Assinado acordo para a construção do mais avançado espectrógrafo da próxima geração

Signatários do acordo

Roberto Ragazzoni, o presidente do INAF, e Xavier Barcons, o diretor geral do ESO, depois da assinatura do acordo

ESO

Dia 5 de junho foi assinado o acordo para a construção do espectrógrafo ANDES (ArmazoNes high Dispersion Echelle Spectrograph – Espectrógrafo Echelle de alta dispersão do Armazones), entre o Observatório Europeu do Sul (ESO) e um consórcio internacional de instituições. Portugal, através do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e com o apoio da Agência Espacial Portuguesa, terá a responsabilidade de construir o Front-End, o sistema que irá capturar a luz do futuro Telescópio Extremamente Grande (Extremely Large Telescope – ELT) do ESO, e prepará-la para os vários espectrógrafos que irão decompor a luz dos astros observados.

Alexandre Cabral (IA & Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa), o investigador responsável pela equipa de Instrumentação e Sistemas para Astronomia do IA, diz que esta tarefa: “É complexa e desafiante, tal qual o gigantesco telescópio onde será instalado, e que resulta da participação do IA em diversos instrumentos para o ESO, nomeadamente o ESPRESSO, o NIRPS e o MOONS, onde a equipa teve oportunidade de cimentar a sua experiência e manter-se naquilo que é o estado da arte em instrumentação para astronomia a nível mundial.”

O acordo foi assinado na sede do ESO, em Garching (Alemanha), pelo Diretor Geral do ESO, Xavier Barcons e por Roberto Ragazzoni, o Presidente do Instituto Nacional de Astrofísica Italiano (INAF), a instituição que lidera do consórcio do ANDES.


Representação artística do modelo do espectrógrafo ANDES. (Crédito: ESO)

O ANDES (ArmazoNes high Dispersion Echelle Spectrograph, ou espectrógrafo de Echelle de alta dispersão do Armazones) será um potente espectrógrafo, a ser instalado no maior telescópio da próxima geração, o ELT do ESO (em Cerro Armazones, deserto do Atacama, Chile), com quase 40 metros.

Irá observar, com precisão recorde, nas bandas do visível e infravermelho próximo, a luz recolhida pelos gigantescos espelhos de quase 40 metros de diâmetro do ELT. Isto irá permitir, por exemplo, procurar indícios de vida através da análise da atmosfera de exoplanetas, estudar a evolução de galáxias e identificar a primeira geração de estrelas que se formaram no Universo primitivo, ou determinar se as constantes do Universo variam ao longo do tempo. Os dados deste instrumento irão ainda ser usados para medir diretamente a aceleração do Universo, um dos mais importantes mistérios da astronomia moderna.

Para Nuno Cardoso Santos (IADep. de Física e Astronomia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto), o investigador principal da equipa de Sistemas Planetários do IA: “O ANDES é um elemento chave para concretizarmos a estratégia de longo prazo, definida no IA, e que nos permite estar na linha da frente na descoberta de outras Terras no Universo.”

A estratégia do IA começou com a participação, ao mais alto nível, no projeto ESPRESSO (ESO) e na missão espacial CHEOPS, da Agência Espacial Europeia (ESA). Um novo capítulo desta estratégia começará com o lançamento, em 2026, da missão espacial PLATO (ESA), que promete ser capaz de detetar planetas parecidos com a Terra, que serão depois estudados com o ANDES. “Quem sabe, seremos assim um dia capazes de detetar sinais da existência de vida noutros mundos.”, acrescenta Nuno  Santos, o também professor catedrático da FCUP.

“A participação nacional no ESO, nomeadamente no projeto ANDES que é apoiado pela Agência Espacial Portuguesa, tem sido fundamental para o desenvolvimento de competências na área da instrumentação para as ciências do espaço em Portugal”, afirma Marta Gonçalves, gestora de projetos de ciência da Agência Espacial Portuguesa, que acrescenta que “também na fase de construção se espera uma forte participação da indústria nacional”.

“O ANDES é um instrumento com um enorme potencial para descobertas científicas de ponta, que podem moldar profundamente a compreensão do Universo, muito para além da pequena comunidade de cientistas”, comenta Alessandro Marconi (INAF), o Investigador Principal do ANDES.

Grupo de Comunicação de Ciência - Ricardo Cardoso Reis; Sérgio Pereira; Filipe Pires (coordenação, Porto); João Retrê (coordenação, Lisboa)
Nuno.Santos@astro.up.pt; alexandre.cabral@ciencias.ulisboa.pt

As plantas estão por todo o lado, são-nos indispensáveis de diversas formas, mas a nossa consciência, individual e coletiva, da sua importância, é ainda muito limitada.

“Não só quero continuar a adquirir competências, como quero passar a mensagem de que a Comunicação de Ciência é essencial para que a ciência seja compreendida e bem sucedida. É nosso dever informarmos a sociedade dos progressos científicos que vão sendo alcançados”, declara Rúben Oliveira, aluno do mestrado em Biologia da Conservação, finalista do concurso FameLab Portugal.

“O que realmente me aqueceu o coração foi o facto de que, depois da apresentação, algumas pessoas dedicaram tempo a dirigirem-se a mim para discutir o tema em mais profundidade, explicar-me os seus pontos de vista e opiniões”, declara Helena Calhau, aluna do 2.º ano da licenciatura em Física.

