Planeamento

Alterações climáticas podem obrigar a mudar o que fazemos nos oceanos, avisa investigadora de CIÊNCIAS

Catarina Frazão-Santos tem trabalhado no planeamento dos oceanos

Catarina Frazão-Santos, investigadora do MARE, recorda que alguns dos usos dados aos oceanos podem tornar-se inviáveis devido às alterações climáticas

DCI-CIÊNCIAS

Muda o clima e com ele podem ter de mudar muitas das coisas que a humanidade faz nos oceanos. O aviso vem de Catarina Frazão-Santos, professora da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS) que se juntou às investigadoras Tundi Agardy, e Elena Gissi, na redação de um dos capítulos do livro “Navigating Our Way to Solutions in Marine Conservation”. O livro, que é distribuído livremente e sem custos, foi organizado pelo especialista em ecologia marinha Larry B. Crowder e conta com os contributos de 56 investigadores de 13 países.

“O livro já é uma referência, e Larry B. Crowder é uma voz bem estabelecida mundialmente no tema da biodiversidade e da gestão dos oceanos. Com o livro, procura-se mostrar soluções de âmbito mais geral e casos de estudo que já estão a ser aplicados em diferentes locais e que servem de exemplo de boas práticas”, explica Catarina Frazão-Santos.

Larry B. Crowder é professor de Ecologia Marinha e Conservação na Universidade de Stanford, dos Estados Unidos. O livro Navigating Our Way to Solutions in Marine Conservation surge 20 anos depois de Larry B. Crowder organizar, em parceria com Elliott A. Norse, um outro livro na mesma temática, com o título de “Marine Conservation Biology: The Science of Maintaining the Sea’s Biodiversity”.

No novo livro, Catarina Frazão Santos liderou a redação do oitavo capítulo, que tem por tema o Planeamento do Espaço Marinho na Era das Alterações Climáticas. Segundo a professora de CIÊNCIAS, que tem feito carreira como investigadora do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente – MARE, é nesse capítulo que se faz a revisão dos vários usos que são dados aos oceanos e a forma como todas essas atividades podem ser afetadas pelos “fatores” associados às alterações climáticas.

Se no grupo dos usos podemos encontrar atividades relacionadas com a pesca, o turismo, ou o transporte marítimo, nos fatores associados às alterações climáticas figuram a acidificação e a perda de oxigénio dos mares, a subida do nível das águas ou eventos extremos, como furacões e grandes tempestades. “No capítulo que redigimos, tentamos descrever como é que os fatores das alterações climáticas vão afetar, no tempo e no espaço, o planeamento dos vários usos que damos aos oceanos”, informa Catarina Frazão-Santos. “Eventualmente, alguns destes usos vão ter de mudar de local; outros vão perder a intensidade; e outros ainda terão de desaparecer porque se tornaram inviáveis” refere a investigadora.

Os mesmos fatores que levam à restrição de determinadas atividades podem ter como resultado um aumento da intensidade de outros usos, recordam as três autoras que assinam o oitavo capítulo do livro. Catarina Frazão-Santos dá como exemplo as plataformas de turbinas eólicas que podem vir a proliferar nos oceanos como fonte de energia que mitiga a emissão de gases que fomentam o efeito de estufa e  as próprias alterações climáticas.

“O planeamento do espaço marinho tem de se tornar dinâmico e flexível para garantir que se adapta às alterações climáticas. Caso contrário, arriscamo-nos a ter áreas protegidas onde as espécies a proteger já não existem, ou áreas de pesca em zonas em que já não há estoques de peixe para pescar”, refere Catarina Frazão-Santos.

A UNESCO lançou um guia de boas práticas, e mais de 120 países já contam com planos de gestão e organização de espaços marinhos. Em paralelo, têm surgido os primeiros debates para levar algumas destas iniciativas de planeamento para espaços internacionais que não dependem das jurisdições nacionais. “Mas acontece que são poucas as iniciativas de planeamento do espaço marinho que já contemplam os fatores associados às alterações climáticas”, conclui Catarina Frazão-Santos. Fica dado o alerta.

