Primeiro retiro científico do programa Gulbenkian Novos Talentos junta bolseiros de CIÊNCIAS em Coimbra

Primeiro retiro científico do programa Gulbenkian Novos Talentos junta bolseiros de CIÊNCIAS

Primeiro retiro científico do programa Gulbenkian Novos Talentos junta bolseiros de CIÊNCIAS

O primeiro retiro científico desta edição do programa Novos Talentos da Fundação Calouste Gulbenkian aconteceu em dezembro, em Coimbra, e os bolseiros de CIÊNCIAS, acompanhados dos seus tutores, tiveram oportunidade de participar e partilhar experiências e conhecimento.

O programa Novos Talentos dá aos bolseiros a oportunidade de participar em retiros científicos e workshops dinamizados pela Fundação Calouste Gulbenkian. Em CIÊNCIAS foram treze os estudantes premiados com estas bolsas, na edição 2024/2025.

Alguns alunos de CIÊNCIAS que participaram no evento relatam a sua experiência, sublinhando uma superação das expetativas. “Fui para o retiro com as expetativas de que iria ser muito enriquecedor e cultivador, e, na verdade, acabou por ir muito além daquilo que esperava.”, referiu Gonçalo Duarte, bolseiro do Programa Novos Talentos na área da Química.

"A participação no retiro científico da Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito da Bolsa Novos Talentos, revelou-se uma experiência profundamente enriquecedora, da qual saí de coração cheio.", sublinha Ana Miranda, bolseira do Programa na área da Biologia.

Já para Rodrigo Gomes, também ele bolseiro na área da Química, “tinha imensas expetativas de conhecer novas pessoas, aprender e sobretudo divertir-me, e a verdade é que foi muito mais do que isto. Não estava à espera de conhecer tantas pessoas diferentes e tão incríveis.”

“Fui para este retiro sem expetativas, na realidade não sabia de todo o que esperar. Acabei por ficar muito agradado, especialmente pelos esforços da fundação e da comissão científica em tornar este fim de semana um excelente momento de partilha e de convívio entre estudantes e professores”, sublinha Jaouen Ramalho, bolseiro na área da Matemática.

“Antes do retiro, esperava um ambiente estimulante para troca de ideias e aprendizagem, e posso afirmar que essas expetativas foram amplamente correspondidas”, refere Pedro Azóia, bolseiro na área da Física.  

Francisco Silva, também bolseiro na área da Física, descreve o que esperava: “Pensei que isto iria ser algo muito sério e muito formal, mas olhando para trás, vejo que me senti confortável para falar com qualquer um, professor ou aluno e desta forma posso concluir que foi uma atividade não só enriquecedora a nível académico, mas também bastante divertida. Irei guardá-la na memória!”

O contato com estudantes e professores de outras áreas foi, para estes alunos, um ponto alto do retiro, que consideram que esta experiência lhes proporcionou uma rede de contatos que pode vir a ser útil no futuro.

“Acredito que é essa uma das melhores partes deste projeto, pudermos conhecer imensas pessoas que no dia a dia provavelmente não falaríamos porque ou são de outra zona do país ou de uma área com a qual não nos identificamos tanto. É este espírito de união, entreajuda e companheirismo que mais me fascinou neste fantástico fim de semana.”, diz Rodrigo Gomes.

 “Conhecer novas pessoas é sempre bom, mas conhecer novas pessoas que partilham este entusiasmo pelas ciências é ainda mais gratificante”, partilha Jaouen Ramalho.

Francisco Silva partilha alguns detalhes do fim-de-semana: “A receção no primeiro dia foi muito boa, assistimos a pequenas apresentações de bolseiros da edição anterior o que me deu uma expectativa do que é esperado de nós; como também recebemos dicas valiosas de professores numa mesa-redonda e os seus percursos académicos.”

“O segundo dia do retiro foi o dia em que nós apresentamos o projeto ao qual nos iriamos dedicar até ao final do ano letivo. Sinto que foi importante perceber em que é que os meus colegas iram trabalhar, pois se algum dia precisar de tirar dúvidas de uma certa área, já saberei com quem falar.”

Ana Miranda salienta, "Tive o privilégio de conhecer colegas maravilhosos, não apenas da área da Biologia, mas também de outras áreas do saber, assim como investigadores e professores de várias especialidades. Esta diversidade proporcionou um ambiente fértil para conversas, trocas de ideias sobre diversas temáticas multidisciplinares e debates sobre temas atuais de grande relevância. Um dos momentos altos foi a apresentação dos projetos nos quais cada aluno irá trabalhar, seguida de um brainstorming dinâmico e interativo, repleto de sugestões valiosas e questões pertinentes."

Todos consideram que esta foi uma experiência extremamente enriquecedora, realçando a importância do evento para a sua formação enquanto cientistas.