Ao serviço de quem está a ciência e a tecnologia? Devemos ter medo das suas utilizações? Há mesmo o perigo de uma superinteligência fazer-nos mal? Em 2014 e 2015, um conjunto de personalidades pôs em causa o controlo (ou a sua falta) da disciplina da Inteligência Artificial (IA) e abriu o debate com os temas da superinteligência e do domínio dos humanos por máquinas mais inteligentes. Graças a Elan Musk, Bill Gates, Stephen Hawking, Nick Bostrom e Noam Chomsky podemos estar mais descansados com o alerta (na singularidade defende-se que a Inteligência Artificial ultrapassará a humana para criar uma IA geral ou forte), mas mesmo assim cuidado.

“Sempre achei as áreas da educação e comunicação bastante interessantes, sonho desde jovem em incorporar um pouco destas duas áreas na minha carreira científica”, declara Hugo Bettencourt, aluno do mestrado integrado em Engenharia Biomédica e Biofísica.

“O Malcolm Love é uma pessoa incrível e ensinou-nos muitas coisas, desde como agir numa entrevista, como contar uma história de forma fascinante, como controlar o nervosismo e principalmente como cativar o público quando falamos”, conta Andreia Maia, aluna do mestrado em Biologia Molecular e Genética, finalista do concurso FameLab Portugal.

A que cheira a sardinha? Cheira bem, cheira a Portugal. Na próxima quinta-feira, 18 de maio, junte-se a Miguel Santos e a Susana Garrido, dois investigadores do IPMA envolvidos no processo de avaliação do estado dos recursos da pesca em águas nacionais e internacionais para mais uma sessão de 60 Minutos de Ciência, desta vez no Edifício Caleidoscópio.

Cristina Branquinho e Paula Matos propõem utilização dos líquenes como um novo indicador ecológico global.

Mais de mil alunos do ensino secundário visitaram o campus de Ciências no dia 3 de maio.

Assunção Bispo

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de maio é com Assunção Bispo, assistente técnica do Departamento de História e Filosofia das Ciências.

Andreia Maia, Helena Calhau, Hugo Bettencourt e Rúben Oliveira são os alunos de Ciências que apresentam assuntos científicos de forma simples e descomplicada em três minutos, na edição 2017 do FameLab Portugal.

Pela 13ª vez, realizou-se em Ciências a fase de semifinal das Olimpíadas de Química Júnior. 67 alunos dos 8.º e 9.º anos conheceram a Faculdade, o Departamento de Química e Bioquímica e testaram conhecimentos de Química, em provas escritas e experimentais.

A 8.ª edição da feira anual de emprego de Ciências aconteceu em abril. Esclarecimento de dúvidas através do contacto pessoal com empresas, workshops, treino de entrevistas de emprego e análises de currículos foram algumas das atividades que marcaram os dois dias.

“Alargar horizontes, mudar atitudes” é o lema do “Girls in ICT @CienciasULisboa” que acontece este sábado, dia 6 de maio de 2017, em Ciências.

A pergunta “Pode uma máquina pensar?” abre a busca por agentes inteligentes capazes de interatuarem com os seres humanos através de linguagens (a proposta do jogo de imitação como teste de inteligência), e sobretudo de serem autónomos em ambientes sofisticados.

Realiza-se este mês a 7th International Conference on Risk Analysis, em Chicago. Nela, a professora de Ciências Maria Ivette Gomes é homenageada pelo seu trabalho na área da Análise de Risco.

Faltam poucos dias para o Dia Aberto. A Faculdade volta a abrir portas aos alunos do ensino secundário no próximo dia 3 de maio.

Nos dias 27 e 28 de abril de 2017 realiza-se a 8.ª edição da feira anual de emprego da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

sistema ótico

A componente tecnológica do espectrógrafo ESPRESSO que irá conduzir a luz dos telescópios do VLT para o instrumento, o coudé train, a ser instalado no ESO, é feita por uma equipa portuguesa da qual fazem parte professores e investigadores de Ciências. Neste artigo, fique a conhecer o trabalho realizado pelo grupo.

No mesmo espaço, associações de voluntariado, voluntários e estudantes de Ciências com interesse na disciplina de Voluntariado Curricular reuniram-se. O objetivo foi dar a conhecer o trabalho feito na disciplina de Voluntariado Curricular, através da partilha de histórias e experiências.

O Núcleo de Física e Engenharia Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa foi fundado no dia 19 de maio de 2016, curiosamente no dia do Físico, com o intuito de representar os estudantes de Física e Engenharia Física.Uma das atividades organizadas com o intuito de alargar a perspetiva profissional destes alunos foi a Conferência Física Fora da Academia.

A distribuição geográfica atual dos tojos do género Stauracanthus - arbustos espinhosos que ocorrem nas dunas interiores das praias portuguesas - deve-se a acontecimentos geológicos de grande escala ocorridos no Mar Mediterrâneo há cerca de cinco milhões de anos.

O planeta Terra está em constante mudança. Pegue em qualquer livro de Geologia e uma das primeiras frases que vai encontrar será esta ou uma muito parecida. Se continuar a ler, ficará a saber que a Terra tem mais de 4500 milhões de anos e que nem sempre foi como a conhecemos. Antes, existiam supercontinentes rodeados por vastos oceanos que, ao longo de milhões de anos, se fragmentaram e relocalizaram dando forma aos seis continentes e cinco oceanos que compõem atualmente o planeta azul.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de abril é com Ana Pereira, técnica superior do Gabinete de Empregabilidade da Área de Mobilidade e de Apoio ao Aluno de Ciências.

O dryVHP venceu o prémio Inovação Ageas – Novo Mundo. Construir aparelhos de esterilização mais rápidos e eficazes, ou aparelhos de esterilização portáteis e não elétricos para missões humanitárias é o objetivo deste projeto, desenvolvido em Ciências.

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