CIÊNCIAS e OKEANOS em parceria para monitorizar biodiversidade e alterações dos ecossistemas marinhos

Projeto internacional SEAGHOSTS visa a monitorização e conservação das populações de painhos, as aves marinhas mais pequenas do planeta.

CIÊNCIAS e OKEANOS em parceria para monitorizar biodiversidade e alterações dos ecossistemas marinhos

Painho de cauda quadrada Hydrobates pelagicus

Victor Paris.

O projeto foca-se em seis espécies que nidificam no Atlântico Norte, cuja ecologia e até a taxonomia são muito pouco conhecidas, por serem muito difíceis de estudar: estas aves são exclusivamente noturnas em terra, não pesam mais que 50 gramas e nidificam em pequenas cavidades em rochas ou solo.

Através do esforço coordenado de dezasseis parceiros de onze países europeus, e ainda Cabo Verde, Estados Unidos e Canadá, até 2027 o SEAGHOSTS pretende compreender o ciclo anual das diferentes espécies, as áreas oceânicas utilizadas na reprodução durante a migração, e quantificar as ameaças que afetam a sua conservação à escala europeia.

“Através deste trabalho, teremos a oportunidade de mapear a sensibilidade a ameaças com origem na ação humana no mar, e ajudar a identificar as áreas marinhas mais importantes para a conservação dos painhos que habitam os nossos mares”, explica José Pedro Granadeiro, investigador de CIÊNCIAS e membro deste projeto.

Serão incluídas seis espécies de painho, incluindo duas espécies endémicas, o Pedreirinho (Hydrobates jabejabe), endémico de Cabo Verde e o Painho-de-Monteiro (Hydrobates monteiroi), endémico dos Açores.

Vista aérea da Ilha Selvagem Grande (Madeira)
Vista aérea da Ilha Selvagem Grande (Madeira). Fonte: José P. Granadeiro.

Verónica Neves, investigadora do OKEANOS – Instituto de Investigação em Ciências do Mar, afirma que “esta será uma ótima oportunidade para aprofundar o nosso conhecimento sobre a ecologia espacial global dos painhos, e contribuir para a preservação destas pequenas aves”, acrescentando que estes animais são fantásticas sentinelas do ecossistema marinho, “são altamente pelágicos, percorrem grandes distâncias no mar, têm uma vida muito longa e são extremamente sensíveis às ameaças antropogénicas em geral. São, pois, objetos de estudo ideais!”.

De acordo com os investigadores, este projeto visa colmatar lacunas no conhecimento sobre a biodiversidade marinha, combinando dados de monitorização disponíveis com novos dados que serão adquiridos durante o projeto em toda a Europa.

A pegada humana está distribuída de forma desigual pelos oceanos e pelas diferentes fronteiras políticas, mas o seu impacto no meio marinho tem sido pouco estudado. Esta falta de conhecimento dificulta frequentemente o desempenho da União Europeia nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Embora a sociedade europeia seja particularmente sensível aos processos de transição ecológica para atenuar as alterações globais, o grande investimento em tecnologias de baixo carbono e a rápida transição para fontes de energia renováveis, como por exemplo parques eólicos e solares offshore, também podem ter impactos muito prejudiciais nos ambientes marinhos. O conhecimento das rotas migratórias de várias espécies de painhos permitirá a identificação de ameaças e de zonas prioritárias para a conservação das espécies.

O projeto SEAGHOSTS foi um dos 33 selecionados no âmbito da iniciativa BiodivMon do programa Biodiversa+, sendo os parceiros portugueses financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Projeto SEAGHOSTS
Logotipo do projeto internacional SEAGHOSTS. Fonte: SEAGHOSTS.

 

Marta Daniela Santos, Gabinete de Comunicação de Ciência da DCI CIÊNCIAS
mddsantos@ciencias.ulisboa.pt

A representação do campus da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em 3D utilizando tecnologias inovadoras fornece dados de apoio à gestão e utilização de recursos.

“Nos meus projetos lido diariamente com a Biologia, a que aprendi na faculdade e ao longo da minha vida, e com o desenho que me acompanha como forma de olhar, entender e comunicar”, declara o ilustrador científico Pedro Salgado, antigo aluno de Ciências.

.

Cerca de 39 alunos do BioSys participaram no segundo encontro de estudantes deste programa doutoral. O evento ocorreu em Beja este mês. Também em outubro terminam as candidaturas a 11 bolsas de doutoramento da próxima edição do BioSys.