Hugo Séneca - DCI CIÊNCIAS
hugoseneca@ciencias.ulisboa.pt

Filipe Duarte Santos - Professor Catedrático e Jubilado do Departamento de Física e Director do SIM

Imagem de perfil de Maria Filomena Camões, professora do DQB-FCUL

Maria Filomena Camões, professora do Departamento de Química e Bioquímica da FCUL, assina um artigo sobre a criação do Instituto Nacional de Metrologia da Colômbia e a inauguração de um laboratório do qual é madrinha.

Guiomar Evans - Prof. Auxiliar do Departamento de Física e Investigadora do Centro de Física da Matéria Condensada

A missa do 30.º dia em memória de José Manuel Pires dos Santos, professor aposentado do Departamento de Informática da FCUL, realiza-se a 11 de setembro, pelas 19h00, na Igreja da Luz, em Carnide.

Toda a morte, mesmo a anunciada, é uma surpresa. Um misto de espanto e de descrença como se não fosse possível acontecer.

As actividades da Semana Zero do DEGGE têm lugar nos dias 12, 13 e 14 de Setembro.

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Em cinco anos, a UL e a FAD apoiaram 134 projetos. A Faculdade de Ciências distingue-se com o maior número de alunos e respetivos trabalhos distinguidos, setenta.

Apresentações públicas do Programa de Doutoramento em Biologia

Apesar do próximo ano letivo começar já dia 17 de setembro, a FCUL ainda está a receber candidaturas de alunos interessados nos seus cursos pós-graduados.

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Tal como anunciado em julho, a modernização do Centro de Dados da FCUL foi realizada durante os meses de verão e está prestes a terminar.

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Aos familiares, amigos e colegas a FCUL apresenta as sinceras condolências.

Fluxo de energia bancária

“O princípio de que aumentar o capital dos bancos favorece a estabilidade bancária, para além de estar errado, penaliza países como o nosso de forma ainda mais gravosa”, refere em entrevista Pedro Gonçalves Lind, um dos autores do regular article “The Dynamics of Financial Stability in Complex Networks”.

Os cidadãos estrangeiros abrangidos pelos programas “Erasmus Mundus” e “Ciência sem Fronteiras” podem ter autorização de residência em menos de 15 dias e direito à mobilidade no espaço da União Europeia.

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Através do sistema Concursos pode aceder a mais informações sobre o convite publicado no Jornal Oficial da União Europeia.

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Adultos e criança em atividade da Ciência Viva no Verão

Até 15 de setembro, a iniciativa Ciência Viva no Verão percorre o País organizando mais de 1700 atividades científicas gratuitas para toda a população. As inscrições permanecem abertas até 15 de setembro, de acordo com o calendário de atividades. Nesta altura, já são mais de 20 mil os inscritos.

Nos dias 9 e 10 de Agosto a plataforma Moodle da FCUL vai estar inacessivel devido a uma manutenção de rotina.

As nossas desculpas pelos possiveis incómodos causados.

Liliana Caldeira junto aos posters

A investigação sempre foi um objetivo, que ganhou força após o prémio para melhor poster ser-lhe atribuído numa importante conferência internacional. Até ao final do ano, Liliana Caldeira, aluna de doutoramento em Engenharia Biomédica e Biofísica da FCUL, deverá defender a tese.

Pontos de interrogação

"Aquando da candidatura, o projeto estava numa fase embrionária e foi o Programa de Estímulo à Investigação da FCG que deu força e motivação para avançar”, diz Jocelyn Lochon, um dos vencedores da edição 2011 do Programa de Estímulo à Investigação.

Aluna entrevistada, sentada numa rocha

“O mais importante é saber gerir o tempo, ter alguma disciplina, definir os objetivos a alcançar e não dispersar”. A declaração pertence a Ana Bastos, jovem investigadora da FCUL e uma das vencedoras em 2011 do Programa de Estímulo à Investigação da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG).

Cara do aluno entrevistado

“Acredito que o meu projeto vá ter efeitos na área da Saúde Pública. Ainda que não seja já nesta fase, espero poder contribuir para evoluções, por exemplo, ao nível da vacinação”, refere Tomás Aquino, um dos vencedores da edição de 2011 do Programa de Estímulo à Investigação.

A Bial, procura um Bioestatista para a oportunidade de emprego que pode ser visualisada em maior detalhe na página através do link:

Information dissemination in unknown radio networks with large labels

Professor Shailesh Vaya,
Xerox Research Centre, India,

July 20 at 10h00 on room 6.3.38

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