Programa de Estímulo à Investigação

Entrevista com… Alexandre Simões

Entrevista com… Alexandre Simões
cedida por AS

Alexandre Simões, estudante do Departamento de Matemática de Ciências, é um dos oito vencedores da edição 2014 do Programa de Estímulo à Investigação da Fundação Calouste Gulbenkian. O trabalho que está a desenvolver pretende dar resposta a problemas clássicos, utilizando métodos mais modernos, traduzindo-se o estudo em “Métodos topológicos para o estudo de equações diferenciais”. Fique a conhecer mais pormenores sobre este trabalho na entrevista a seguir apresentada.

Ciências - Como surge a candidatura ao Prémio Fundação Gulbenkian Estímulo à Investigação?
Alexandre Simões (AS) - A minha candidatura surge após recomendação da professora Gracinda Gomes (Departamento de Matemática, DM), que me chamou a atenção para a existência desta bolsa de Estímulo à Investigação que, de resto, eu desconhecia. Ignorava totalmente. Não teve, por isso, uma origem autónoma. Para além disso, a professora Gracinda incentivou-me a trabalhar sob a alçada da professora Carlota Gonçalves (DM). A partir daí, o processo de candidatura descolou. Falei com a professora Carlota, a qual se disponibilizou de imediato para me orientar, e apresentou-me uma proposta de trabalho ligada ao seu próprio trabalho de investigação que me interessou.

Ciências - Em que consiste o trabalho pelo qual foi distinguido?
AS -
O trabalho consiste num estudo de um problema matemático de equações diferenciais muito conhecido e com origens na Física, que é o problema de Kepler. Este problema remonta aos séculos XV/XVI, quando Kepler propôs as leis pelas quais os planetas se moviam e avançava com o cálculo das suas órbitas à volta do Sol. Posteriormente, o problema encontrou aplicações tanto na astronomia - onde permitiu o cálculo das órbitas de planetas, asteroides, cometas, entre outros - como no mundo microscópico, mais concretamente aos átomos.

Este trabalho é uma variação sofisticada destes problemas clássicos, onde os métodos matemáticos mais antigos não são suficientes para encontrar uma solução para o problema e, por isso, utilizará alguns métodos mais modernos, designadamente, métodos topológicos que dão nome ao trabalho.

Ciências - Que importância considera ter para o contexto científico em que se insere?
AS -
O projeto pretende ser mais um pequeno contributo para a investigação que tem sido feita nos últimos tempos sobre este tema.

Ciências – Quando decorrerá o trabalho de investigação?
AS -
O trabalho de Investigação terá início provável em Janeiro/ Fevereiro de 2015.

Ciências - Que aplicação prática tem ou terá este trabalho?
AS -
O trabalho é uma investigação matemática puramente teórica e o seu alcance é sobretudo académico. Face a isto, dirão talvez alguns que então uma investigação deste género é uma perda de recursos quer humanos quer materiais, no entanto, também é verdade que o conhecimento raramente é supérfluo e, sobretudo, é imprevisível onde cada fragmento de informação aparentemente inútil nos pode conduzir. Há inúmeros exemplos na história. Portanto, isto para dizer que o trabalho poderá ter aplicações, nomeadamente a problemas da Física, apesar de, no imediato, elas não serem discerníveis.

Ciências - O que o distingue dos restantes trabalhos da área?
AS -
A diferença fundamental serão as técnicas utilizadas. Procurar-se-á chegar a resultados novos utilizando técnicas novas.

Ciências - De que forma os ensinamentos adquiridos em Ciências foram/são importantes para o desenvolvimento deste trabalho?
AS -
Todo o conhecimento científico de base para este trabalho foi adquirido em cursos de Ciências. Sendo assim, a FCUL é a mãe de toda a minha eventual produção nesta área científica. Falando mais a sério, todo o meu percurso académico foi realizado aqui e, até agora, tem sido com grande satisfação que tenho sido aluno de Ciências e, evidentemente, devo os conhecimentos que tenho à FCUL e, mais concretamente, aos seus professores.

Ciências - O que significa para si esta distinção?
AS -
Esta distinção, pessoalmente, representa a possibilidade de iniciar o trabalho de investigação, dado que sou ainda um principiante de Mestrado, sendo também um incentivo à continuação dos estudos. Também, uma vez que é atribuída pela Fundação Gulbenkian, é uma distinção particularmente prestigiante. Não deixa de ser uma honra receber financiamento de uma instituição que é um oásis num país onde, infelizmente, os incentivos à cultura e à ciência são tantas vezes raros e exíguos.

Raquel Salgueira Póvoas, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

“Os ensinamentos adquiridos em Ciências estão na base das investigações que tenho desenvolvido, foi através deles que adquiri os conceitos e conhecimentos que me permitem desenvolver o estudo dos materiais. Por outro lado, a interação com diferentes áreas da Geologia permite absorver muita informação importante para a interpretação de muitos dos achados”, explica a investigadora Elisabete Malafaia.

