Capes e FCT em Ciências

“Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”

Brasil quer atrair bolseiros portugueses

“Esta reunião foi importante para desenvolver novos programas que se traduzam em novos instrumentos de financiamento que permitam apoiar equipas brasileiras e portuguesas em áreas que sejam consideradas estratégicas para os dois países”, disse Paulo Pereira, vogal da FCT. Para a Fundação é importante começar a desenhar novos programas e alargar o âmbito da cooperação que já existe. “Há intenção de otimizar as sinergias, nalguns casos trata-se de utilizar instrumentos de financiamento existentes, noutros casos trata-se de dar a conhecer as oportunidades que existem no Brasil. Há uma grande assimetria entre os portugueses que vão e os brasileiros que recebemos, que são em muito maior número. A comunidade científica precisa de conhecer o que o Brasil tem para oferecer”, conclui Paulo Pereira.

A apresentação de seis unidades de I&D e a sua articulação com os programas doutorais de Ciências foi um dos pontos da agenda da visita de Jorge Almeida Guimarães, presidente da Capes, às instalações de Ciências no passado dia 11 de julho.

A Direção da Faculdade de Ciências da ULisboa respondeu favoravelmente ao convite lançado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) no sentido de organizar o referido encontro com aquela fundação do Ministério da Educação brasileiro, criada em 1951. Algumas das áreas em foco na reunião de trabalho foram sugeridas pela FCT, outras foram propostas por Ciências, nomeadamente a divulgação de determinados programas doutorais e ações de cooperação em curso, áreas manifestamente importantes na relação entre os dois países.

Para Jorge Almeida Guimarães, o balanço da visita a Ciências é positivo já que ficou a conhecer com maior detalhe cada um dos programas doutorais da Faculdade de Ciências da ULisboa. “Eu já sabia que teríamos boas apresentações e bons temas”, comentou o dirigente no final da reunião.

Os professores e investigadores de Ciências, Amélia Rauter, Luís Sanchez, Pedro Miranda, Henrique Cabral, Margarida Amaral e Margarida Santos-Reis, apresentaram respetivamente o Centro de Química e Bioquímica; o Centro de Matemática, Aplicações Fundamentais e Investigação Operacional; o Instituto D. Luiz; o MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente; o BioISI – Biosystems & Integrativa Sciences Institute e o Ce3C – Centre for Ecology, Evolution and Environmental Change.

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A Capes existe desde 1951
Fonte Octávio Pinto

A essas apresentações juntaram-se as exposições dos professores cientistas, António Branco e Fernando Barriga, sobre “Ciência e Tecnologia da Língua Portuguesa: Cooperação com instituições brasileiras” e “Geociências Portugal-Brasil: pistas para a compreensão do Atlântico”.

Para Jorge Almeida Guimarães é sempre agradável estar em Portugal, salientando o facto de que identificadas as universidades brasileiras com interesse em cooperar com a ULisboa, o passo seguinte será aumentar a mobilidade nos dois sentidos. “Nós oferecemos muitas oportunidades sobretudo para pós-doutorados, pessoas bem treinadas”, disse Jorge Almeida Guimarães, referindo que em Portugal existem mais de cinco mil bolseiros brasileiros, enquanto o número de portugueses no Brasil é ainda reduzido.

Por isso mesmo, José Manuel Rebordão, subdiretor de Ciências, diz que esta oportunidade serviu também para alertar a FCT e a Capes para a falta de instrumentos que viabilizam ações de cooperação entre os dois países e para a necessidade de divulgar informação sobre cooperações científicas e pedagógicas, a fim de otimizar este tipo de encontros e potenciar possíveis intercâmbios. “A perspetiva é: água mole em pedra dura tanto bate até que fura – Isso está a ser feito”, acrescenta José Manuel Rebordão.

Sem título
O número de bolseiros portugueses no Brasil ainda é reduzido
Fonte Octávio Pinto

Após a visita a Portugal, Jorge Almeida Guimarães viajou para Cabo Verde para entregar os diplomas aos alunos que concluíram com sucesso o 1.º ano de um programa de formação avançada na área das Ciências da Saúde e que resulta de uma parceria entre a FCT e a Capes. Este programa de estudos reúne investigadores e professores portugueses e brasileiros, que dão formação a estudantes dos PALOP.

Ana Subtil Simões, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura
info.ciencias@fc.ul.pt

O Air4, um protótipo para medição de gases indicadores da qualidade do ar, associado a um modelo de análise de mapas e a uma aplicação mobile, ficou em 2.º lugar no 1.º Hackathon de Tra

No Dia da Criança Galopim de Carvalho lança “O Avô e os Netos Falam de Geologia”, editado pela Âncora Editora e apresentado durante a Feira do Livro de Lisboa.

Foi em setembro do ano passado que a HortaFCUL decidiu abraçar o projeto de ajudar a construir uma Horta Pedagógica na Escola Básica de Santo António em Alvalade, em parceria com Direção e Associação de Pais da Escola e apoiado pelo programa de estímulo à aprendizagem financiado pela Gulbenkian.

Miguel Centeno Brito, professor do DEGGE, foi um dos participantes das II Jornadas da Energia, que ocorreram em abril passado, tendo sido um dos convidados do programa da Rádio Renascença Insónia.

Este ano as Jornadas celebraram a efeméride dos 35 anos da criação da licenciatura em Química Tecnológica.

