos principais disseminadores destas informações são os próprios jornalistas, classe que fazendo maioritariamente parte da população não científica encontra-se também suscetível a este tipo de logros. Podemos passar grande parte do tempo a discutir a qualidade das notícias de ciência produzidas por jornalistas, ou então assumir uma postura pró-ativa, auxiliando e assegurando o rigor científico dos artigos jornalísticos produzidos.
O estabelecimento e reforço constante da relação jornalismo-ciência devem ser considerados uma das grandes prioridades na promoção da ciência. O investimento de maiores esforços nesta sinergia, para além de possibilitar um alcance mais vasto na promoção da cultura científica, permite também criar um meio de combate às fraudes científicas que se têm tornado uma constante no nosso quotidiano. Um público informado é um público menos suscetível de ser enganado!