Jean-Paul Montagner, Institut de Physique du Globe, Université Paris-Diderot, Paris, France

António Castelo, Aidnature

"Recordo-me sobretudo dos professores e da matéria que dava nas aulas. A minha pancada com evolução é forte e já nessa altura era. Ainda hoje nada me dá mais prazer do que aprender e compreender como funciona a vida na terra. Tive muito bons professores durante o curso e isso foi fundamental até quando, mais tarde, saí para fazer o mestrado em Inglaterra", conta o antigo aluno de Biologia de Ciências, António Castelo.

Expedição Aidnature

“Cada animal, cada comportamento é um desafio. O momento em que conseguimos a imagem de que estamos à espera e que imaginámos na nossa cabeça, é de uma adrenalina enorme, que contrasta com a paz que é estar horas no campo à espera”, declara António Castelo, antigo aluno do curso de Biologia de Ciências, agora biólogo na Aidnature.

 Nos dias 29 e 31 de outubro de 2014 realiza-se uma reunião em Heildelberg, na Alemanha, com o intuito de apresentar os 106 novos membros ao EMBO Council.

Ano Internacional da Cristalografia 2014

O Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa associa-se à comemoração do Ano Internacional da Cristalografia.

MATEMÁTICA E ENSINO

De acordo com o Despacho do Senhor Diretor da Faculdade, a eleição do Presidente do Departamento de Matemática terá lugar no próximo dia 30 de Maio.

Conferência no dia 16 de Maio, 11h30, anfiteatro 3.2.15, Edifício C3, FCUL, Campo Grande, Lisboa.

Marta Lourenço

Marta Lourenço, membro do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, da Secção Autónoma de História e Filosofia das Ciências e subdiretora do Museu Nacional de História Natural e da Ciência foi galardoada com a Medalha George Sarton pela Universidade de Gent.

Imagem de Octávio Pinto

O seminário integrado na disciplina de Agricultura e Florestas, do mestrado em Ecologia e Gestão Ambiental, realiza-se dia 7 de maio, pelas 11h15, no edifício C2, 2.º piso, sala 2.2.14.

Christoph Meyer

Christoph Meyer começou a trabalhar no Centro de Biologia Ambiental de Ciências, em fevereiro de 2009. A estadia em Ciências tem corrido bem.

Tectonics and Neotectonics of the western North America and Associated Hazards

Conferência no dia 29 de Maio, 12h00, sala 6.2.56, Edifício C6, FCUL, Campo Grande, Lisboa.

EuroGP2014

Stefano Ruberto, Leonardo Vanneschi, Mauro Castelli & Sara Silva foram distinguidos com o best paper award for EuroGP 2014, durante a "17th European Conference on Genetic Programming", ocorrida entre 23 e 25 de abril, em Granada, Espanha.

A Biblioteca do Conhecimento Online, celebra o seu 10.º Aniversário

“Nestas formações, ensina-se, entre outros aspetos, a detetar situações de paragem cardiorrespiratória precocemente, a saber ligar o 112 rapidamente, sabendo dizer o que é importante, e iniciar manobras básicas, como compressões torácicas para manter alguma circulação e oxigenação dos órgãos vitais até à chegada de ajuda”, explicou o formador do INEM, Rui Rebelo.

The biosphere-atmosphere interactions mediate the largest exchanges in the global carbon cycle. Understanding the role of climate and other environmental factors on the carbon cycle of terrestrial ecosystems is key for assessing vulnerabilities and future feedback into the climate system.

A reportagem multimédia “Sonhar com o futuro” inclui testemunhos de candidatos ao ensino superior e que participaram na edição do ano passado do Dia Aberto.

Carla Nunes, Maria M. M. Santos e Carlos Baleizão

Os desafios que os novos mecanismos de financiamento suscitam apelam à criação de equipas multidisciplinares e complementares que incrementem o impacto da investigação desenvolvida.

Com o objetivo de mostrar as funções, tarefas e responsabilidades do cientista, o Departamento de Química e Bioquímica, o Departamento de Biologia Vegetal  e o IBEB receberam nos seus laboratórios 12 alunos do 12.º ano do Colégio São João de Brito.

Imagem editada pelo DI

O project Lusica e a contribuição para a exposição Retro Computing no 

Pormenor do cartaz do Programa de Estímulo à Investigação 2013

Entre 1994 e 2013, a Fundação Calouste Gulbenkian atribuiu bolsas a 32 alunos da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa ao abrigo do Programa de Estímulo à Investigação. Na última edição Alexandra Symeonides e Sara Realista foram as felizes contempladas.

Alexandra Symeonides

“A Fundação Calouste Gulbenkian, com este incentivo, está a permitir-me começar uma atividade de investigação na área da análise estocástica mas, sobretudo, está a permitir-me ganhar bagagem para vir a explorar esta área em projetos a outros níveis”, reforça a investigadora do Grupo de Física Matemática da Universidade de Lisboa.

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