Uma vez mais Ciências participou na Maratona Interuniversitária de Programação (MIUP), este ano organizada pela Universidade do Minho. A equipa de Ciências - Caracóis Hipocondríacos -, composta pelos alunos Nuno Burnay, Robin Vassantlal e Guilherme Espada, ficou em 3.º lugar, ao resolver quatro dos nove problemas da competição.

Imagina que tens um jarro vazio e um conjunto de pedras grandes, seixos, gravilha e areia. Agora, imagina que para encher o jarro, vais colocando primeiro a areia e a gravilha e só no fim, as pedras maiores... O que achas que acontece? Será que vai caber tudo e de que forma?... E se colocássemos as pedras grandes primeiro?

As alterações climáticas podem mudar a natureza do impacto do lagostim-vermelho-da-Louisiana (Procambarus clarkii) nos ecossistemas.

Recentemente, dois estudos sobre como pensamos, um do Instituto Max Planck (para a História da Ciência, Alemanha) e outro da Escola de Medicina de Harvard (EUA), de maio de 2017 (revista NeuroImage, de Elinor Amit e Evelina Fedorenko), clarificaram as diferenças que nós temos quando refletimos sobre alguma matéria, fazemos coisas, ou emulamos a realidade.

Ciências participa na KIC EIT Health que visa promover o empreendedorismo para o desenvolvimento de uma vida saudável e de um envelhecimento ativo. Os alunos podem inscrever-se na unidade curricular que lhes permite participar no projeto, sendo que uma parte é feita na Dinamarca.

A experiência ATLAS acontece há 25 anos e a data será celebrada com palestras, bem como com uma homenagem à responsável pela participação portuguesa na experiência, a cientista Amélia Maio.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de outubro é com Francisco Oliveira, assistente técnico do Núcleo de Manutenção do Gabinete de Obras, Manutenção e Espaços da Área de Serviços Técnicos de Ciências.

O Prémio Nobel da Física de 2017 foi atribuído a Rainer Weiss, Barry Barish e Kip Thorne. Francisco Lobo, investigador do Departamento de Física de Ciências e do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, comenta o tema.

Há cinco anos o biólogo marinho Pedro M. Lourenço encontrou microfibras em dejetos de aves. Foi nessa ocasião que surgiu a ideia de avaliar a abundância de microplásticos nos estuários, iniciando assim um estudo sobre a poluição por plásticos.

“Para além da importância no contexto científico, este trabalho também tem uma forte importância no contexto industrial, pois permite otimizar os gastos de energia domésticos e industriais”, explica o investigador do Centro de Química Estrutural de Ciências, Francisco Bioucas.

Mais de 100 cientistas reúnem-se em Lisboa, na Faculdade de Ciências, para abordar a temática dos nanofluidos.

A origem dos raios cósmicos de elevada energia foi desvendada. O LIP, do qual Ciências faz parte, colaborou na obtenção dos resultados.

O minhocário será usado para investigar o processo de vermicompostagem, numa experiência piloto em parceria com o Gabinete de Segurança, Saúde e Sustentabilidade da Área de Serviços Técnicos de Ciências e com o Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c).

Há um mineral peculiar que pode ajudar a desvendar o contributo do vulcanismo de Decão sobre a extinção em massa e a morte dos dinossauros: a akaganéite. Os resultados do estudo foram publicados na Nature Scientific Reports.

Ciências participa com mais de 30 de atividades de divulgação de ciência, espalhadas por Lisboa, Lousal e até na ilha Terceira.

O primeiro Dia Internacional do Microrganismo foi celebrado a 17 de setembro, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, numa iniciativa conjunta da Sociedade Portuguesa de Microbiologia, Ordem dos Biólogos, Ciência Viva e Comissão Nacional da UNESCO.

Desde 1971 que a guerra está aberta, mas o combate tem sido difícil. Por um lado, não temos só uma doença, e o que já conhecemos não tem chegado para estarmos contentes.

Um novo estudo liderado por Ciências encontrou grandes quantidades de fibras artificiais no estuário do Tejo e em zonas costeiras da África Ocidental, segundo comunicado de imprensa emitido pela Faculdade esta segunda-feira.

Falta pouco para a Faculdade voltar a ser homenageada com a atribuição de mais duas insígnias de professores eméritos a dois dos seus docentes aposentados.

Zbigniew Kotowicz, investigador e membro integrado do Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa, faleceu aos 67 anos, no dia 21 de setembro de 2017.

Ciências integra um consórcio europeu que vai receber do programa Horizon 2020 cinco milhões de euros para desenvolver, entre 2018 e 2021, a mais avançada tecnologia de espectrometria de massa.

Agora que terminaste o ensino secundário e estás prestes a iniciar esta nova etapa, vários vão ser os desafios pessoais e académicos que vais enfrentar.

Páginas