Para Gonçalo Duarte, este retiro científico reforçou a sua necessidade de procura de conhecimento. “Neste retiro percebi que existe ainda imenso por descobrir, tendo por vezes a sensação de que já foram descobertas imensas coisas, como todas as leis da física, entre todas as outras teorias e teses que se têm sobre o mundo, e na verdade existirem tantas outras por descobrir. No retiro refleti sobre isto, e acabei por sentir que não sabia nada ao pé de tantas pessoas interessantes e curiosas”, refere.

“Este retiro permitiu-me ainda refletir sobre quem sou enquanto cientista e, acima de tudo, quem quero ser. Fez-me perceber que estamos todos ligados uns aos outros, e que a Ciência se faz em conjunto com outras pessoas, com outras áreas, com outros cientistas.”, conclui Rodrigo Gomes.

“Um dos aspetos mais marcantes foi a possibilidade de estabelecer contatos com outros bolseiros e investigadores. Estes momentos de interação foram fundamentais para explorar interesses comuns, trocar experiências. Além disso, as sessões e atividades promovidas durante o retiro contribuíram significativamente para a minha formação enquanto cientista, ajudando-me a refletir sobre o impacto da investigação no mundo e o papel que posso desempenhar nesse processo”, refere Pedro Azóia.

“Considero que é este tipo de eventos proporcionados pela fundação que diferencia esta bolsa”, diz Jaouen Ramalho.

"Esta experiência não só me permitiu vislumbrar um pouco do funcionamento de conferências científicas, como também me apresentou muitos dos rostos que compõem esta fascinante comunidade científica. Foi um fim de semana de aprendizagem, partilha e inspiração que ficará, sem dúvida, gravado na minha memória.", partilha Ana Miranda

“Resta-me agradecer à Fundação Calouste Gulbenkian por me ter proporcionado a mim a todos os meus colegas esta fantástica experiência e por me ter dado esta oportunidade”, conclui Rodrigo Gomes.

O segundo retiro científico desta edição das Bolsas Novos Talentos está previsto para meados de 2025.

Tânia Marques - Gabinete de Comunicação de Ciência - DCI CIÊNCIAS
trmarques@ciencias.ulisboa.pt

Susana Custódio preside à Comissão Executiva do ORFEUS - Observatories & Research Facilities for European Seismology, integrado no EPOS - European Plate Observing System.

Detalhe da função de onda calculada para a espécie ativa do catalisador

Nuno A. G. Bandeira modelou computacionalmente as propriedades eletroquímicas de óxidos de molibdénio. O investigador da Universidade de Lisboa pretende continuar a estudar moléculas originais e interessantes seja qual for a sua finalidade. “A tabela periódica ainda tem muito para nos dizer”, diz o cientista.

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Estudo de fósseis revela a extinção de uma árvore da família do chá que se encontrava presente há 1,3 milhões de anos na ilha da Madeira. Carlos A. Góis-Marques, aluno de doutoramento em Geologia, é um dos autores desta investigação.

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É o mecanismo mimético que nos permite interatuar uns com os outros, compreender os sentimentos dos amigos, e viver a compaixão e a empatia”, in Campus com Helder Coelho.

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Ao todo estão previstas sete sessões, com pelo menos um orador convidado. Em cada uma delas Dinis Pestana falará sobre livros que estejam relacionados com o tema em análise. O objetivo é conquistar leitores, sobretudo entre os estudantes universitários.

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“O desenvolvimento de uma missão astronómica espacial é uma aventura demorada, que, nos casos mais complexos, pode demorar mais de duas décadas. Com o Athena estamos envolvidos neste processo desde os primeiros passos, tendo ajudado a construir a proposta ‘vencedora’”, conta José Afonso, que lidera a participação portuguesa na missão Athena, prevista para 2031.

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"Revendo as discussões nos últimos anos sobre a Inteligência Artificial (IA), a ideia da superinteligência (super-homem) e da frieza dos comportamentos dos agentes artificiais, quando comparados com os seres humanos, concluímos que o medo à IA só será ultrapassado com uma nova postura da IA, virada para a enfâse nos benefícios", escreve Helder Coelho, professor do DI Ciências ULisboa.

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O projeto “NitroPortugal -Strengthening Portuguese research and innovation capacities in the field of excess reactive nitroge” promove livro infantil “A história do azoto, bom em pequenino e mau em grande”.

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A British Ecological Society anunciou esta sexta-feira, dia 30 de novembro, os vencedores do concurso anual de fotografia Capturing Ecology. Entre as várias fotografias premiadas encontram-se as de Adrià López Baucells, estudante do programa doutoral Biodiversidade, Genética e Evolução e investigador do polo de Ciências ULisboa do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais.

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Cientistas portugueses estiveram envolvidos na primeira medição espacial do redemoinho de massa que orbita um buraco negro de centenas de milhões de massas solares.

C6

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