 É necessário estabelecer redes de monitorização mais robustas e de larga escala para avaliar o impacto das alterações climáticas e da poluição atmosférica na Bacia do Mediterrâneo, refere comunicado de imprensa do cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais.

A primeira abordagem a uma reconstituição tridimensional da circulação atmosférica de Vénus pode ser lida no artigo “Venus's winds and temperatures during the MESSENGER's flyby: An approximation to a three-dimensional instantaneous state of the atmosphere”, publicado na Geophysical Research Letters.

O ano passado “The Sphere of the Earth” integrou a exposição “Formas & Fórmulas”, patente no Museu Nacional de História Natural e da Ciência. De lá para cá e por sugestão de José Francisco Rodrigues, um dos comissários desta mostra, Daniel Ramos começou a atualizar o referido programa tornando-o ainda mais rico em termos de funcionalidades e design, com uma multitude de visualizações cartográficas e da geometria da esfera e pela primeira vez em Português. Assim surgiu Mappae Mundi.

As plantas estão por todo o lado, são-nos indispensáveis de diversas formas, mas a nossa consciência, individual e coletiva, da sua importância, é ainda muito limitada.

“Não só quero continuar a adquirir competências, como quero passar a mensagem de que a Comunicação de Ciência é essencial para que a ciência seja compreendida e bem sucedida. É nosso dever informarmos a sociedade dos progressos científicos que vão sendo alcançados”, declara Rúben Oliveira, aluno do mestrado em Biologia da Conservação, finalista do concurso FameLab Portugal.

“O que realmente me aqueceu o coração foi o facto de que, depois da apresentação, algumas pessoas dedicaram tempo a dirigirem-se a mim para discutir o tema em mais profundidade, explicar-me os seus pontos de vista e opiniões”, declara Helena Calhau, aluna do 2.º ano da licenciatura em Física.

Ao serviço de quem está a ciência e a tecnologia? Devemos ter medo das suas utilizações? Há mesmo o perigo de uma superinteligência fazer-nos mal? Em 2014 e 2015, um conjunto de personalidades pôs em causa o controlo (ou a sua falta) da disciplina da Inteligência Artificial (IA) e abriu o debate com os temas da superinteligência e do domínio dos humanos por máquinas mais inteligentes. Graças a Elan Musk, Bill Gates, Stephen Hawking, Nick Bostrom e Noam Chomsky podemos estar mais descansados com o alerta (na singularidade defende-se que a Inteligência Artificial ultrapassará a humana para criar uma IA geral ou forte), mas mesmo assim cuidado.

“Sempre achei as áreas da educação e comunicação bastante interessantes, sonho desde jovem em incorporar um pouco destas duas áreas na minha carreira científica”, declara Hugo Bettencourt, aluno do mestrado integrado em Engenharia Biomédica e Biofísica.

“O Malcolm Love é uma pessoa incrível e ensinou-nos muitas coisas, desde como agir numa entrevista, como contar uma história de forma fascinante, como controlar o nervosismo e principalmente como cativar o público quando falamos”, conta Andreia Maia, aluna do mestrado em Biologia Molecular e Genética, finalista do concurso FameLab Portugal.

A que cheira a sardinha? Cheira bem, cheira a Portugal. Na próxima quinta-feira, 18 de maio, junte-se a Miguel Santos e a Susana Garrido, dois investigadores do IPMA envolvidos no processo de avaliação do estado dos recursos da pesca em águas nacionais e internacionais para mais uma sessão de 60 Minutos de Ciência, desta vez no Edifício Caleidoscópio.

Cristina Branquinho e Paula Matos propõem utilização dos líquenes como um novo indicador ecológico global.

Mais de mil alunos do ensino secundário visitaram o campus de Ciências no dia 3 de maio.

Assunção Bispo

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de maio é com Assunção Bispo, assistente técnica do Departamento de História e Filosofia das Ciências.

Andreia Maia, Helena Calhau, Hugo Bettencourt e Rúben Oliveira são os alunos de Ciências que apresentam assuntos científicos de forma simples e descomplicada em três minutos, na edição 2017 do FameLab Portugal.

Pela 13ª vez, realizou-se em Ciências a fase de semifinal das Olimpíadas de Química Júnior. 67 alunos dos 8.º e 9.º anos conheceram a Faculdade, o Departamento de Química e Bioquímica e testaram conhecimentos de Química, em provas escritas e experimentais.

A 8.ª edição da feira anual de emprego de Ciências aconteceu em abril. Esclarecimento de dúvidas através do contacto pessoal com empresas, workshops, treino de entrevistas de emprego e análises de currículos foram algumas das atividades que marcaram os dois dias.

“Alargar horizontes, mudar atitudes” é o lema do “Girls in ICT @CienciasULisboa” que acontece este sábado, dia 6 de maio de 2017, em Ciências.

A pergunta “Pode uma máquina pensar?” abre a busca por agentes inteligentes capazes de interatuarem com os seres humanos através de linguagens (a proposta do jogo de imitação como teste de inteligência), e sobretudo de serem autónomos em ambientes sofisticados.

Realiza-se este mês a 7th International Conference on Risk Analysis, em Chicago. Nela, a professora de Ciências Maria Ivette Gomes é homenageada pelo seu trabalho na área da Análise de Risco.

Faltam poucos dias para o Dia Aberto. A Faculdade volta a abrir portas aos alunos do ensino secundário no próximo dia 3 de maio.

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